domingo, fevereiro 13, 2022

De voto

Depois da vergonha que sucedeu há dias, é urgente rever a lei eleitoral que regula o modo como se processa o voto dos cidadãos no estrangeiro. Mas também é (perdão, seria) preciso haver alguma coragem para limpar a idêntica vergonha que são os atuais cadernos eleitorais.

7 comentários:

aguerreiro disse...

Limpar os cadernos eleitorais.... essa não lembra ao diabo isso ia mermar entre 30 a 40% das verbas autárquicas e o subsídio dos partidos. Pode lá ser sr embaixador.

Luís Lavoura disse...

Vital Moreira argumentou recentemente, em email trocado comigo, que os cadernos eleitorais não são nenhuma vergonha. Os cadernos eleitorais são, basicamente, o registo civil de cidadãos portugueses. Se os cadernos têm muitos mais portugueses do que os que vivem no retângulo, é porque efetivamente existem muitos mais portugueses do que esses.

O que acontece é que Portugal todos os anos nacionaliza umas dezenas de milhares de Imigrantes, mas as dezenas de milhares de Emigrantes não deixam de ser cidadãos portugueses. Por esse facto, o número total de cidadãos portugueses está sempre a aumentar, embora o número total de pessoas a viver no retângulo se mantenha grosso modo constante.

AV disse...

É, de facto. Para que servem os envelopes com o nome do eleitor e um código de identificação único?

Luís Lavoura disse...

AV

esses envelopes podem, por exemplo, servir para o pai de família votar em nome da sua esposa. Ou para a empregada doméstica votar em nome da patroa. Ou para o patrão do café português votar em nome dos seus funcionários. Ou para o presidente da associação cultural portuguesa votar pelos seus membros.

AV disse...

E é uma fotocópia do cartão de cidadão que vai impedir essas de cometer fraude e abuso, Luis Lavoura?

Luís Lavoura disse...

AV

é uma fotocópia do cartão de cidadão que vai impedir essas de cometer fraude e abuso, Luis Lavoura?

Não impedirá em todos os casos, mas impedirá em muitos.

José disse...

Podemos estar confiantes de que ao fim de quase 11 anos consecutivos de PS no poder irão permitir dar inicío ao processo uma semana antes das próximas legislativas. Será, imagino, uma das grandes promessas de campanha.

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