Portugal é um país membro da NATO (por cá, no início, dizia-se OTAN, mas, com o tempo e com implícita admissão das realidades da vida, o acrónimo anglo-saxónico impôs-se). Aliás, é mesmo um seu país fundador, juntando-se a um núcleo de Estados do “mundo livre” que, em 1949 - não pelos nossos lindos olhos, mas porque as vantagens atlânticas e das Lajes o justificavam - abriram uma exceção para incluir no seu seio uma pequena ditadura à beira mar plantada, que tinha andado a “fugir por entre as pingas” durante a recente guerra mundial. Esses outros países, todos eles democracias, não se importaram, por “realpolitik”, de incluir Portugal na organização, dando assim um prémio (e um seguro de vida) a Salazar e uma bofetada a quantos lutaram contra ele e pelas ideias dos Aliados. A Guerra Fria era assim mesmo: estar “do lado certo” não obrigava a um atestado de bom comportamento em matéria de liberdades. Outros regimes do mesmo quilate e alguns bem piores, um pouco por todo o mundo, embora sem o “selo” NATO, viriam a fazer parte dessa família do lado “de cá”, cimentada pela bondade da luta contra o comunismo - espaço onde as “amplas liberdades” eram o que entretanto se viu. Portugal foi tendo, depois, umas guerras lá por África. Eram guerras só “nossas”, num tempo em que o “out of area” ainda não estava na moda, isto é, que os EUA - a NATO é assim a modos que um heterónimo dos EUA, que lhe orienta os destinos - ainda não tinha decidido que o “NA” da sigla era apenas um detalhe. Além disso, por muito que por cá se refilasse, as guerras coloniais não eram agressões externas (como se provou na Argélia que, para quem se não lembrar, foi um espaço integrado nas Comunidades Europeias). Por que digo isto? Porque o tratado constitutivo da NATO - e relembro que a Constituição democrática confirma a nossa pertença à Aliança Atlântica, coisa sobre a qual a lei fundamental da ditadura era omissa - implica, pelo seu artigo 5°, que uma agressão externa (repito, de uma entidade externa, porque se a Turquia atacar a Grécia, sendo ambos membros da organização, o caso muda de figura) a um dos seus Estados membros isso configura um ataque a todos. Agora, perante a tensão à volta da Ucrânia, a NATO decidiu reforçar as forças armadas de alguns dos seus novos membros, que a geografia já tinha colocado próximos da Rússia e a vontade política (deles e do mundo ocidental, isto é, dos EUA com a anuência dos restantes) trouxe, entretanto, para a organização. E Portugal - e muito bem, porque os tratados de defesa não são apenas válidos em dias de sol - deu o contributo que lhe foi pedido. Por cá, alguns adversários da NATO abespinharam-se. Sinceramente, sem a menor razão: Portugal fez aquilo que tinha que fazer, como membro leal da organização que se comprometeu a ser. É que as alianças não são “à la carte”. Assim, se um qualquer país NATO vier a ser agredido pela Rússia (não parece haver outros potenciais candidatos para isso no mercado militar europeu, embora não haja sinais de que essa “linha vermelha” venha a ser ultrapassada por Moscovo), a NATO entrará em guerra com a Rússia e, por essa razão, Portugal também. É a vida! Ou, pior, pode ser algo um pouco menos agradável do que isso.
16 comentários:
Portanto, se um país que estiver em guerra com outro país aderir à NATO (que não faça parte da aliança), imediatamente todos os países da NATO passam a estar em guerra com esse outro país... Portanto, se um país provocar a guerra com outro e depois vier abanar o espantalho das bandeiras falsas (i.e, atribuir a guerra ao adversário), todos os países da NATO passam a estar em guerra com o dito terceiro país, mesmo que não tenham nada a ver com o assunto e que não se queiram envolver e mesmo que tenham de passar a pagar tributo (por exemplo sob a forma de gás liquefeito que passarão a ter de pagar mais caro ao país líder da aliança)... Esperto foi o De Gaulle, que percebeu que isto das ligas de delos só convêm a atenienses...
no início, dizia-se OTAN, mas, com o tempo e com implícita admissão das realidades da vida, o acrónimo anglo-saxónico impôs-se
A realidade da vida é que "nato" está mais de acordo com o tipo de palavra da língua portuguesa. Em França continua a dizer-se "otan", cujo som nasalado está mais de acordo com os usos do francês.
Os americanos podem não suportar a presença eventual de russos em Cuba ou na Venezuela, mas gostariam de impor a sua na Ucrânia. E a melhor maneira de o fazer é de fazer entrar a Ucrânia na NATO.
“Agora, perante a tensão à volta da Ucrânia, a NATO/EUA decidiu reforçar as forças armadas de alguns dos seus novos membros, » escreve. Mas quem criou esta tensão?
Até ao golpe de estado nazi, da praça Maidan, em Kiev, financiado, armado e organizado pela NATO/EUA, apoiado pela Madame Nuland, a tal do “Fuck EU” a situação não exigia a corrida às armas da NATO.
O mundo inteiro conhece as razoes, há várias”, do interesse dos americanos pela Ucrânia, a porta de entrada para a Rússia. Por isso, quando escreve: “Assim, se um qualquer país NATO vier a ser agredido pela Rússia …… a NATO entrará em guerra com a Rússia e, por essa razão, Portugal também”
A NATO/EUA entra em guerra em não importa qual circunstância, não importa onde, isto é, desde que os seus interesses estão em jogo.
Na realidade, os americanos estão tentados a repetir a mesma acção que os levou a bombardear a Sérvia em 1999, após o fracasso das negociações entre o emissário da NATO e o presidente sérvio Slobodan Milosevic sobre um plano de paz no Kosovo.
Colocando-se ao lado dos terroristas albaneses, a NATO/EUA violou grosseiramente os princípios das relações internacionais”. Nem o Kosovo nem a Sérvia pertenciam à NATO. Puro gangsterismo americano, que é a sua especialidade…
A Sérvia não mudou a sua posição em relação à sua antiga província, que unilateralmente se declarou independente em 17 de Fevereiro de 2008.
Não estamos longe da situação do Donbass.. Quando é que a NATO vai bombardear o Donbass?
Recordo as palavras do secretário-geral da NATO, na época, Jaap de Hoop Scheffer :” Esta intervenção foi "um conflito controverso, mas necessário". A operação, baptizada de "Força Aliada", vai durar 78 dias. De acordo com a ONG Human Rights Watch, fez cerca de 500 mortos, em Pristina, Belgrado e Podgorica .Como dizem os sérvios, “esses bombardeios foram "a guerra do Ocidente contra a Sérvia".
Desde então, e como de costume, a NATO nunca deixou o Kosovo. Vinte anos depois, 15.000 soldados ainda estão presentes em todo o Kosovo, particularmente no norte, onde a população sérvia é a mais importante. Porque os americanos, quando decidem de vir ajudar algures não conseguem ir embora…
Estes anglo-saxões têm essa tara…Como Beresford, duc d'Elvas e marquês de Campo-Maior, o algoz do nosso General Gomes Freira de Andrade, um patriota.
Nem os bombardeios da NATO nem a independência de Kosovo mudaram a posição de Belgrado. A Sérvia proclama alto e bom som que nunca reconhecerá a independência de sua antiga província, que considera o berço da nação sérvia. Como Kiev da nação russa.
Há aqui um detalhe. Portugal comprometeu-se, pelo tratado da NATO, a ajudar a defender qualquer país da NATO que seja atacado. Mas não se comprometeu a deslocar as suas tropas para um país da NATO que não está a ser atacado (e que nem sequer algo indica que venha a ser atacado), apenas por precaução.
Não há nada no tratado da NATO que diga que Portugal deva enviar tropas, por precaução, para um qualquer país aliado que lho solicite.
Ou seja: se a Roménia viesse a ser atacada pela Rússia, Portugal teria a obrigação de ir ajudar a defendê-la. Porém, Portugal não tem qualquer obrigação de enviar tropas para a Roménia enquanto esta não estiver a ser atacada (e nem sequer nada indicar que venha a estar).
O cerne desta crise (totalmente artificial, isto é, criada pelos EUA) da Ucrânia é este: não há guerra nenhuma, não há invasão nenhuma, não há qualquer indicação de que venha a haver invasão - há somente os EUA a fazer um escarcéu a dizer que vai haver isso tudo.
Para compreender o caso da Ucrânia é preciso entender algumas coisas:
1) As tropas da imensa Rússia não estão acumuladas junto à sua fronteira ocidental e que é - por mero acaso -, junto à Ucrânia.
2) A Rússia não tem tradição de agressão militar a países vizinhos.
3) A Rússia nunca atacou a Ucrânia.
4) A Rússia é uma democracia sã e forte.
5) A sociedade civil russa é pujante e controlaria quaisquer desmandos dos seus políticos.
6) Putin é um líder sábio, ponderado e que tem muito a oferecer à Europa.
7) A Ucrânia é um estado nazi: a Polónia, os países bálticos e os EUA, também.
8) A Bielorrúsia é a linha da frente na luta pela Liberdade.
9) Os países ocidentais querem uma guerra porque isso seria ótimo para a economia e consolidaria a recuperação económica.
10) Os burgueses europeus e americanos apostaram na desvalorização maciça das suas fortunas.
Quem se recusar a entender estes factos, nunca será capaz de perceber a política no leste da Europa. Não tarda nada ainda nos tentam convencer de que a neve usada nos Jogos Olímpicos na China era artificial...
De Luis Lavoura : "O cerne desta crise (totalmente artificial, isto é, criada pelos EUA) da Ucrânia é este: não há guerra nenhuma, ...."
Os EUA provocam e impulsionam a narrativa de uma Rússia que busca iniciar a guerra. Diante das suas alegações de que a Rússia está usando um falso pretexto para invadir a Ucrânia, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA não dá, no entanto, uma explicação clara.
O próprio presidente ucraniano chama essas previsões de "apocalípticas" e pede uma desescalada.E acaba de pedir a Biden de vir rapidamente à Ucrânia.
O site da Bloomberg até postou erroneamente um artigo intitulado “Rússia invade a Ucrânia” por 30 minutos. Vejam là a histeria...
Pequeno problema, se a Rússia não planeia invadir a Ucrânia, por que razão colocou um exército com capacidade invasora às portas do vizinho?
Se a Rússia deseja que a Ucrânia não adira à NATO, a melhor maneira de o evitar é mostrando à Ucrânia que não é nenhuma ameaça.
Procedendo de modo contrário, o que está a fazer é justamente o oposto. E repare-se, usa a escalada militar (os EUA podem quando muito ser acusados de escalada verbal) para exigir contrapartidas do Ocidente, nem sequer da Ucrânia.
Expliquem-me lá como é que os EUA impulsionam a narrativa, se se limitam a constatar o óbvio, a presença de uma força russa com capacidade invasora junto de um vizinho mais fraco.
Já vi inclusive quem escrevesse que toda esta suposta histeria visa fomentar um ataque pelo exército ucraniano às populações russófonas, o que daria claro um casus belli à Rússia, justamente na altura em que tem todas as suas forças de prontidão.
Se isto fosse verdade, Putin teria imensa sorte porque nesse caso, os seus adversários seriam todos néscios, EUA incluídos.
Na verdade, tem apenas a sorte que os seus apoiantes são suficientemente crédulos ou cínicos (mais provável) para debitarem estas proposições absurdas...
* Bem tem andado o nosso Marcelo, pelo menos até ver (apesar da história dos magalas destacados para a Roménia feitos papo secos), anda bem o presidente, caldos de galinha e cautela nunca fizeram mal a ninguém, tem sido um bom PR, até em política externa. Ao contrário daquela figura sinistra meia calva e de oculinhos, nariz de rapina que, ou me engano muito, em breve botará discurso sobre as nossas 'obrigações internacionais', que temos de 'cumprir', enquanto 'Estado soberano', muah, muah, muah.
José, sem o querer ofender, e é até mais porque me encontro desocupado, positivo, que vou desmontar ponto por ponto o seu comentário.
1) As tropas da imensa Rússia não estão acumuladas junto à sua fronteira ocidental e que é - por mero acaso -, junto à Ucrânia. Não, não estão, se acha que a 'imensa Rússia' tem 150 mil soldados, está equivocado. Ver as mais recentes estátisticas, CIA, etc.
2) A Rússia não tem tradição de agressão militar a países vizinhos. Não, não tem. Tem uma tradição de ser invadida. Napoleão e Hitler não ajudaram.
3) A Rússia nunca atacou a Ucrânia. É verdade, parabéns, acertou.
4) A Rússia é uma democracia sã e forte. É uma democracia, se é sã e forte, olha para o teu quintal antes de olhares para o do outro.
5) A sociedade civil russa é pujante e controlaria quaisquer desmandos dos seus políticos. substituir 'russa' por 'portuguesa, 'dos pretos', 'asiática', etc.
7) A Ucrânia é um estado nazi: a Polónia, os países bálticos e os EUA, também. Perdão??? Como disse? Está a falar das credenciais 'democráticas' da Polónia e da Ucrânia? Tsc, tsc.
8) A Bielorrúsia é a linha da frente na luta pela Liberdade. Quê? Você bebe? Experimente vodka, depois diga disparates.
9) Os países ocidentais querem uma guerra porque isso seria ótimo para a economia e consolidaria a recuperação económica. Os países ocidentais não, ninguém quer a guerra aqui na europa, pah. Certos líderes míopes do outro lado do lago e os seus vendedores de armas querem, topas, e o bónus é que faz tornar o fracking rentável.
10) Os burgueses europeus e americanos apostaram na desvalorização maciça das suas fortunas. Puto, não se sabes, mas a forma mais fácil de fortuna ou é traficar drogas, fazer a guerra ou as duas coisas.
E pronto José, com todo o respeito, boa leitura.
Lúcio Ferro, você, para além de ter um estilo acintoso particularmente irritante (mas, pronto, a sociedade é o que é), também demonstra uma particular dificuldade para entender o sarcasmo. Na verdade, oscila entre isso e a ignorância. Sugiro que, quando está desocupado, ocupe o seu tempo a informar-se (se não mesmo, a educar-se).
Como eu não estou desocupado e, sinceramente (por favor, não entenda isto como uma ofensa), não tenho paciência para educar cabeças duras, vou só clarificar o ponto 2 que, por se basear em factos, não exige grande esforço:
1939: invasão da Polónia (em concluio com os nazis), com anexação de territórios
1939: invasão da Finlândia (com anexação de territórios)
1940: invasão dos países bálticos (com anexação de territórios)
2014: invasão da Ucrânia (com anexação de territórios)
Uma lista detalhada pode ser lida aqui (mas calculo que a Grande Enciclopédia Avante desminta tudo).
E agora, Lúcio, pá (não é "pah"), meu, passaste à lista dos "infrequentáveis" aqui do blog (és o terceiro), topas, miúdo? Uma coisa é discordarem de mim, outra coisa é esse estilo de rufia de café que pergunta aos outros se bebem ou os trata por puto. Isto, com todo o respeito, man! Escreve lá a tua respostazinha que eu passo por cima dela.
"tsc"? Cuidado com as americanices, bro.
A VERDADE QUE OS AMERICANOS QUEREM ESCONDER: Em vez de uma ameaça militar real da Rússia e da China, o problema para os estrategistas americanos é a ausência de tal ameaça.
Quando fui a primeira vez, em missão comercial, a Berlim Leste, e passei a Porta de Brandeburgo, ao ler a famosa tabuleta “Você está a sair do “American Sector” , compreendi facilmente que isso queria dizer : “você sai do paraíso e entra no inferno”…Era isso o que os americanos queriam fazer-nos sentir…
O Plano Marshall tinha despejado, prioritariamente, em Berlim Oeste, camiões de dólares, com esse objectivo: transformar Berlim Oeste numa vitrina do capitalismo.
E duma certa maneira conseguiram-no, porque do outro lado, em Berlim Leste, os Russos tinham aplicado à letra as penalidades impostas, como indemnizações de guerra, aos alemães, pelas destruições que fizeram na Rússia e em todos os países da Europa Oriental.
Enquanto os americanos, ingleses e os franceses tinham perdoado, para que os alemães ocidentais pudessem levantar-se rapidamente face aos comunistas de Leste…
A fábrica de camiões que fui visitar, que eventualmente veio a ser um dos meus maiores clientes, onde fiz muitos amigos, mostrava os efeitos da batalha de Berlim, nas paredes esburacadas, e da ferocidade dos combates entre os soviéticos e os fanáticos soldados nazis, dos quais muitos jovens, quase crianças, durante as horas que precederam o suicídio de Hitler, não longe lá, no bunker do Reichstag.
Combates que custaram milhares de mortos aos soviéticos.
Seguindo a trilha da Little America, um enclave do modo de vida americano, pode-se ver como, de 1945 a 1994, os EUA influenciaram de muitas maneiras a história e a atmosfera de Berlim Ocidental. Sempre com o mesmo objectivo: Mostrar a diferença…
É claro que , se os americanos, sob cobertura da NATO, pudessem pôr o pé na fronteira russa, da Ucrânia, e instalar ai uma vitrina idêntica, seria ideal…
A Cortina de Ferro das décadas de 1940 e 1950 foi ostensivamente projectada para isolar a Rússia da Europa Ocidental, para evitar a ideologia comunista e a penetração militar.
O regime de sanções de hoje é voltado para dentro, querendo impedir que membros da NATO e outros aliados/lacaios ocidentais dos Estados Unidos abram mais comércio e investimentos com a Rússia e a China.
O objectivo não é tanto isolar a Rússia e a China, mas manter esses aliados firmemente na órbita económica de Washington. Os aliados devem renunciar às vantagens de importar gás russo e produtos chineses, comprando a um preço muito mais alto GNL (gás natural liquefeito) e outras exportações americanas, além de mais armas americanas.
As sanções que os diplomatas dos EUA insistem que os seus aliados imponham contra o comércio com a Rússia e a China visam ostensivamente impedir a escalada militar. Mas tal escalada não pode realmente ser a principal preocupação russa e chinesa.
Eles têm muito mais a ganhar fornecendo benefícios económicos mútuos ao Ocidente. A questão subjacente é, portanto, se a Europa encontrará a sua vantagem em substituir as exportações americanas por suprimentos russos e chineses e os laços económicos mútuos associados.
O que preocupa os diplomatas americanos é que a Alemanha, outros países da NATO e os países da Nova Rota da Seda entendam os ganhos que podem ser obtidos abrindo pacificamente o caminho para o comércio e os investimentos.
Talvez pouca gente saiba, que todas as semanas, chega a Duisburgo, na Alemanha, atravessando a Sibéria, um imenso comboio proveniente da China, carregado de mercadorias.
Se não há planos russos ou chineses de invadir ou bombardear o Ocidente, para que serve a NATO? Qual é a necessidade de compras tão grandes de equipamentos militares dos EUA por aliados ricos dos EUA? E se não há relacionamento inerentemente hostil, por que os países estrangeiros devem sacrificar os seus próprios interesses comerciais e financeiros confiando exclusivamente nos exportadores e investidores americanos?
Jaime Santos
por que razão colocou um exército com capacidade invasora às portas do vizinho?
Não tem capacidade invasora.
A Ucrânia é um país imenso, e atualmente está bem armado e com um grande exército. Os estrategas militares dizem que seriam necessários pelo menos 300 mil homens para a Rússia invadir a Ucrânia. A Rússia nem metade disso tem junto à fronteira.
Jaime Santos
a Rússia não está a fazer nenhuma escalada militar; está apenas a fazer exercícios militares. Exercícios, diga-se, dentro do seu território (e do seu vizinho e "satélite" Bielorrússia), ao contrário dos EUA, que gostam de fazer exercícios militares longíssimo do seu território.
A Rússia não está a ameaçar ninguém; os EUA é que estão a (fingir) interpretar os exercícios militares da Rússia como uma ameaça. Na verdade não há ameaça nenhuma, porque com 100 mil soldados a Rússia não consegue invadir a Ucrânia.
Entretanto, hoje a Rússia declarou terminados alguns dos seus exercícios militares e começou a retirar as tropas para longe da fronteira.
Os americanos vão cantar vitória: "Tiveram tanto medo de nós que desistiram de invadir."
Na realidade, comprova-se a tese russa de que nunca houve ameaça de invasão nenhuma.
O senhor embaixador aparentemente tem aqui no blog alguns comunas ceguetas que pretendem que nós, outros, também o sejamos.
Imaginemos um regime destes por cá...
Possas...
Ainda me deu vontade de responder, mas a ironia ali do José disse tudo, ainda que os camaradas interlocutores tenham tido alguma dificuldade em interpretar.
E eu até sou simpatizante esquerdalha...
Erk: " Ainda me deu vontade de responder" Possas, que argumento... para um "simpatizante esquerdalha"...
08:58
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