Tive uma bela jornada, ontem e hoje, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, onde fui falar a convite do professor Samuel Paiva Pires, da respetiva Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.
No primeiro dia, integrei um painel onde se trocaram experiências sobre o destino profissional possível para os detentores de um curso de Relações Internacionais. No segundo dia, dei uma aula aberta sobre “O papel de Portugal em Organizações Internacionais”.
Vou tendo a sensação de que Donald Trump, com a sua imprevisibilidade, terá o involuntário mérito de estar a contribuir para que as pessoas estejam cada vez mais conscientes de que aquilo que se passa no mundo global condiciona a nossa vida coletiva como Estado, pelo que a atenção à política internacional, bem como à “coreografia” diplomática à sua volta, é apenas uma exigência de bom senso cívico. Por essa razão, dou sempre por muito bem empregue o tempo que passo a transmitir a minha perspetiva sobre o modo como as instituições e os Estados funcionam e fazem evoluir certos equilíbrios.
7 comentários:
Uma questão nesta área em que falou: vale a pena quem não tiver um familiar (e/ou o respetivo apelido...) tentar entrar na carreira diplomática? Conheço alguém com licenciatura brilhante, mestrado pré-Bologna e um doutoramento, fluente em 5 línguas, que, quando tenta aceder, chega até às provas finais e esbarra nos apelidos dos oponentes, dos quais tenho sérias reservas sobre as suas qualidades e saberes.
Soube, pelo meu filho, que o sr. embaixador iria à Covilhã palestrar. Pedi-lhe para lhe enviar cumprimentos em meu nome. Assim o fez e transmitiu-me que gostou muito de o ouvir.
José Ricardo
Caro José Ricardo. Muito obrigado pela sua mensagem. O seu filho já tinha falado comigo esta manhã. Fico grato pelo facto de, tal como ele, ser um seguidor deste blogue. Um abraço
Ao Anónimo das 22:47. Já fiz parte de um júri do concurso, nos dois últimos tive a meu cargo cursos de preparação para esses concursos, onde intervêm professores universitários credenciados, a quem compete o exame dos temas mais especializados. É um preconceito sem sentido a ideia de que os apelidos dos candidatos tenha a menor importância, quer na entrada, quer no percurso de carreira. Sou talvez o melhor exemplo disso: o meu pai chamava-se Costa, era simples funcionário público na província e consegui chegar ao topo da carreira.
Caro Embaixador não me faça rir porque isto não está para rir!
O Bruno chegou a presidente e não tem o nome de Pinheiro nem Azevedo e Carvalhos há muitos.
Anónimo de 24 de maio às 22.47:
O concurso de acesso à carreira diplomática é o mais exigente de todos:
1º Gente muito especializada não entra, são difíceis de formatar.
2º Línguas não interessa, já ouviu os diplomatas portugueses a falar em estrangeiro?
3º Mesmo quando se expressam em português..(para corrigir, no último concurso, foram eliminados centenas de candidatos na prova de português...
4º A propósito, que, pena a prova de francês, não ter sido eliminatória!!!! 5º E não sei, se por esta ordem, os apelidos podem até ser banais, bem recomendados!
No último concurso, basta pesquisar para perceber, que, mais de 80% dos admitidos e estou a ser agradável, não eram anónimos bem preparados. O que não quer dizer, que, não estejam preparadíssimos.
6º Vai ser sempre assim, faz parte da praxe da casa.
7ª Diga ao seu "amigo", que se livrou dum ninho de vespas, talvez o anime.
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