Onde diabo é que eu estaria no dia 2 de maio de 1972? Andava há muito cá por Lisboa, trabalhava na Caixa Geral de Depósitos, no Calhariz. Provavelmente, ao final da tarde, teria passado pelo bar que havia no topo da livraria Opinião, na rua da Trindade, para uma "cuba libre". Ou teria tido a uma aula de um curso de Semiologia, dado pelo Eduardo Prado Coelho, no Centro Nacional de Cultura, nas traseiras da Moraes. Depois, apanhado que fosse o 21, no Rossio, tinha ido jantar a casa, aos Olivais. Ou talvez não: talvez tivesse ficado pela zona do Monte Carlo, jantando no Toni dos Bifes, indo depois para a conversa no grupo do café, a comentar a confusão que, na véspera, tinha testemunhado no 1º de maio, no Rossio.
De uma coisa tenho a certeza: não estive nessa noite na inauguração do Bar Procópio, da minha amiga Alice Pinto Coelho. E ninguém (ou melhor, ela fê-lo, mas apenas hoje) me avisou a tempo para eu ir lá comemorar. Com todas estas desconsiderações, qualquer dia, levo a mal, desço as escadas e passo-me para a Tasca do Papagaio. É o mais certo!
4 comentários:
Senhor Embaixador, posso-lhe perguntar se se cruzou, pelo Toni dos Bifes, com o Carlos de Oliveira, meu ilustre patrício gandarês? Morava ao lado e numa das minhas incursões à capital, cheguei a almoçar lá com ele.
António
Já somos dois...
Se me lembrasse, tinha lá ido ontem dar aquele abraço, porque eu vou lá desde essa altura, com companhias diferentes e nessa altura não havia mesa dois.
BEIJOS MUITOS, Alice!!
Desta amiga
Ção Jordão
Procópio? O que é isso?
Bem, pergumtar posso sempre, claro...
António
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