Nesta dia de subida exponencial da extrema-direita e de reforço ligeiro da velha direita, a boa notícia é constatar que a direita radical a-social foi bafejada por um crescimento minúsculo.
5 comentários:
João Cabral
disse...
Sinceramente, admira-me que a IL até tenha crescido com esta liderança, que considero fraca e com pouca personalidade. Se é assim com Rui Rocha, imagino o que seria com Cotrim de Figueiredo. Mas pelo menos, ao contrário de outros que ganham sempre mesmo descendo, podem dizer que efectivamente reforçaram a sua posição no Parlamento.
Reforço ligeiro da velha direita. Qual será a "velha direita"? A AD? De facto, o aumento não foi espectacular. Antes fosse, para o bem do nosso pais. Assim, sem maiorias, vamos ter mais instabilidade, que é o ambiente ideal para o Chega poder medrar.
O apagão do PS, o crescimento da extrema-direita e a falha de cultura democrática
“Mário Soares tinha uma intuição brutal e não acreditava na cultura democrática do povo português”. António Campos, fundador e militante n.º 1 do PS, Deputado, Secretário de Estado, em entrevista a Ana Sá Lopes, Público, 1 Dezembro de 2024.
Mário Soares sempre foi um homem que via ao longe e quando afirmou que “não acreditava na cultura democrática do povo português”, como um grande intuitivo e relatando de forma crua (e até desconcertante para alguns) a natureza conservadora do povo português, estava naturalmente a lembrar-se de que o regime de Salazar para se manter no poder por 40 anos, nunca teve de enfrentar uma hostilidade generalizada, contando com a indiferença ou do apoio silencioso da maioria do povo português, sendo que os portugueses pouco se mobilizaram para terem as suas liberdades de volta (à excepção da organização clandestina do PCP e dos grupos minoritários da oposição democrática) é um dado histórico de que não se podem orgulhar.
Ainda bem que Mário Soares, o grande construtor do Portugal democrático já não viveu para ter tempo para lhe ser dada razão, diante da crescente adesão do povo ao partido de extrema-direita e de ver o lamaçal que este introduziu e hoje existente na casa da democracia (AR).
Talvez os comentadores que andam por aí, cheios de verdades absolutas, aprendessem alguma coisa com o que Mário Soares afirmava sobre a "indissocracia conservadora" do povo português, e que explicam o que se tem passado com as últimas eleições e o advento do partido da extrema-direita!
A velha direita teve um "reforço ligeiro" enquanto que a "direita radical a-social foi bafejada por um crescimento minúsculo". Eu diria que a IL aumentou de 8 para 9 deputados e que a AD aumentou de 80 para 90, o que é basicamente a mesma coisa, em termos percentuais. Ambas elas tiveram "reforços ligeiros" ou "crescimentos minúsculos", como se queira. Nenhuma delas ficou muito melhor do que o que estavam. Ambas ficaram algo melhor do que o que estavam.
Estão, o autor do Blog e vários comentadores, a cair no mesmo erro do camarada Pedro Nuno. A IL é um partido digno e a sua ideologia só assusta a extrema-esquerda...
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Sinceramente, admira-me que a IL até tenha crescido com esta liderança, que considero fraca e com pouca personalidade. Se é assim com Rui Rocha, imagino o que seria com Cotrim de Figueiredo. Mas pelo menos, ao contrário de outros que ganham sempre mesmo descendo, podem dizer que efectivamente reforçaram a sua posição no Parlamento.
Reforço ligeiro da velha direita. Qual será a "velha direita"? A AD? De facto, o aumento não foi espectacular. Antes fosse, para o bem do nosso pais. Assim, sem maiorias, vamos ter mais instabilidade, que é o ambiente ideal para o Chega poder medrar.
O apagão do PS, o crescimento da extrema-direita e a falha de cultura democrática
“Mário Soares tinha uma intuição brutal e não acreditava na cultura democrática do povo português”.
António Campos, fundador e militante n.º 1 do PS, Deputado, Secretário de Estado, em entrevista a Ana Sá Lopes, Público, 1 Dezembro de 2024.
Mário Soares sempre foi um homem que via ao longe e quando afirmou que “não acreditava na cultura democrática do povo português”, como um grande intuitivo e relatando de forma crua (e até desconcertante para alguns) a natureza conservadora do povo português, estava naturalmente a lembrar-se de que o regime de Salazar para se manter no poder por 40 anos, nunca teve de enfrentar uma hostilidade generalizada, contando com a indiferença ou do apoio silencioso da maioria do povo português, sendo que os portugueses pouco se mobilizaram para terem as suas liberdades de volta (à excepção da organização clandestina do PCP e dos grupos minoritários da oposição democrática) é um dado histórico de que não se podem orgulhar.
Ainda bem que Mário Soares, o grande construtor do Portugal democrático já não viveu para ter tempo para lhe ser dada razão, diante da crescente adesão do povo ao partido de extrema-direita e de ver o lamaçal que este introduziu e hoje existente na casa da democracia (AR).
Talvez os comentadores que andam por aí, cheios de verdades absolutas, aprendessem alguma coisa com o que Mário Soares afirmava sobre a "indissocracia conservadora" do povo português, e que explicam o que se tem passado com as últimas eleições e o advento do partido da extrema-direita!
A velha direita teve um "reforço ligeiro" enquanto que a "direita radical a-social foi bafejada por um crescimento minúsculo". Eu diria que a IL aumentou de 8 para 9 deputados e que a AD aumentou de 80 para 90, o que é basicamente a mesma coisa, em termos percentuais. Ambas elas tiveram "reforços ligeiros" ou "crescimentos minúsculos", como se queira. Nenhuma delas ficou muito melhor do que o que estavam. Ambas ficaram algo melhor do que o que estavam.
Estão, o autor do Blog e vários comentadores, a cair no mesmo erro do camarada Pedro Nuno. A IL é um partido digno e a sua ideologia só assusta a extrema-esquerda...
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