Poucas coisas me enojam mais, nos dias desta União Europeia que parece ter já perdido um mínimo de decência, do que ver a sanha virulenta contra quantos defendem os palestinos e o cobarde silêncio perante o genocídio a céu aberto que Israel vai cometendo em Gaza, hora após hora.
21 comentários:
Inteiramente de acordo ; é de fato um nojo esse silencio
Não posso estar mais de acordo. Confesso que esperava com a nomeação de António Costa algo iria mudar no governo da U.E., que teríamos uma voz mais isenta, mais ética, mais liberta do extremismo doentio que ocupa o pensamento daquelas duas senhoras e que António Costa jamais se vergaria perante o genocídio que ocorre à vista de todos.
Enganei-me.
O povo palestino está mesmo sozinho, abandonado por todos os governos, à mercê do Governo de Israel que quer expandir o seu território, hoje para a Palestina, amanhã para a Síria, depois veremos o que se segue.
J. Carvalho
Fernando Neves
Um nojo, e ainda evocam valores
AMEN
Mas sabe mostrar grande solidariedade com Israel por causa dos incêndios!...
A União Europeia mete, pelo menos desde 2022, nojo. Deixou de ser uma liderança para servir o povo da Europa e passou a servir-se dele. É hoje uma tirania.
Exatíssimamente!
O mundo conseguiu calar as Nações Unidas quanto aos bombardeamentos e o nosso Antonio Guterres já mal se mexe, já ninguém o ouve.
Se isso é obra da diplomacia dos Israelitas, então estes têm a memória curta, e esqueceram o que aconteceu a eles próprios há oitenta e tal anos.
Chego à conclusão de que tudo é possível. Incluindo a repetição do holocausto ou da nakhba. Não ficámos vacinados. Não é possível descrever o que se sente quando se vêem imagens de Gaza.
Crianças só com pele e osso porque não deixam entrar ajuda humanitária.
Mas que posso fazer? A sensação de impotência é insuportável.
E depois ver dirigentes da União Europeia refastelados em cadeiras à conversa para, dizem eles, acabar com a mortandade!
Zeca
Concordo plenamente, uma vergonha absoluta. Mas também....que é feito dos países árabes? Não ajudam os seus irmãos? E a ONU? Existe? E os Capacetes Azuis existem?
Os políticos veem-se nestas ocasiões e António Costa, no qual tive esperança (até porque ele foi, durante 2 segundos, uma voz ligeiramente diferente do "mainstream" a respeito da guerra na Ucrânia e, principalmente, da adesão relâmpago deste país à União Europeia), depressa se aprontou para a fotografia em família, com sorrisos e braços abertos, ao lado daquelas senhoras.
(nota: recuso frontalmente teorias sobre o que as mulheres acrescentam à vida política com as suas sensibilidades e visões feministas do mundo).
Senhor Embaixador
Tem inteira razão.
Realmente a posição da União Europeia (UE) em relação ao conflito em Gaza é, de facto, um verdadeiro “nojo”.
A UE aplica padrões diferentes dependendo do contexto político (guerra na Ucrânia/conflito de Gaza), pois ao mesmo tempo que assume uma firme condenação (e bem) à Rússia pela invasão da Ucrânia, contraditoriamente tem uma imensa relutância em condenar de forma clara e forte as acções de Israel de atentados aos direitos humanos, crimes de guerra e genocídio da população palestina de Gaza, com elevado número de vítimas civis, nomeadamente de crianças.
Mesmo quando organizações internacionais (ONU, TPI, UNRWA) apontam para perpetração por parte de Israel dos crimes de guerra e genocídio da população palestina de Gaza, os líderes europeus optaram por destacar o "direito de Israel à autodefesa", sem referirem a desproporcionalidade dos ataques israelitas – Toshiyuki Mimaki, sobrevivente de Hiroshima e Prémio Nobel da Paz em 2024, afirmou que Israel já disparou contra Gaza, o equivalente a seis bombas atómicas lançadas contra Hiroshima e Nagasaki – ou dos bloqueios da ajuda humanitária internacional aos palestinos de Gaza.
A “realpolitik" da UE face a Israel, como bem a apelidou, é um “nojo”, além do mais porque não é coerente com os princípios de direitos humanos e dos valores que afirma defender e são o substracto dos Tratados da UE.
Cordiais saudações
Gostei, bastante, dessas suas palavras. Hoje em dia, infelizmente, são raras as vozes dos que não esquecem a tragédia em Gaza e, sobretudo, têm a coragem de criticar o Estado terrorista de Israel. A União Europeia é hoje em dia um espaço fétido, moralmente abjecto, cínico e hipócrita. E todos os que dele fazem parte, ao manterem-se em silêncio (como, por exemplo, este nosso patético Governo – e a Oposição), um silêncio ensurdecedor, sobre a barbárie que, diariamente, se abate na Palestina, particularmente em Gaza, são coniventes com a posição dos órgãos dirigentes da UE, a começar pela Comissão Europeia (onde se destacam duas figuras politicamente sórdidas e escabrosas, como Ursula Van Der Layen e Kaja Kalas) e o Conselho Europeu, onde se encontra o zombie do António Costa, a gozar a sua sinecura. Hoje mesmo foi noticiado um ataque com drones a um barco que levava ajuda humanitária para os Palestinianos, a par de mais um ataque a civis (crianças, mulheres, etc) em Gaza. O que mereceu, como habitualmente, a repulsiva indiferença deste sacrossanto Ocidente e desta miserável UE.
Não desista nunca de chamar à atenção para este tipo de actos, praticados por Israel, sempre que se justificarem. Mesmo sendo poucas as vozes (corajosas) a mencionar e criticar quer o genocídio a céu aberto em Gaza, quer o silêncio desta nossa UE, é melhor do que fazer parte da “maioria silenciosa” que prefere esquecer essa tragédia.
a) P. Rufino
Eu vivo no país do HOLOCAUSTO, não esquecendo o que aconteceu ao povo judeu.
AQUI 🇩🇪 quem critica Israel é anti-semita.
Há dois meses que nada entra em Gaza, sem comida, remédios, nenhum bem necessário para a sobrevivência de uma população bombardeada, deslocada, ferida e já reduzida ao fim.
Tenho a sensação que há um desequilíbrio emocional e mental no governo israelita actual.
Antonio Costa se fosse isento, e não fosse apenas um verbo de encher que aproveitou a golpada que deitou abaixo um gov. de maioria absoluta, para ir mais cedo tratar de vida sem se preocupar com o bom nome que ficou ensombrado pela pgr, nunca teria sido convidado. E com tudo a que assistimos vejo-me na circusntancia a lembrar a sra Noland.
A União Europeia é uma inexistência política, salvo para os que dela se aproveitam.
Ao menos é de fato. Agora, imagine se fosse de tanga!
Já que alguns falam do António Costa, eu, sinceramente, nunca percebi o que faz o António Costa na UE. A sua eleição para ali provocou um sobressalto patriótico, mas nunca percebi a função dele. Alguém me esclarece?
As cúpulas da UE andam a ser bem escolhidas. E o povo nem mete o bedelho. Contam outras coisas, como o sexo das pessoas. Depois queixem-se do surgimento dos populismos.
Que Leao XIV também esqueceu no seu dscurso, depois de lamentar a sorte dos pobres ucranianos.
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