Para se entender melhor o modo como os EUA estão a intervir no processo ucraniano, convém ler esta declaração da figura que Trump escolheu como negociador principal do processo.
Este indivíduo é um dos que na administração Trump mais defende a posição ucraniana. E de facto a descrição que ele faz da situação é muito favorável à Ucrânia. Das cinco regiões mencionadas, a Rússia controla completamente uma (a Crimeia), 95% de outra (a província de Lugansk), 80% de outra (a de Donetsk), e cerca de metade das outras duas (as províncias de Zaporíjia e Rerson).
"Para se entender melhor o modo como os EUA estão a intervir no processo ucraniano" convém entender que há na administração dos EUA pessoas com opiniões divergentes e até opostas, desde os que querem mandar a Ucrânia à fava e dedicarem-se a outros problemas mais importantes, como o vice-presidente, até aos que são muito favoráveis às posições ucranianas. Trump está no meio destas influências divergentes.
Hum, atualmente Trump parece dar mais ouvidos a Kellog do que a Witkoff. E, nesse sentido, o plano Kellogg, que nunca foi nem nunca será aceite pelos Russos, aparenta ser a atual trave mestra ou pontode partida dos EUA. No entanto, como refere Luís Lavoura, Trump está no meio de tendências divergentes e tão depressa apoia uma das facções como se vira para a outra. Penso que Trump está numa posição muito delicada. Progresivamente, tem vindo a deixar-se enredar pelos neo-cons belicistas Europeus, possivelmente temendo que se tirasse o tapete a zelérias o viessem acusar de ser o único culpado por uma derrota que já o era quando herdou a batata quente de Biden. O que talvez não tenha pensado é que, de todo o modo, se continuar a apoiar com armas e sanções o desfecho não se vai alterar e será sempre culpado, ora porque não deu armas suficientes, ora porque não impôs sanções suficientes. Nos EUA e na UE todos desejarão fazer de Trump o bode expiatório, se não for agora, será depois. Seja como for, mesmo que se comece a negociar ( muito duvidoso considerando a personalidade do zé bazófias e as posições da coligação dos falhados), antes do fim do verão nada estará pronto e, nessa altura, a realidade, a que conta, a do terreno, vai ser muito diferente.
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Este indivíduo é um dos que na administração Trump mais defende a posição ucraniana. E de facto a descrição que ele faz da situação é muito favorável à Ucrânia. Das cinco regiões mencionadas, a Rússia controla completamente uma (a Crimeia), 95% de outra (a província de Lugansk), 80% de outra (a de Donetsk), e cerca de metade das outras duas (as províncias de Zaporíjia e Rerson).
"Para se entender melhor o modo como os EUA estão a intervir no processo ucraniano" convém entender que há na administração dos EUA pessoas com opiniões divergentes e até opostas, desde os que querem mandar a Ucrânia à fava e dedicarem-se a outros problemas mais importantes, como o vice-presidente, até aos que são muito favoráveis às posições ucranianas. Trump está no meio destas influências divergentes.
Hum, atualmente Trump parece dar mais ouvidos a Kellog do que a Witkoff. E, nesse sentido, o plano Kellogg, que nunca foi nem nunca será aceite pelos Russos, aparenta ser a atual trave mestra ou pontode partida dos EUA. No entanto, como refere Luís Lavoura, Trump está no meio de tendências divergentes e tão depressa apoia uma das facções como se vira para a outra. Penso que Trump está numa posição muito delicada. Progresivamente, tem vindo a deixar-se enredar pelos neo-cons belicistas Europeus, possivelmente temendo que se tirasse o tapete a zelérias o viessem acusar de ser o único culpado por uma derrota que já o era quando herdou a batata quente de Biden. O que talvez não tenha pensado é que, de todo o modo, se continuar a apoiar com armas e sanções o desfecho não se vai alterar e será sempre culpado, ora porque não deu armas suficientes, ora porque não impôs sanções suficientes. Nos EUA e na UE todos desejarão fazer de Trump o bode expiatório, se não for agora, será depois. Seja como for, mesmo que se comece a negociar ( muito duvidoso considerando a personalidade do zé bazófias e as posições da coligação dos falhados), antes do fim do verão nada estará pronto e, nessa altura, a realidade, a que conta, a do terreno, vai ser muito diferente.
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