domingo, maio 25, 2025

Ucrânia, ao telefone


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5 comentários:

Paulo Guerra disse...

O General Marcos Serronha, o Oficial na reserva mais graduado nos comentários da CNN, depois de 3 anos a propagagar a narrativa da NATO e completamente desesperado devido ao colapso da operação na Ucrania, depois de até os carros chefes da propaganda americana, NYT e WaPO, terem explicado como os US/NATO provocaram o conflito, equiparam a UA e continuam a comandar o teatro de operações desde a Alemanha, admitiu este fim-de-semana que só resta à Ucrania recorrer ao terrorismo em território da Russia. A maior potência nuclear do mundo, que estava quase a entrar em colapso na semana passada, segundo o mesmo General. E foi a um claro apelo ao terrorismo, a especialidade da CIA e do MI6, ao que também chegaram as nossas Forças Armadas. E não falo do fantástico boina azul e das suas fontes da NAFO no twitter.

Em linha com as últimas declarações de Zaluzhny - o chefe militar dos nacionalistas ucranianos que adoram pintar a cruz da Werhmacht nos seus blindados - com grande responsabilidade no espoletar do conflito, depois do golpe da CIA que teve de se socorrer da sua ajuda e do infame massacre de Odessa. Depois dos snipers em plena praça Maidan. Massacre que a UE foi literalmente impedida de investigar em 2014. E em quem Londres também depositava grandes esperanças para o futuro da Ucrania.

Como o atentado do Crocus em Moscovo e quase de certeza o assassinato na última semana em Madrid de um ex- deputado ucraniano, que se transformou num dos críticos mais credíveis do regime fantoche e corrupto Kiev. A UE perdeu totalmente a sua bussula moral e não só no genocídio em Gaza. Alguém acha que este comportamento da Europa era possível na era de líderes como De Gaulle, Willy Brandt, Olaf Palme ou praticamente todos os lideres escandinavos até á geração Stoltenberg?

O PM norueguês que enviou uma esquadra de caças noruegueses para enviar o país africano com o melhor índice de desenvolvimento humano - a Libia - para a idade de pedra. Onde hoje já se veem outra vez mercados de escravos a céu aberto. E foi assim que o Sr. Stoltenberg ganhou o seu bilhete dourado para Secretário-Geral da NATO. A Aliança de defesa que também bombardeou Belgrado durante 3 meses seguidos em 1999, totalmente à revelia da ONU.

E para o caso de alguém estar confuso com a hipocrisia dos midia sobre a Russia ser o primeiro país a alterar fronteiras na Europa desde a WWII, Belgrado ainda é uma cidade europeia e era a capital da Jugoslávia em 1999. Um país que desapareceu. Um problema que o Ocidente resolveu com a criação instantânea do TPI. Do qual ironicamente os US não são signatários para o poderem ameaçar quando precisam. Como devido às atrocidades cometidas no Iraque. Claramente dois pesos, duas medidas. O padrão da hegemonia.

Paulo Guerra disse...

Um último ponto só para dizer que apesar de Putin ter justificado a intervenção na Ucrania ironicamente com o mesmo artigo da Carta da ONU que os US e a a NATO usaram para “criar” o Kosovo - com uma serie de bandeiras falsas, diga-se de passagem - que permite utilizar a força militar para prevenir um ataque, no caso ao Donbass conforme os relatórios da OSCE, eu estou totalmente convencido que o que pressionou verdadeiramente a intervenção russa depois de 10 anos de guerra no Donbass, foi a chegada dos misseis dos US à Polonia em Dezembro de 2021. O que provocou o ultimatum russo logo de imediato, depois do próprio Biden ter prometido a Putin que não implantaria os misseis na PL. E o problema dos misseis americanos tão perto da fronteira russa é que no caso de saírem dos silos não permitem à Russia defender-se ou sequer perceber se são convencionais ou nucleares.

O que nos deixa a todos a poucos segundos do fim do mundo. E basta um simples erro, como aconteceu durante a guerra fria na Europa. E é também a razão porque eu penso que quando a Russia não tolera misseis tão perto da sua fronteira, como os US do outro lado do Atlantico, estão ambos na verdade a defender a Europa e o Mundo. E é mais que óbvio que tanto os militares como a inteligência russa pressionaram Putin. Como a própria CIA também queria para arrastar a Russia para o conflito e para as sanções.

E para quem ainda acha que Putin é o diabo e não um político até muito contido, para muitos russos até um babaca, devia pensar no tempo que Medvedev demorou para intervir na Georgia depois do ataque ordenado pelo cabeça quente Saakashvili. Sob tutela de Condoleezze Rice e do Embaixador Americano, que curiosamente depois apresentou credenciais em Kiev. Não foram 10 anos nem 10 meses nem 10 semanas nem 10 dias! Foram 48h! Mas ironicamente o fim da URSS e das suas restrições às liberdades individuais voltaram-se contra nós. Depois do fim da história.

Anónimo disse...

O comentário do seu leitor Paulo Guerra é muito pertinente e interessante. Claro como água.
O que vou registando, com satisfação, é que, pelos vistos, há ainda muitos que não “engolem” a propaganda “mainstream”, hipócrita e manipulada, que desde há muito (antes mesmo do conflito na Ucrânia) se instalou neste Rectângulo à beira-mar plantado, que não é mais, afinal de contas, do que o que a cloaca da UE/Nato difunde, cinicamente e sem vergonha. Infelizmente, os Partidos políticos “compram” o discurso oficial da UE/Nato (com a excepção do PCP, ao que parece, mas mesmo esse sempre constrangido) e nesse sentido fazem eco da manipulação da situação e sobretudo da “causa das coisas”.
Deste modo, este Blogue acaba por ser um saudável espaço onde se pode veicular e exprimir opiniões diferentes da “cartilha convencional”, oficial, nossa e daquelas duas fétidas Instituições (UE/Nato), no respeitante à Ucrânia.
a) P. Rufino

Paulo Guerra disse...

Muito obrigado caro P. Rufino. O equilibrio é um dos bem mais preciosos em quase todas as areas da nossa vida individual e colectiva e também foi pela perda do poder militar e sobretudo do equilibrio militar que a URSS providenciava ao mundo, independentemente de tudo, que assistimos ao eclodir das guerras dos dos US. As 7 guerras em 5 anos que o General Wesley Clark denunciou em 2007.

O conflito na Ucrania entre as duas maiores potências nucleares, impensavel até há pouco tempo, não é um conflito convencional entre os dois poderes militares mas uma operação clandestina da CIA e do MI6 para provocar um golpe des estado em Moscovo que permita outra vez a Londres e Washington sugar os recursos da Ucrania e da Russia como nos anos 90. Um buraco de corrupção, de onde a Ucrania infelizmente nunca saiu e por isso é usada como proxy. Hoje sem liberdade de imprensa, religiosa ou política. Mas é esta a democracia que também celebramos em Portugal. Que caça homens nas ruas como cães vadios para nossa felicidade.

Ainda há dias o Cardeal de Zelensky admitiu aos representantes russos em Istambul que o papel deles nas negociações era mais fácil porque não dependiam de 3 Mestres. Aliás, Kellogg ainda ontem twitou o pensamento bem enraizado do “grande Mago Brezinsky”, gabando-se que foi muito inteligente levar a Russia para a guerra sem botas americanas. Que muitos continuam a não ouvir mas os pacifistas - que acreditam numa arquitectura de segurança indivisível - são putinistas…

Só uma batalha no grande tabuleiro geostratégico, onde cortar os recursos da Russia à China é fundamental para manter a hegemonia. Se bem que hoje é cada vez mais perceptivel que no grande tabuleiro pouco mudou nos US com a mudança da Administração - como acontece quase sempre - e que talvez os US até já tenham açeite pelo menos um mundo bipolar outra vez. É por isso que é tão importante para Washington manter a Europa e o Médio Oriente, através do seu porta-aviões sionista, sobre controlo.

Mas quando ontem ouvi o Chanceler alemão, cada vez com menos aprovação em casa, dizer que a UA já pode utilizar os misseis que lhe são fornecidos em todo o território da Russia, nem queria acreditar. A Alemanha tem algum escudo nuclear que ninguém conhece? E claro que mais uma vez o Ocidente se esconde por trás da propaganda de Kiev que diaboliza a Russia e omite as suas próprias provocações. E segundo Kiev, centenas de explosões em 3 dias só provocaram 12 mortos. “Danos colaterais” que Israel ou os US provocam em segundos em todas as intervenções e que só provam que a Russia não realizou nenhum ataque contra civis. Se os 12 mortos forem mesmo verdade porque Kiev também não autoriza observadores internacionais creditados desde o início da intervenção russa.

Paulo Guerra disse...

Mas o que que eu quero dizer é que apesar de eu ser o maior pacifista da terra e compreender que Moscovo tem que fazer a gestão dos seus aliados no sul global, que nunca aceitariam uma guerra de agressão, como a nossa parte do mundo propaganda todos os dias, penso que em nome da humanidade a Russia devia ter intervindo mais cedo e ter sido mais determinante em vários momentos deste conflito. Porque mais uma vez, o equilibrio mata muito menos que o desequilibrio. Num conflito é fundamental que todos paguem o mesmo preço! Que ninguém saia incólume, como tem acontecido aos co-beligerantes que fornecem as armas mais letais há mais de 10 anos. Fanfarrões que usam a vida dos ucranianos em vez de negociarem uma paz credível!

Na minha opinião e precisamente para evitar a escalada mais tarde, a Russia devia ter intervindo muito mais cedo em vez dos acordos com Obama, que já sabemos que os US nunca respeitam. Como os tratados de segurança tão importantes para o mundo como os tratados ABM e INF, também na origem deste conflito. Da mesma forma que penso que as armas russas deviam fazer-se sentir-se nas bases navais britanicas cada vez que o MI6 mata no Mar negro. Terroristas russofobicos, por excelência há seculos. E por isto desta vez espero mesmo que Moscovo anuncie sem demora que o primeiro missil alemão disparado sobre território russo, também será sentido em Berlim! Para que o conflito não se descontrole e escale para o patamar que todos tememos mais. Ou como diz um ditado português, vale mais uma dor que um cento. Sobretudo para quem só percebe a linguagem da força, ser forçado a fazer a PAZ.

Nem a proposito, Joe Lauria, um dos ultimos grandes jornalistas americanos de investigação e relações internacionais, premiadíssimo e com decadas de experiencia como correspondente na ONU para os maiores titulos da imprensa norte-americana e internacional, ontem no seu próprio outlet independente:

https://consortiumnews.com/2022/03/27/can-russia-escape-the-us-trap/


Com dedicatória

O anti-americanismo radical é a doença senil do pós-comunismo de alguns. Por princípio, são contra a América, o mau da fita. A arrogância po...