terça-feira, maio 13, 2025

Terroristas e oficios correlativos

Um terrorista é alguém defende por meios violentos e inaceitáveis causas de que não gostamos. Um dia, a ação desse terrorista começa a "dar jeito" aos nossos interesses estratégicos: passa a "freedom fighter" enquanto luta, quando chega ao poder é "one of us". Síria 2025.

11 comentários:

ematejoca disse...

Essa descrição ilustra bem como a percepção de alguém pode mudar dependendo do contexto e do momento. Um terrorista, inicialmente visto como alguém que usa meios violentos para defender uma causa que não gostamos, pode, em certas circunstâncias, ser visto como um "luta pela liberdade" quando seus atos começam a beneficiar nossos interesses estratégicos. E, quando essa pessoa chega ao poder, ela pode ser considerada "uma de nós". Essa mudança de narrativa mostra como a política e os interesses podem influenciar a forma como julgamos as acções e as pessoas. É uma reflexão importante sobre a relatividade das percepções e a complexidade dos conflitos políticos.

josé ricardo disse...

Como dizia Soares: terroristas hoje, chefes de estado amanhã.

Anónimo disse...

É assim desde Afonso Henriques, com a diferença que o primo não conheceria o termo terrorista.

Anónimo disse...

O Bolívar era um terrorista para os espanhóis, o Washington para Londres, o MPLA e outros para nós, o Begin matou 50 ingleses no Hotel King David e tal contribuiu para criar Israel , um Estado que usa meios terroristas para matar quem vive em trritorios que ocupa ilegalmente à décadas
Agora o Hamas é que é terrorista. Mas está do lado certo.
Fernando Neves

Anónimo disse...

Excelente Post!
Em política, tudo é relativo.
Al-Sharaa passa a ser um bom rapaz, “cá dos nossos”, ocidentais. Mais cabeça degolada, menos cabeça degolada, isso são coisas do passado. Importa é agora e o futuro (sempre relativo, naturalmente, porque isto de política internacional nunca se sabe como as coisas acabam).
A Europa é hoje um esgoto a Céu aberto. Fede!
a) P. Rufino

Anónimo disse...

Convém igualmente relevar o entusiasmo do Pato Donald Trump, em Riad. As fotografias são um “must”, no encontro entre Trump e o ex-degolador. Depois do patife do Macron ter recebido o energúmero, antecipando-se ao Pato, nada mais me irá surpreender.
E assim vai esta nossa “extraordinária civilização ocidental”, fétida até dizer chega!
a) P. Rufino

António disse...

Aconteceu com os chefes das guerrilhas que lutaram contra o colonialismo. Os designados terroristas passaram a grandes estadistas (desde que vencessem). Foi assim com Portugal e com outros países que tiveram colónias.
Nas guerras, cada um procura incutir que os adversários são sub humanos. Há muitos exemplos. Para os que apoiam Zelenski, Putin é um psicopata, um bandido, etc.. O que Putin pensa, bem como os russos em geral, pouco sabemos, porque os nossos media estão do lado ucraniano. Gostam mais e propaganda do que de informar.
Se não dissermos que a Ucrânia vai ganhar a guerra e reduzir a Rússia a cacos ... estamos tramados.
Zeca

António disse...

"causas de que não gostamos" Claro, se gostarmos o caso muda de figura.
Zeca

João Cabral disse...

É apenas mais um episódio dessas trocas-baldrocas, já as vimos no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e noutros sítios pouco recomendáveis.

João Cabral disse...

É apenas mais um episódio nessas trocas-baldrocas que já vimos no Afeganistão, no Iraque, na Palestina, na Líbia e noutros sítios pouco recomendáveis.

Anónimo disse...

Lembremos que Holden Roberto, o mandante dos massacres terroristas no norte de Angola, foi sepultado com honras de Estado em Angola. Pergunto-me se esteve presente na cerimónia algum representante português.

Com dedicatória

O anti-americanismo radical é a doença senil do pós-comunismo de alguns. Por princípio, são contra a América, o mau da fita. A arrogância po...