terça-feira, setembro 03, 2024

Realismo

Neste tempo em que muita gente acordou para a ausência de soluções para pôr cobro a certos conflitos internacionais, lembro que a História ensina que, muitas vezes, o máximo que se pode fazer é mantê-los num registo de baixa intensidade, minorando-lhes as consequências.

2 comentários:

Anónimo disse...

No meu parecer, nos dois grandes conflitos em que o ocidente está envolvido “a ausência de soluções” decorre dos interesses de terceiros países na gestão desses conflitos.

Ou seja, não tivesse ocorrido a intervenção da Inglaterra (ida do Boris a Kiev) e dos EUA e os acordos de Minsk teriam sido cumpridos e posto fim ao conflito na Ucrânia. Do mesmo modo, Israel não estaria a matar como está sem o apoio político e logístico dos EUA, até poderia prosseguir com a ocupação, mas seria em “em regime de baixa intensidade”, de mansinho.

Concluindo, em ambos os casos, o complexo militar-industrial comanda e supervisiona o desenvolvimento das operações, assacando responsabilidades aos portadores do mal (russos e palestinos) e promovendo o medo, a inevitabilidade da guerra para trazer o bem (a liberdade) às respectivas populações.
J. Carvalho

marsupilami disse...

Há 20 anos, os EUA poderiam parar Israel ou Putin se quisessem, como puderam parar a França e o RU em Suez décadas antes. Hoje podem pesar bastante (se se conseguirem coordenar internamente) e é tudo. Deixaram de ter a última palavra.

"Quem quer regueifas?"

Sou de um tempo em que, à beira da estrada antiga entre o Porto e Vila Real, havia umas senhoras a vender regueifas. Aquele pão também era p...