terça-feira, novembro 29, 2022

As civilizações têm uma medida

 


7 comentários:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Um record interessante!

manuel campos disse...


Tenho uns bons milhares de livros dos quais pelo menos 3/4 lidos, por mim, por minha mulher ou pelos dois, sempre que possível na língua original.
Quando entro em casa de muita gente, gente habitualmente licenciada, que me acompanhou profissionalmente e ao longo da vida, em posições de algum relevo, que não é própriamente modesta ou carenciada, fico abismado com o número de livros que exibem (aliàs procuro sempre saber "se têm noutra sala", mas não, raramente têm).

Apesar de poder andar de carro sempre que me apetece e para onde me apetece,
uso com frequência o metro e o autocarro em Lisboa (como já contei aqui), onde há anos não se vê ninguém a ler um livro nem nas paragens nem nas estações, nos cafés idem pois só há CM e jornais da bola.
Além disso, nos meus percursos diários de 3 a 4 horas a pé, de há uns quase 10 anos a esta parte (reformado), conheci, conheço e entro sempre que lhes passo à porta em todas as livrarias das zonas mais centrais e até das menos centrais de Lisboa.
Podia ainda acrescentar que conheço muito bem Madrid, bem Londres, razoàvelmente outras cidades europeias, daí ter dúvidas sobre estes números.

Mas estes números são consistentes com esta informação (*):

http://www.worldcitiescultureforum.com/data/number-of-bookshops-per-100.000-population

Não são é consistentes com esta, que tem mais de 4 anos e abarca o país todo:

https://www.dn.pt/cultura/uma-em-cada-cinco-livrarias-da-base-de-dados-do-ministerio-da-cultura-ja-nao-existe-9737364.html

(*) Evito sempre que possível pôr "links" mas ás vezes é difícil.

Luís Lavoura disse...

Quando vivi numa cidade alemã, Dortmund, que tem uma população mais ou menos igual à de Lisboa (concelho, não metrópole), havia nessa cidade, que eu conhecesse, uma única livraria, a "Buecher Krueger". Era uma livraria bem grande, situada no centro da cidade, mas era a única. E bastava, diria eu...

João Cabral disse...

Esses números devem estar todos ao contrário, senhor embaixador. Já viu a quantidade de livrarias que fecharam ao longo dos anos, só em Lisboa? E se os Portugueses, como se diz, não lêem... A não ser que contem as papelarias de esquina que também têm uns livros na montra.

Unknown disse...

Arriscamo-nos então a ser um dos países mais pobres da Europa com uma das capitais mais civilizadas...

Flor disse...

É verdade que antes de haver internet, os passageiros de comboio, autocarro levavam livros ou algum jornal para tornar mais curta a viagem. Algumas senhoras levavam crochet que á distância víamos as suas cabeças fazendo um ligeiro movimento ao ritmo da laçada. De há um tempo para cá todas as cabeças tanto de homens como de mulheres vão inclinadas a olharem para o telemóvel ou tablet e nem sei como não deixam passar a paragem tal é a atenção ao que estão a ver no pequeno ecrã.

jj.amarante disse...

A maior parte das vezes que vou a uma livraria no estrangeiro penso que as livrarias de Lisboa são muito pequeninas. Deve ser por isso que existem tantas.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...