quarta-feira, novembro 09, 2022

Educação a sério!


O que se descobre no semanário salazarista “Agora”, em março de 1961!




9 comentários:

Luís Lavoura disse...

Há (ou havia até muito recentemente) escolas em Inglaterra onde as meninas eram obrigadas a usar um uniforme que continha saia.
Não é só em Portugal que, até recentemente, as meninas eram forçadas a ir para a escola de saia.

Luís Lavoura disse...

A segunda notícia parece-me um bocado dispartada: os alunos de liceu geralmente ainda são demasiado novos para terem barba.

Anónimo disse...

Duas escolas de Coimbra. O correspondente local era muito ativo...estava muito atento aos desvios morais da juventude da cidade... O Infanta foi depois meu liceu, muito mais tarde, já muito mais esbardalhado.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, normas dessas não eram exclusivas de Portugal nem do salazarismo. Existiam nos países mais democráticos de então. O tempo era assim. Ainda hoje, nos mais selectos colégios por essa Europa fora, há normas de vestuário e apresentação.

manuel campos disse...


Tendo em conta a orientação "política" do semanário em causa é normal que noticiasse aqueles factos, como é evidente a grande maioria dos leitores daquilo acharia a notícia interessante como hoje há quem ache interessantes palermices equivalentes espalhadas por aí.

Havia situações esquisitas em 1961 um pouco por toda a Europa, mesmo em países já bastante democráticos há uns bons anitos.

Por exemplo e a propósito de músicas proíbidas nas rádios, há tempos fui olhar de perto este assunto noutras paragens (sou melómano compulsivo) e a BBC, por exemplo, foi ao longo dos anos também censurando muita coisa.
Numa enormíssima lista disponível em "List of songs banned by the BBC" estão incluídas músicas de conhecidos e perigosos revolucionários anti-sistema como Cliff Richard, Frank Sinatra, Beatles, Elvis Presley, Bing Crosby, ABBA, QUEEN e mais um número notável de artistas onde se incuíu a própria Orquestra Ligeira da BBC (da casa!) e até a "Dança do Sabre" de Khachaturian, do bailado "Gayane".
Só a partir do início deste século se deixou de vez disso.

maitemachado59 disse...

Quando andava na Faculdade de Letras em Lisboa, entre fins dos anos 50 comecos dos 60, fui muitas vezes de calcas e so uma vez tive um problema numa aula pratica de Historia de Arte. O professor (acho que se chamava Linho) disse que nao queria ali alunas de calcas.Como era um bocado atrevida, perguntei-lhe se queria que as tirasse: ficou encavacado para grande gozo dos meus colegas.

maitemachado59

aguerreiro disse...

Deixem pra lá. Agora andam de facas na mochila e tatuados que nem vacas turinas. Modas sempre existiram

carlos cardoso disse...

Boa resposta maitemachado59! Mas, e se o professor tivesse dito que sim…

José disse...

"(...) Confesso que me choca o modo como alguns deputados do nosso parlamento se vestem, num “casual” que roça a bandalheira, não muito distante do sinistro fato-de-treino. Não é tanto a falta da gravata que se contesta: há modos de vestir sem gravata cuja manifesta elegância substitui a de um fato tradicional. (...)"

"(...) Círculo Eça de Queiroz, local onde o uso da gravata continua a ser imperativo - e acho muito bem!) "

Quem é que escreveu isto?

Quando se quer ver tudo com viés, de modo a descarregar nos suspeitos do costume, não há nada a fazer.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...