Ora, se tu deixaste o papel em qualquer lado
É questão de o procurar com mais cuidado.
Bem sabes que a tentação é grande e que o pecado
Surge a quem vê um poema mal guardado.
Mas para que quereria alguém esse soneto?
Será um ladrão, um malfeitor, o que sei eu?
Terá sido um parente, uma filha, um neto?
Só o que eu sei é que o soneto desapareceu.
Será um ladrão, um malfeitor, o que sei eu?
Terá sido um parente, uma filha, um neto?
Só o que eu sei é que o soneto desapareceu.
Vou comprar um cadeado novo.
Assim, mais seguro me sentirei com ele na algibeira.
Para não defraudar a arte e o povo.
Assim, mais seguro me sentirei com ele na algibeira.
Para não defraudar a arte e o povo.
Entretanto, à espera, será desta maneira
que escreverei um soneto muito mais novo
que, esse sim, guardarei bem na algibeira.
José Sesinando
(assim se chamava literariamente José Palla e Carmo)
que escreverei um soneto muito mais novo
que, esse sim, guardarei bem na algibeira.
José Sesinando
(assim se chamava literariamente José Palla e Carmo)
1 comentário:
Um soneto fantástico!
Bem diferente dos habituais que leio por aí!:)
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Quero sair deste flagelo...
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Beijo e um excelente fim de semana.
"Vai ficar tudo bem"
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