quarta-feira, abril 01, 2020

O meu 1º de abril



Pronto! Hoje, decidi sair. Começa o mês de abril, mês novo vida nova (nunca ouvi dizer isto, mas soa bem). De manhã, tenho de dar uma saltada à Infante Santo para comprar "toner" e vou passar pela loja gourmet das Amoreiras. Há por lá um belo paté. Compro também um Sauternes, que liga muito bem com ele. Deixo as coisas em casa e vou almoçar com o pessoal do costume ao Nobre. Está-se a comer lindamente no Nobre, sabiam? Atravesso, em seguida, a Avenida da República e vou ao meu barbeiro, ao Sr. Pinto, no Apolo 70, que é "apenas" o melhor barbeiro do mundo. Bem preciso, com a trunfa com que já ando! Apanho o metro para o Chiado e vou beber um chá com scones no Grémio. Depois, ainda passo pela Férin e pela FNAC. Preciso do último "Spectator" e aparece sempre um livrito ou outro para comprar. Jantar? Está-me a apetecer voltar ao Pap'Açorda no Mercado da Ribeira. Estive lá há semanas e comi bastante bem. Para acabar a noite, talvez ainda vá ao Procópio para um copo. Há muito que o Luís já nem pergunta o que eu quero. E depois, claro, regresso a casa, que já se faz tarde.

E se chover? Bom, se chover é outra coisa! Nem saio de casa! Aliás, pensando bem, em casa é que se está bem. Olhem! Afinal, já decidi: quer chova quer faça sol, neste primeiro de abril, fico mesmo em casa. É verdade! No dia das mentiras!

5 comentários:

Anónimo disse...

Um pouco de Home-trainer

C.Falcao

Anónimo disse...

O embaixador de metro em vez de automóvel? Óbvia mentira.

aamgvieira disse...

Por este texto, não me parece ser um cidadão comum, mas um flanneur da boa vida !!!

Lúcio Ferro disse...

Pois já eu, logo, pretendo dedicar-me à cozinha (tenho vindo a aprimorar). Vou fazer um arroz de tomate malandro e grelhar umas postas de salmão. De entrada, uma saladinha com queijo feta. Para a sobremesa, um sortido de frutas. E é isto. :)

Anónimo disse...

Senhores/as Pintos podem estar abertos, talvez só depois da Páscoa, para evitar tentações (mais bonitos=mais saídas).

A cumprir:

Uso de máscara e luvas descartáveis (na presença do cliente para não haver dúvidas).
Uso de luvas pelo cliente fornecidas à entrada, após higienização das mãos.
Controlo de clientes pelo espaço, se for pequeno como o são muitos, entra um de cada vez.
Como agora estão fechados, talvez não se importem de cumprir estas regras.
Devem incluir o material descartável no valor a pagar. Os clientes já muito aflitos, talvez não se importem de ter essa despesa extra.

Pagamento com cartão.

E quem controla?

Controlamos todos, é fácil. A alternativa é milhares de pessoas desesperadas, uns desgrenhados outros falidos.

Os amigos maluquinhos da Ucrânia

Chegou-me há dias um documento, assinado por algumas personagens de países do Leste da Europa em que, entre outras coisas, se defende isto: ...