terça-feira, outubro 05, 2021
Uma pergunta polémica
segunda-feira, outubro 04, 2021
Abstenção
Futebóis
domingo, outubro 03, 2021
Desagravo da Bordúria
… e as Serras
“Observare”
Sob a moderação de Pedro Bello Moraes, Carlos Gaspar, Luís Tomé e eu falámos, no “Observare” desta semana, do futuro político da Alemanha e do “namoro” entre a Turquia e a Rússia.
sábado, outubro 02, 2021
“Portugal no Mundo”
Pode ver clicando aqui.
A capa
sexta-feira, outubro 01, 2021
Expo Dubai
quinta-feira, setembro 30, 2021
O fenómeno Zemmour
Nos anos em que vivi em França, assistia, com regularidade, a um animado e interessante programa televisivo semanal, com entrevistas e debates, intitulado “On n’est pas couché”. Por ali passava tudo quanto “estava na berra”, da política à literatura, do teatro ou cinema à música. O programa tinha então dois comentadores residentes, que liam e analisavam, de forma muitas vezes cáustica, mas sempre inteligente, os livros que iam saindo, o comportamento das figuras da política, etc. Durante alguns anos, o dueto foi constituído por Éric Naulleau e Éric Zemmour (depois, foram variando).
Nollau era ensaísta e editor, com uma visão de esquerda, mas frequentemente muito crítica para a própria esquerda. Zemmour era jornalista e autor de vários livros, extremamente conservador e soberanista. Mais tarde, criaram, em outra estação, um programa intitulado “Zemmour & Naulleau”. Eram ambos figuras brilhantes, por muito polémicas que as suas opiniões fossem.
Com o regresso a Portugal, perdi de vista Naulleau, mas cada vez tenho ouvido falar mais de Zemmour, embora nem sempre pelas melhores razões. As suas posições foram-se tornando mais extremadas, algumas foram lidas como xenófobas e mesmo racistas, o que levou a condenações judiciais e ao seu afastamento de vários órgãos de comunicação.
Mais recentemente, Zemmour surgiu na vida política francesa como um possível candidato à presidência da República. Um livro que lançou, “La France n’a pas dit son dernier mot”, na sequência de vários outros que foram imensos êxitos editoriais, está a ser visto como uma possível rampa de lançamento para o Eliseu. Zemmour é hoje um fenómeno de que toda a França fala.
Há sondagens que o creditam com 11-14 % de intenções de voto, já muito próximo da candidata do “Rassemblement National” (antigo “Front National”), Marine Le Pen. Mas o grande embaraço parece estar a atingir o campo político da direita tradicional, o partido “Les Républicans”, antes liderado por Nicolas Sarkozy e, depois, por François Fillon (ambos hoje a braços com a Justiça), atravessado uma luta fratricida para escolher um candidato para o representar nas eleições presidenciais de abril/maio de 2022. O discurso de Zemmour, que chega a reivindicar-se do gaulismo, parece estar a fazer o seu caminho no eleitorado desse setor conservador.
Zemmour é demasiado elaborado para poder ser tido como uma espécie de Trump “à francesa”. Mas a sua postura, chauvinista, abertamente anti-islâmico, tradicionalista e com apelo ao saudosismo identitário, tem um acolhimento potencial que está a baralhar os dados da política interna francesa.
“A Arte da Guerra”
No “ A Arte da Guerra” desta semana, falo com António Freitas da Costa sobre as perspetivas políticas na Alemanha depois das eleições legislativas, os pontos mais salientes dos discursos na Assembleia Geral da ONU e as recentes movimentações político-militares na Coreia do Norte.
quarta-feira, setembro 29, 2021
terça-feira, setembro 28, 2021
Uma memória do 28 de setembro de 1974
Depois da derrota política sofrida no dia 28 de setembro de 1974, o general António de Spínola, presidente da República, na ressaca dos acontecimentos e das manifestações desse dia que ficou histórico, tinha convocado o Conselho de Estado para 30 de setembro. Foi anunciado que, nessa ocasião, faria uma comunicação ao país pela televisão e rádios, diretamente de Belém.
segunda-feira, setembro 27, 2021
Democracia
Ontem, as cores políticas que são as minhas tiveram algumas vitórias e derrotas. Bastantes mais vitórias do que derrotas. Senti algumas dessas vitórias como muito reconfortantes, mas devo confessar que tive uma derrota que muito me custou. A perda da Câmara de Lisboa para uma coligação que, ideologicamente, está nos meus antípodas, é um momento de tristeza que não posso nem quero esconder.
Fiz parte da Comissão de Honra do meu amigo Fernando Medina nas duas eleições que disputou. Fi-lo convictamente, porque considero - pelos vistos, ao contrário de uma maioria dos votantes de ontem, nesta minha cidade - que ele foi um excelente presidente da Câmara de Lisboa. É um homem e um político de uma grande seriedade e com um elevado sentido de serviço público. Deu tudo a Lisboa e dedicou-se ao seu trabalho com todo o empenhamento. Os lisboetas tiveram outra leitura das coisas, o que temos de respeitar. Como referi no início deste texto, a liberdade de escolha, a cada instante, é a grande virtualidade da democracia.
Os votantes lisboetas optaram por Carlos Moedas, figura que eu, equivocadamente, julguei ser um erro de “casting”, para o exercício deste cargo em particular. Como sempre afirmei, foi um excelente Comissário Europeu, é uma pessoa de bem e um amigo que prezo. Ele sabe que a sua vitória não me deixou feliz, como também sabe que é com grande sinceridade que, a bem de Lisboa, ao felicitá-lo, lhe desejo as maiores felicidades no seu trabalho nos tempos que terá pela frente.
A vida continua.
domingo, setembro 26, 2021
A sério
Lembrando
Tvês
Unir as nações
Muitas pessoas se interrogam sobre a razão pela qual, todos os anos, em setembro, chefes de Estado e de governo, ministros e suas comitivas rumam para Nova Iorque, para a Assembleia Geral das Nações Unidas. Sabe-se que alguns, ”de fora”, acham aquilo um espetáculo dispensável, uma “feira de vaidades” sem sentido, uma perda de tempo e dinheiro.
Votem!
“Observare”
Com Luís Tomé e Carlos Gaspar, sob a moderação de Filipe Caetano, abordei, no “Observare” desta semana, na TVI 24, o acordo estratégico dos EUA com o RU e a Austrália, as perspetivas para a vida política alemã depois das eleições de hoje e a importância da Assembleia Geral da ONU. Pela minha parte, falei ainda das tensões em quatro países do Magreb e as novas ofertas americanas de vacinas anti-Covid.
Pode ver aqui: https://tviplayer.iol.pt/programa/observare/5f998d910cf203abc5a
sábado, setembro 25, 2021
Reflexão
sexta-feira, setembro 24, 2021
Vila Real
quarta-feira, setembro 22, 2021
“A Arte da Guerra”
“A Arte da Guerra”
Hoje, às 19 horas, em “A Arte da Guerra”, nas plataformas do “Jornal Económico”, falo com o jornalista António Freitas de Sousa sobre o novo acordo estratégico entre os EUA, o Reino Unido e a Austrália, as eleições legislativas na Rússia e a aparente tendência para o regresso ao poder da social-democracia em países nórdicos.
terça-feira, setembro 21, 2021
O que dou
Notícias da terra
Uma pega de uma gralha
segunda-feira, setembro 20, 2021
A utilidade marginal das imagens
Em 2017, fiz ver por escrito à CMTV que era uma desnecessária e preguiçosa atitude, sempre que aquele canal fazia uma peça sobre reformas ou pessoas idosas, apresentar umas imagens captadas no Jardim da Estrela, em que surgia Rui Mário Gonçalves à conversa com José-Augusto França. Creio não ter tido o menor êxito.
domingo, setembro 19, 2021
A conterrânea de Steinbroken
sábado, setembro 18, 2021
José-Augusto França
Há coincidências do diabo! Há dois dias, depois do jantar, saído do Grémio Literário, depois de charlar com um amigo para umas dezenas de pessoas, sobre o diplomata que Eça de Queirós também foi, veio-me à memória, de repente, José-Augusto França. Que seria feito dele? Sabia que estava doente, há já bastante tempo, algures em França, onde vivia.
“Observare”
Sobre o imenso perigo das dicas
Há dias, alguém me dizia isto, num jantar no "Raposo", perto do Jardim Constantino, um pouso culinário a que, por tempos, me esqueço de ir e que vivamente recomendo.
Lembrei-me hoje deste recado na "Imperial de Campo de Ourique", também conhecida pela "Tasca do João", um lugar onde, sempre que posso, aos almoços de sábado, vou comer o "bacalhau à minhota" da dona Adelaide.
Pedi uma mesa à porta, com o fresco da rua, e por ali estive, de babete no peito, para evitar pingos de azeite sobre a camisa.
Um destes dias, irei contar por aqui as histórias de vida do João, um homem de Ponte da Barca que, há muito, fez de Campo de Ourique o seu mundo. Que ali foi feliz (vai ser avô, de novo, em breve), cuidando da felicidade gustativa dos outros.
Deixo-os, por ora, com a fotografia do petisco de hoje e de sempre.
Das Ordens
O Presidente da República e Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas conferiu posse, em cerimónia realizada no Palácio de Belém, aos vogais dos três Conselhos das Ordens, nomeadamente Conselho das Antigas Ordens Militares, Conselho das Ordens Nacionais e Conselho das Ordens de Mérito Civil.
sexta-feira, setembro 17, 2021
Acabou-se o papel
As lições de Cabul
O que se passou em Cabul, com a atabalhoada saída dos americanos e o colapso, praticamente sem resistência, de uma administração local apoiada por umas forças armadas que se presumia já capazes de suster uma guerrilha, maculou seriamente a imagem dos EUA no mundo.
“A Arte da Guerra”
Pode ver aqui: https://fb.watch/84fivWNeTe/
Não foi assim
Em 31 de agosto último, uma cerimónia serena, congratulatória, teve lugar no aeroporto Hamid Karzai. As últimas tropas americanas abandonavam o Afeganistão.
quinta-feira, setembro 16, 2021
Religião
A síndroma de Corvelo
Foi há umas horas. Tinha acabado de jantar no restaurante da Casa Fernando Pessoa, convidado por um grupo de antigos Auditores de Defesa Nacional, que pretenderam ouvir-me e conversar sobre os equilíbrios geopolíticos contemporâneos. Foi uma agradável ocasião, com gente sabedora e interessada.
Saí pela noite de Campo de Ourique e decidi ir apanhar um táxi no Jardim da Parada. Podia ter regressado a casa a pé, a distância não era muita, mas ainda conservava uma memória, menos confortável, do que, há 48 horas, se tinha passado comigo no Porto. “Lessons learned”, como também se diz em linguagem militar.
Passei junto à esquina da Livraria Ler, olhei lá para dentro e reparei na mesa com livros. Lá estavam quatro exemplares, bem à vista, do meu livro “A Cidade Imaginária”, que a Biblioteca Municipal de Vila Real há dias publicou. Senti, no instante, uma espécie de “déjà vu”, mas não percebi bem o que era.
Fui caminhando para o táxi e, logo que entrado nele, saiu-me um sorriso que, creio, o motorista, no banco da frente, não terá notado. Eu estava a rir para mim mesmo, quase a rir-me de mim mesmo. De quê? De repente, lembrei-me do “flash” na minha paragem em frente à montra da Ler: era o Artur Corvelo!
Quem é o Artur Corvelo? É a figura central do romance “A Capital”, de Eça de Queiroz, em que há uma cena em que ele vai a uma livraria onde tinha colocado o seu livro de poemas “Esmaltes e Jóias”, folheia um exemplar, decide comprá-lo e pergunta, “com ar distraído”: “Tem-se vendido muito disto?”, para ouvir o empregado, indiferente, a responder: “É o primeiro”.
O Eça sempre surge nas esquinas da minha memória e da minha vida. Neste caso, justificadamente: esta quinta-feira, 16, antes de um jantar no Grémio Literário, eu e o meu colega Luís Filipe Castro Mendes vamos falar do nosso também antigo colega José Maria Eça de Queiroz, um homem grande na memória daquela casa. Ele tratará do diplomata que Eça de Queiroz foi, eu direi alguma coisa sobre o modo como escritor observa, na sua obra, os diplomatas e a diplomacia.
O Grémio fica situado numa rua paralela à da Livraria Férin. Depois do jantar, pode bem ser que passe por lá, para olhar a montra. Mas não, o meu livro não foi posto ali à venda. Nem sequer irei encontrar lá o “Esmaltes e Jóias”, uma obra bem conhecida mas que, curiosamente, nunca foi publicada.
Que mundo! Isto já não é o que era, essa é que é Eça!
quarta-feira, setembro 15, 2021
A descentralização e a demagogia
terça-feira, setembro 14, 2021
Pela noite do Porto
segunda-feira, setembro 13, 2021
Protocolo
Parece fácil, mas não é. Quase quatro décadas de vida diplomática ensinaram-me a “ler” melhor estas coisas. Montar, coordenar e dirigir, durante vários dias, a cerimónia das exéquias de uma figura de Estado é um trabalho que exige extrema sensibilidade, rigor e muito bom senso. Se alguma coisa tivesse falhado, se houvesse algum incidente ou um percalço inesperado, teria sido um “aqui d’el-rei”. Como tudo se passou exemplarmente, não é “notícia”.
Silêncio!
domingo, setembro 12, 2021
Meia dúzia de histórias com Jorge Sampaio - a livraria
2001. “Diferente, diferente, é uma livraria que conheço no Upper West Side! É próxima da universidade de Columbia e um bocado “esquerdalha” “, disse eu a Sampaio. Falava-se, naquele dia, da possibilidade de dar um “salto” a uma boa livraria.