segunda-feira, abril 20, 2020

Todos os nomes

Um dia, no Brasil, numa conversa, saiu-me esta: “andam para aí uns fabianos a mandar bocas sobre tudo...”

O meu amigo Arnaldo olhou para mim, franziu o sobrolho e disse: “Como sabe, Francisco, o meu filho chama-se Fabiano”.

Lá tive que explicar que, em Portugal, e para uma certa geração, o termo “fabiano” tinha a mesma aceção com que se usa “fulano”, “sicrano” e “beltrano”. E creio que também esclareci que os “fabianos” eram, além disso, uma conhecida e bem respeitável escola britânica do pensamento socialista moderado do século XIX.

Razão têm os que dizem que Portugal e o Brasil são dois países separados por uma língua comum.

Aqui deixo um abraço saudoso, e com votos de saúde, à Josina, ao Arnaldo e, claro, ao Fabiano.

1 comentário:

Anónimo disse...

As pessoas que dizem isso devem ser aquelas que passam a vida a traduzir à letra expressões do inglês.

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...