sexta-feira, novembro 20, 2015

Guiné Equatorial

Foi muito oportuna e formalmente correta a declaração feita pelo ministro Rui Machete a propósito de inaceitáveis posições recentes do presidente da Guiné Equatorial, que confrontam de forma chocante os compromissos assumidos por aquele país em matéria de respeito pelos Direitos humanos, aquando do  seu ingresso na CPLP. 

Portugal não pode agora deixar de retirar as necessárias consequências face às declarações divulgadas e, através dos órgãos próprios da organização, suscitar de imediato a questão criada, junto dos restantes parceiros. É urgente que a Guiné Equatorial dê explicações sobre o sentido das afirmações do presidente Obiang e de que modo aquele país as entende compagináveis com as obrigações assumidas. A serem confirmados, tais propósitos configuram uma quebra de respeito perante os princípios da organização, que não pode passar sem as devidas consequências.

Portugal tem aliás toda a legitimidade para recordar que, não obstante as fortes reservas que o acesso da Guiné Equatorial à CPLP suscitou em largos setores da sociedade portuguesa, o nosso país entendeu dever associar-se à posição esmagadora dos restantes membros, não inviabilizando uma decisão favorável àquele acesso. Fê-lo com o único objetivo de salvaguardar a unidade da CPLP e no pressuposto de que as garantias dadas pela Guiné Equatorial podiam ser tomadas como sólidas.

1 comentário:

aguerreiro disse...

A Guiné Equatorial na CPLP, faz uma falta muito semelhante a uma viola num enterro! Mas agora que a deixaram entrar que a aguentem: Se enquanto está dentro só faz estrume imaginem o que fará se a convidarem a desinfectar, mas é assim a democracia é rica em adopções de abortos e bastardos.

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...