Os eleitores têm as suas razões, as suas opiniões e as suas motivações, e é justamente por isso que, na análise política, devemos focar nas razões deles. Compreender o que motiva o eleitorado, as suas preocupações, valores e expectativas é fundamental para uma avaliação mais justa e precisa do cenário político. Assim, podemos criar soluções mais alinhadas às necessidades da sociedade e promover um diálogo mais construtivo.
As razões que encontro, pouco têm a ver com o povo, são de natureza diversa: Primeiro, Marcelo que não descansou enquanto não esfrangalhou um Governo de maioria absoluta, criando a instabilidade que a direita aproveitou; Segundo, a PGR que criou as condições factuais para a intervenção do Presidente e para a consolidação da ideia de que a corrupção prolifera por aí; Terceiro, António Costa que se apressou a apresentar a demissão quando não era acusado (ainda não foi) de nada; Quarto, a comunicação social, incluindo painéis de comentário, que não parou de desqualificar o Presidente do PS, como se ele mudasse de personalidade dia sim, dia sim, ao mesmo tempo que dava relevo aos temas da segurança, da emigração, como se estes fossem os grandes problemas do país; Quinto (e mais importante) a estratégia adoptada por António Costa de ter um volumoso superavit orçamental, que utilizaria na fase final da legislatura, em vez de realizar investimentos nos serviços públicos (SNS) e atender a reivindicações profissionais e ao reforço de quadros (médicos, professores) na função pública; Sexto, a distribuição que a AD fez desse superavit, por um vasto conjunto de profissionais e de pensionistas, a criar a ilusão que o seu Governo estava aberto para melhorar as condições de vida das pessoas; Sétimo, a absoluta incapacidade da maioria dos votantes em perceber o que era aquela coisa da “ética” ou da falta dela, e como é que isso implicava com a função governativa. J. Carvalho
errado. os eleitores têm sempre razão. por questões de estatística, estarão mais perto da razão do que qualquer opinião pessoal (por mais luminosa que possa ser).
De há uns anos para cá, nota-se uma estratégia de provocar no povo a desmotivação e a desconfiança nos politicos, e não, não me refiro a teoria de conspiração, se pensarem bem tem sido uma prática. Isso levou a que agora estes aproveitadores de ocasião fossem bem sucedidos. Eles são perigosos, mas mais perigoso é quem está por trás deles, com contas por ajustar com o 25 de Abril. Os outros, a maioria dos que os elegeu, são apenas gente assustada, desesperada e iludida, á espera de uma prendinha do pai natal. Se como já fizeram alarde, alterarem a constituição, muita gentinha que neles votou, irá também torcer a orelha.
Pois, o PR não descansou enquanto agente do caos do país e cangalheiro da Democracia para servir o seu partido. Pena é que as pessoas "sem razão" acreditem nas sem razões "incobertas" dos seus selfies popularuchos. O populismo tem, afinal, muitas cores encobertas.
Paz, pão, saúde, habitação, e só acrescento segurança à letra. Estas são as razões. Retóricas à esquerda ou direita só serve para quem quer ter razão sem, na maioria dos egos, se focar nas razões.
«errado. os eleitores têm sempre razão. por questões de estatística,» Por razões de estatística, o Sol rodava à volta da Terra. Hoje a estatística é outra e a Terra passou a rodar à volta do Sol. Note-se, porém, que, ainda assim, em algumas regiões, o Sol continua a rodar em torno da Terra. Por razões de estatísticas, claro. QED.
Eu gostava de saber o seguinte: por que razão os lideres dos partidos (PS e PSD) reagem às derrotas eleitorais com a demissão? É, por acaso, vergonhoso perder eleições? Por que razão os partidos deixam facilmente cair os seus líderes eleitos por esses mesmos partidos? Estamos, por acaso, no reino da futebolização? Se olharmos para isto com olhos mais lúcidos, os mais capazes (por serem os mais capazes, ganharam as respetivas eleições internas, com os votos de quem verdadeiramente os conhece) foram, no caso do PS e PSD (auto)relegados e têm, agora, esses mesmos partidos, uma segunda linha: Montenegro e, eventualmente, Carneiro. Alguém tem alguma dúvida que o PSD (e o país) estaria bem melhor servido com Rui Rio e o PS com Pedro Nuno Santos (relativamente, este, a José Luís Carneiro)? Miterrand só à terceira é que conseguiu ganhar as presidenciais. É preciso alterar esta cultura futeboística na política portuguesa. Os partidos, neste sentido, têm culpa ao deixarem-se ir a reboque da comunicação social, designadamente dos nossos extraordinários comentadores.
Eu pertenço aquele ( pequeno) grupo de pessoas que discorda da ideia de que “não se pode criticar os eleitores do Chega, este voto é só a expressão de um mau estar”. Não, na grande maioria é gente má, sem um pingo de respeito pelo seu semelhante, que escondida no anonimato é capaz de fazer todo o tipo de barbaridade. Durante muito tempo passaram despercebidos porque havia uma generalizada censura social a esta postura. Com Ventura e os seus sequazes @ aparecerem nas TVs a debitar quotidianamente o discurso do ódio e da desumanidade (incluindo na AR com o “poder pode”) está gente veio á luz do dia. É que ao contrário do que se propala não somos um país de tão brandos costumes.
Concordo com quase tudo (não percebo bem a 6a razão) mas discordo do ponto de partida. O povo pediu isto! Sim o povo soberano que sustentou a ditadura e escrevia cartas de denúncia a PIDE (agora preferem as denúncias anónimas ao MP), que enche as audiências dos canais de tele-realidade, o povo que maltrata os emigrantes e acha que eles só servem como mão de obra escrava. Esta gente vota e graças as TVs (vejam as audiências da Sandra Felgueiras - mesmo quando as histórias são repletas de mentiras e juízos sem fundamento) e aos discursos do Ventura percebeu que não era vergonha exprimir abertamente a sua desumanidade, a sua inveja, a sua cobardia.
Mas não podemos isentar de responsabilidade um certo povo de “esquerda” que está firmemente empenhado em fazer a felicidade dos outros, independentemente do que esses outros pensam e se necessário contra a sua vontade - é o proselitismo LGTBQ+ (que vai muito para além da não descriminação) como tema central do discurso político, é o ódio de classes na versão “taxar os ricos e abaixo os senhorios”, é o totalitarismo ignorante dos climaximos e as plantações de painéis solares, (só para citar alguns exemplos)
Já agora, uma coisa que não tem razão é o "sistema", nomeadamente aplicado às ilhas. Como é que é possível que pouco mais de 20.000 pessoas possam eleger um deputado para a AR (JPP)?! Como é que é possível que a coligação PSD/CDS/PPM eleja três deputados com menos de 37.000 votos?!
Aliás, anda toda a gente preocupada com o Chega (como sempre), e ninguém está atento à forma insidiosa como o divisionismo entra na AR através de um sujeito cuja única pretensão é ser "a voz das ilhas". É o queijo limiano de volta, agora com o megafone da "autonomia".
13 comentários:
É precisamente porque teve razão. Sejam quais forem as razões, está sempre certo.
Os eleitores têm as suas razões, as suas opiniões e as suas motivações, e é justamente por isso que, na análise política, devemos focar nas razões deles. Compreender o que motiva o eleitorado, as suas preocupações, valores e expectativas é fundamental para uma avaliação mais justa e precisa do cenário político. Assim, podemos criar soluções mais alinhadas às necessidades da sociedade e promover um diálogo mais construtivo.
As razões que encontro, pouco têm a ver com o povo, são de natureza diversa: Primeiro, Marcelo que não descansou enquanto não esfrangalhou um Governo de maioria absoluta, criando a instabilidade que a direita aproveitou; Segundo, a PGR que criou as condições factuais para a intervenção do Presidente e para a consolidação da ideia de que a corrupção prolifera por aí; Terceiro, António Costa que se apressou a apresentar a demissão quando não era acusado (ainda não foi) de nada; Quarto, a comunicação social, incluindo painéis de comentário, que não parou de desqualificar o Presidente do PS, como se ele mudasse de personalidade dia sim, dia sim, ao mesmo tempo que dava relevo aos temas da segurança, da emigração, como se estes fossem os grandes problemas do país; Quinto (e mais importante) a estratégia adoptada por António Costa de ter um volumoso superavit orçamental, que utilizaria na fase final da legislatura, em vez de realizar investimentos nos serviços públicos (SNS) e atender a reivindicações profissionais e ao reforço de quadros (médicos, professores) na função pública; Sexto, a distribuição que a AD fez desse superavit, por um vasto conjunto de profissionais e de pensionistas, a criar a ilusão que o seu Governo estava aberto para melhorar as condições de vida das pessoas; Sétimo, a absoluta incapacidade da maioria dos votantes em perceber o que era aquela coisa da “ética” ou da falta dela, e como é que isso implicava com a função governativa.
J. Carvalho
Certo!
errado. os eleitores têm sempre razão.
por questões de estatística, estarão mais perto da razão do que qualquer opinião pessoal (por mais luminosa que possa ser).
De há uns anos para cá, nota-se uma estratégia de provocar no povo a desmotivação e a desconfiança nos politicos, e não, não me refiro a teoria de conspiração, se pensarem bem tem sido uma prática. Isso levou a que agora estes aproveitadores de ocasião fossem bem sucedidos. Eles são perigosos, mas mais perigoso é quem está por trás deles, com contas por ajustar com o 25 de Abril. Os outros, a maioria dos que os elegeu, são apenas gente assustada, desesperada e iludida, á espera de uma prendinha do pai natal. Se como já fizeram alarde, alterarem a constituição, muita gentinha que neles votou, irá também torcer a orelha.
Pois, o PR não descansou enquanto agente do caos do país e cangalheiro da Democracia para servir o seu partido. Pena é que as pessoas "sem razão" acreditem nas sem razões "incobertas" dos seus selfies popularuchos. O populismo tem, afinal, muitas cores encobertas.
Paz, pão, saúde, habitação, e só acrescento segurança à letra. Estas são as razões. Retóricas à esquerda ou direita só serve para quem quer ter razão sem, na maioria dos egos, se focar nas razões.
«errado. os eleitores têm sempre razão.
por questões de estatística,»
Por razões de estatística, o Sol rodava à volta da Terra. Hoje a estatística é outra e a Terra passou a rodar à volta do Sol. Note-se, porém, que, ainda assim, em algumas regiões, o Sol continua a rodar em torno da Terra. Por razões de estatísticas, claro. QED.
Eu gostava de saber o seguinte: por que razão os lideres dos partidos (PS e PSD) reagem às derrotas eleitorais com a demissão?
É, por acaso, vergonhoso perder eleições? Por que razão os partidos deixam facilmente cair os seus líderes eleitos por esses mesmos partidos? Estamos, por acaso, no reino da futebolização?
Se olharmos para isto com olhos mais lúcidos, os mais capazes (por serem os mais capazes, ganharam as respetivas eleições internas, com os votos de quem verdadeiramente os conhece) foram, no caso do PS e PSD (auto)relegados e têm, agora, esses mesmos partidos, uma segunda linha: Montenegro e, eventualmente, Carneiro. Alguém tem alguma dúvida que o PSD (e o país) estaria bem melhor servido com Rui Rio e o PS com Pedro Nuno Santos (relativamente, este, a José Luís Carneiro)?
Miterrand só à terceira é que conseguiu ganhar as presidenciais.
É preciso alterar esta cultura futeboística na política portuguesa. Os partidos, neste sentido, têm culpa ao deixarem-se ir a reboque da comunicação social, designadamente dos nossos extraordinários comentadores.
Eu pertenço aquele ( pequeno) grupo de pessoas que discorda da ideia de que “não se pode criticar os eleitores do Chega, este voto é só a expressão de um mau estar”. Não, na grande maioria é gente má, sem um pingo de respeito pelo seu semelhante, que escondida no anonimato é capaz de fazer todo o tipo de barbaridade. Durante muito tempo passaram despercebidos porque havia uma generalizada censura social a esta postura. Com Ventura e os seus sequazes @ aparecerem nas TVs a debitar quotidianamente o discurso do ódio e da desumanidade (incluindo na AR com o “poder pode”) está gente veio á luz do dia. É que ao contrário do que se propala não somos um país de tão brandos costumes.
Concordo com quase tudo (não percebo bem a 6a razão) mas discordo do ponto de partida. O povo pediu isto! Sim o povo soberano que sustentou a ditadura e escrevia cartas de denúncia a PIDE (agora preferem as denúncias anónimas ao MP), que enche as audiências dos canais de tele-realidade, o povo que maltrata os emigrantes e acha que eles só servem como mão de obra escrava. Esta gente vota e graças as TVs (vejam as audiências da Sandra Felgueiras - mesmo quando as histórias são repletas de mentiras e juízos sem fundamento) e aos discursos do Ventura percebeu que não era vergonha exprimir abertamente a sua desumanidade, a sua inveja, a sua cobardia.
Mas não podemos isentar de responsabilidade um certo povo de “esquerda” que está firmemente empenhado em fazer a felicidade dos outros, independentemente do que esses outros pensam e se necessário contra a sua vontade - é o proselitismo LGTBQ+ (que vai muito para além da não descriminação) como tema central do discurso político, é o ódio de classes na versão “taxar os ricos e abaixo os senhorios”, é o totalitarismo ignorante dos climaximos e as plantações de painéis solares, (só para citar alguns exemplos)
Já agora, uma coisa que não tem razão é o "sistema", nomeadamente aplicado às ilhas. Como é que é possível que pouco mais de 20.000 pessoas possam eleger um deputado para a AR (JPP)?! Como é que é possível que a coligação PSD/CDS/PPM eleja três deputados com menos de 37.000 votos?!
Aliás, anda toda a gente preocupada com o Chega (como sempre), e ninguém está atento à forma insidiosa como o divisionismo entra na AR através de um sujeito cuja única pretensão é ser "a voz das ilhas". É o queijo limiano de volta, agora com o megafone da "autonomia".
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