quinta-feira, setembro 12, 2024

Ninguém tem dúvidas de que uma mera "recomendação" do Ministério da Educação, para que seja limitado o uso dos telemóveis nas escolas, dando a cada uma a liberdade de decidir, vai ser resistido pela esmagadora maioria delas. Isto é cobardia no exercício da autoridade do Estado.

12 comentários:

Anónimo disse...

Foram precisas décadas para que os nossos intelectuais e dirigentes descobrissem os malefícios do uso dos telemóveis nas escolas. Bastava terem-me perguntado.
Professor aposentado com 44 anos de serviço em escolas secundárias.

manuel campos disse...

Qualquer governo iria por este caminho.
Eu não tenho ninguém em idade escolar, a única neta que está a tirar um mestrado também trabalha em part-time, mas como já aqui disse não sou bom exemplo, há por aí muita gente da minha idade a empurrar netos em carrinhos de bébé.
Portanto falo com essa gente que ainda está “noutra”, avós, pais e filhos. E ouço muita coisa.

Este é um primeiro passo, aliás outros países estão a seguir ou já iniciaram caminhos semelhantes, ninguém tem interesse em confrontar os e ser desautorizado pelos votantes de amanhã.
Convém relembrar o que já disse aqui muitas vezes: daqui a meia dúzia de anos aqueles a quem se quer “tirar” os telemóveis vão estar cá de certeza.

Anónimo disse...

Cobardia é dos pais que pretendem de terceiros uma autoridade que devia ser deles.

E pelos vistos, o desejo do Estado determinando e desmandando a vida de cada um está bem vivo!

Carneiro

manuel campos disse...

É dos meus olhos ou este texto não tem título?
É que muitas vezes eu gosto tanto do título como do texto.

Lúcio Ferro disse...

Viu a entrevista na "sua" CNN Town Hall? Eu vi na íntegra, em directo. Estava a trocar mensagens escritas com duas professoras, uma do Secundário e outra do Superior, amigas. No fim, perguntaram-me: "Que achou do penteado da entrevistadora?"

Respondi, de forma breve, circunspecta:

"Tendo em conta a desenvoltura da exposição facilitadora na orientação do célere e brilhante raciocínio do brilhante bracarense professor que foi da creche ao superior na capacidade mobilizadora de profundo e insigne pensamento tendente a um futuro próspero para todo o sistema educativo nacional, internacional e marciano, o cabelo da senhora pareceu-me muito adequado".

E sim, o paleio foi todo por WhatsApp.

Lúcio Ferro disse...

Post Scriptum: Estive a vê-lo na sua "CNN" mais a senhora Victoria Nuland, perdão, "Professora" Diana Soller e um dos poucos militares que sabe do que fala, a falazarem sobre o desastre em curso. É caso para dizer, não foi por falta de aviso, queira Deus que se faça a Paz o mais depressa possível, porque os tipos não brincam e foram as victorias nulands deste mundo que nos trouxeram à bordinha deste abismo.

Unknown disse...

Cobardia é o que este ministro não parece ter, com ontem ficou à evidência. Aliás, este tipo de recomendação também existe Inglaterra e na Alemanha.

Anónimo disse...

A limitação do uso do telemóvel nas escolas parece-me uma questão de bom senso que já deveria ter sido aplicada pelo Governo e aceite pelos papás e pelas mamãs.

Acontece, porém, que nenhum Governo quer assumir o ónus dessa medida porque acredita que não será bem aceite por todos, papás e meninos.

Ora, aos Governos compete agir em prol do bem comum e se se entende que o uso dos telemóveis e mesmo o recurso a outros meios digitais, deve ser limitado, para bem da aprendizagem e do desenvolvimento social do aluno, o Governo só tem de aplicar essas medidas em vez de se esconder atrás dos diretores das Escolas e da falta de bom senso dos papás e das mamãs.

Olhemos para o que se passa nos restaurantes, nos cafés e esplanadas, ondem pais e filhos, alguns ainda bebés (dois-três anos) fecham-se no monitor, sem interagirem, sem verem o que se passa em redor. Uma praga bem pior que o Covid.

Nota, há dias, numa esplanada à beira-mar, foi-me dado ver, pela primeira vez, um casal com um pequenote, todos presos ao seu ecrã, enquanto o cachorrinho, no colo da dona, comia do prato da dita.

Como pode o Governo levar em conta a opinião destes papás? O Governo em vez de pagar campanhas para se “comer peixe português”, que sempre comemos em abundância, deveria gastar esses recursos em campanhas educativas, por exemplo, a sensibilizar os pais para importância de imporem limites ao uso dos telemóveis e de outros meios digitais pelos filhos.

J.Carvalho

Figueiredo disse...

«...E pelos vistos, o desejo do Estado determinando e desmandando a vida de cada um está bem vivo!...» - Carneiro (22:37)

O Estado e os seus serviços têm leis, regras, regulamentos, e normas pelos quais se regem, todo aquele que recorre ao Estado ou utiliza/usufrui de um ou mais dos seus serviços tem que aceitar e cumprir com tudo aquilo que determina o seu funcionamento ou uso.

Não gosta? Vá para o privado, lá pode fazer o que quiser, paga para isso.

Luís Lavoura disse...

comer peixe português, que sempre comemos em abundância

Isso não é bem assim, a grande maior parte do peixe (cerca de 70%) que se come em Portugal não é portuguesa, foi pescada no estrangeiro.
Muito peixe que poderia ser pescado em Portugal porque é abundante, por exemplo cavalas, não é consumido porque os portugueses não o apreciam.

Anónimo disse...

E, passar a "cobardia no exercício da autoridade do Estado" para os professores é de uma crueldade inaceitável. Quem guarda os aparelhos são os Directores de Escola ? Certamente que não, costumam ter mais "assuntos a tratar"! E mais não digo, porque as pessoas de bem já se aperceberam do essencial da falta de professores. Ou começamos a falar, a sério, exigindo aos progenitores o cumprimento dos seus deveres, sem olhar ao seu voto nas eleiçóes, ou então teremos um abandono cada vez maior da docência. Por cá e pela Europa.

Nuno Figueiredo disse...

13.32 ...contumaz!

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