A França já tem governo. A ruidosa barragem política - o "Front Républicain" - construída nas eleições legislativas para travar a extrema-direita acabou por ter, como resultado prático, uma aliança de governo entre o centro-direita e a direita democrática, que só consegue subsistir com a complacência daquela mesma extrema-direita. O inimigo comum, o verdadeiro inimigo, é a esquerda. Nada de novo, mas é bom que isso tenha ficado bem claro.
6 comentários:
Boa tarde.
Sim, como o verdadeiro inimigo das esquerdas não é apenas a extrema direita, tem também ódio visceral à direita democrática.
O que considero lamentável, cá como lá fora.
É a minha opinião.
Respeito, sempre, as opiniões de outrem.
Concordo umas vezes, discordo outras.
Boa semana, saúde
António R. Cabral
é a vida (como dizia o outro). o front não conseguiu a maioria (longe disso) e tem mostrado ser uma amálgama de partidos (verdes, lfi, ps, pc,..) com posições muitas vezes antagónicos. foi o cabo das tormentas para indicar um putativo primeiro ministro...
A burguesia, pequena e grande tem tanto medo de Jean Luc Mélenchon e dos rebeldes que está pronta a atirar-se para os braços de Marine Lepen e do RN.
Foi isto – mais ou menos – o que aconteceu antes da Segunda Guerra Mundial. Para a burguesia de 1938, o nazismo era um baluarte contra o comunismo.
“Antes Hitler do que Blum!” foi pronunciada por Emmanuel Mounier na época dos Acordos de Munique, num artigo de Outubro de 1938 na revista "Esprit", intitulado "As consequências de uma traição".
Os filósofos católicos, ao contrário dos nossos filósofos catódicos, atacaram os inimigos da Frente Popular, cada vez mais coniventes com os fascistas.
“Não compreenderemos nada sobre o comportamento desta fracção da burguesia, se não a ouvirmos murmurando baixinho, antes Hitler do que Blum!
Se toda a política de Macron está em consonância com a direita parece-me coerente que ele procure o apoio da extensão natural da direita.
O mesmo por cá. Penso que o PS deveria deixar que a AD (Aliança da Direita) se entendesse com o prolongamento da sua direita. Deste modo deixava o PR a conversar com o Montenegro, com a IL e com o Chega.
Já cansa tanta chafurdice e chantagem presidencial.
J. Carvalho
< Ne vous y trompez pas, il y a de l’extrême droite dans la droite.
François Mitterrand >
Não será mais ao contrário?
Cá pelo burgo o PSD sempre teve mais tendência a fazer política assente no achincalhamento e na fulanização que o PS.
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