quinta-feira, setembro 05, 2024

Leitura


Várias pessoas têm-se-me queixado de que a letra dos textos deste blogue era de difícil leitura. Assim, "a pedido de várias famílias", passo a usar uma letra mais "reader's friendly". Espero que gostem!

14 comentários:

manuel campos disse...

Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Mas será "pitosga's friendly" q.b.

manuel campos disse...

Se não vir inconveniente vai aqui mesmo.
As minhas desculpas e agradecimento.

Um regresso a Lisboa para 2 semanas de rotinas de consultas, depois há que voltar ao hideaway para uma pequena obra que torne o 1º andar do dito um pouco mais acolhedor no Inverno, dada a total impossibilidade de se ligarem aquecimentos de qualquer tipo em nenhuma sala ou quarto, agora fortemente desaconselhados pelos médicos que tratam alguns problemas cá de casa (há soluções para tornar as casas mais “habitáveis” no Inverno, mas requerem alguma imaginação e não foi a minha, foi a de minha mulher).

Uma Lisboa invulgarmente vazia, diga-se de passagem, parafraseando Pete Seeger “Where have all the tourists gone?”.
Aqui da minha janela tanto ontem como hoje só vi pessoas com ar de alfacinhas, tuk-tuks contam-se pelos dedos de uma mão, passeios vazios, esplanadas das redondezas vazias.
A única esplanada que montou uma tenda em lona com janelas de “plástico” transparente tinha ontem às 5 da tarde quatro pessoas sentadas, por acaso todos os empregados do estabelecimento.

Para ontem ida ao dentista à tarde, o consultório fica no concelho de Cascais.
É que tive um percalço com um dente no domingo, telefonei logo passados 5 minutos para marcar consulta, foi confirmada 5 minutos depois, é o que se chama ter sorte, o consultório ser de uma nora minha e ser ela que me trata não deve ter contado.
Portanto hoje, único dia de “folga” sem consultas nossas nem acompanhamento de um familiar idoso também a consultas (complicadas, estas) até ao fim da próxima semana, tive direito ao habitual almoço com o habitual amigo no habitual restaurante.
Terrívelmente vazio, um restaurante a que se não chegamos 10 minutos antes da uma só almoçamos 10 minutos depois das duas, os empregados (que conhecemos bem) nitidamente pouco entusiasmados com aquilo.
Depois descemos a Avenida da Liberdade, enfiámos pela Rua das Portas de Santo Antão, uma das mais convidativas ciclovias da capital para bicicletas e trotinetes fazerem slalom entre os peões, nem uma bicicleta e nem uma trotinete.
Chegados ao Largo de São Domingos, mais de 100 turistas ali em fila ao sol, ainda pensei que fosse para a loja da “Ginjinha Espinheira”, mas não, era mesmo para visitar a Igreja que não tem infelizmente muito que ver (como se sabe), está no livro visita-se porque se visita tudo o que está no livro.
No quarteirão da antiga Pastelaria Suiça abre hoje (5ª feira) a tal loja de roupa com 5000 m2 (a ver se com esta conversa faço alguém saír de casa e ír à Baixa).
Claro que fui à FNAC buscar o livro de Luís Osório “A Última Lição de Manuel Sobrinho Simões” e claro que ainda cheguei a ter mais 5 ou 6 livros para trazer, algum bom senso que me resta (pouco) lá me fez trazer só dois, já tive que desistir por uns tempos de ler alguns depois da última vez que falei nisso aqui (nalguns casos imagino que “uns tempos” serão a eternidade).
À saída fui espreitar “A Vida Portuguesa”, que nos primeiros dias de Agosto se mudou da Rua Anchieta para a Rua Nova do Almada, dando nova vida à malograda Livraria Férin (outra razão para levantar o rabo do sofá).
Voltei para casa de transportes públicos, como sempre (também vazios).


Luís Lavoura disse...

Eu não gosto mesmo nada.

Anónimo disse...

Eu preferia a letra anterior, era mais legível. Mas quem manda, pode!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Estou a gostar!

Anónimo disse...

Concordo com L. Lavoura, isto é, como leitor assíduo deste blogue preferia a forma antiga. Mas não é possível satisfazer todos ao mesmo tempo!
Zeca

Carlos Antunes disse...

Não gosto.
Está bom para os amblíopes!

manuel campos disse...

O que se entranha também se desentranha.
Portanto está feito, não somos esquisitos.

manuel campos disse...

Já agora...
Depois de Paris, Madrid vai proibir aluguer de trotinetes elétricas (SIC, CNN, etc).
Nunca tive grandes dúvidas sobre como estes “filmes” íam acabar nas grandes cidades, nem que seja porque ainda hoje aqui na minha zona o facto de olhar para os dois lados em ruas de sentido único lá me safou a integridade física, que por pouco não se esboroou quando depois evitei de forma semi-acrobática não levar com uma em cima do passeio.
Por cá como disse ontem vêem-se muito menos trotinetes.
Talvez que antecipando uma medida semelhante as operadoras já não as tirem do Tejo, para onde se tornou de há algum tempo a esta parte um desporto radical deitarem-nas.
Mas que pessoas que moram em ruas quase sempre desertas e outras que nunca saem de casa insistem comigo que aquilo é que é e não sei do que falo, lá isso insistem.

AV disse...

A letra é demasiado grande e isso não melhora a legibilidade, antes pelo contrário, na minha opinião. Enfim...

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Manuel Campos,
Felizmente essas formas de mobilidade (in)sustentável não vão chateando muito por aqui, apesar dumas conta-mãos e uma ou outra circulação no passeio. Para quem gosta da verdadeira mobilidade sustentável - os calcantes e as gâmbias - essas traquitanas obrigam mesmo a cuidados redobrados.

manuel campos disse...

Caro Francisco de Sousa Rodrigues
Pois em Lisboa vêem-se muito menos, isso é um facto.
Hoje fiz uns bons quilómetros de carro (mais de 20 dentro de Lisboa) pois fui a uma consulta de rotina à CUF Tejo e depois fui ter com minha mulher ao El Corte Ingles, onde ela tinha ido dar uma volta e fazer as habituais compras de supermercado.
No hospital somos “convidados” a usar as escadas porque isso é “sustentável” e “bom para a saúde” e é o que eu faço sempre, hoje subi 8 andares, do piso -3 do estacionamento ao piso 5 das consultas (do estacionamento ao 0 não são as mesmas que do 0 ao 5). E no fim desci-as, claro, isso é canja.
Ora as escadas só quase são usadas pelo pessoal, os utentes não sendo todos doentes graves e alguns até precisando talvez de algum exercício bem que podiam fazer um saudável esforçozito, mas é capaz de ser pedir muito e no dia seguinte lá tinham os músculos das pernas doridos.

As pessoas não fazem ideia do estado em que podem ficar se levarem com uma trotinete, eu faço porque já vi uma desgraçada de uma inglesa de uns 30 anos num hospital e em risco de ficar paraplégica (e nem sei se ficou mesmo).
Imagine-se agora uma idosa ou um idoso, pior no 1º caso como se imagina por causa da osteoporose, com menos capacidade de se desviar ou até sequer de ouvir alguém a gritar para se desviar.

manuel campos disse...

Será pedir muito à Humanidade que as pessoas em salas de espera em geral (e de hospitais em particular) baixem o som de chamada do telemóvel?
E que o baixem ainda mais se em vez de um toque regulamentar tenham para esse efeito algum refrão de um cantor pimba, com um volume de som equivalente ao do espaço em que decorrem as festas populares de algum santo da devoção local?

E já agora, quando ao telefone:
1) Que não dessem conhecimento babado a toda a sala das gracinhas dos filhos e netos, iguaizinhas às gracinhas dos filhos e netos de toda a gente;
2) Que não dessem conhecimento indignado a toda a sala das malfeitorias do chefe lá no emprego que só promove gente estúpida e inútil, quando eles se matam a trabalhar e são de longe os únicos válidos;
3) Que não dessem conhecimento divertido a toda a sala das infidelidades cruzadas do casal do 2ª esquerdo, com pormenores picantes e gargalhadas sonantes.
Obrigado.



manuel campos disse...

Faltou-me um pedido aos frequentadores de salas de espera de consultas, mais evidente num grande hospital que num consultório.
Os médicos atrasam-se, não todos, mas bastantes, ou porque tiveram uma emergência, ou porque as consultas anteriores duraram mais que o tempo programado, ou só porque não são pontuais.
A partir de certo atraso há quem aguente estoicamente e há quem comece a ficar nervoso, não se contenha e vá chatear a funcionária que está em todos os corredores junto ao computador com as escalas.
E aí, por mais que a senhora lhes diga que não lhes pode resolver o problema pois não manda nos médicos nem nos seus horários, não se calam nas suas espúrias indignações e alguns até dizem alto e bom som que lhe vão “dizer das boas” quando ela ou ele chegar.

Ora eu ando há muitos anos como acompanhante, demasiados mesmo, a certa altura de mais que um familiar e com frequência semanal ou, quanto muito, quinzenal, já vi de tudo.
Mas o que eu nunca vi foi ninguém “dizer das boas” quando finalmente vêm a médica ou o médico passar no corredor.
E se estes se lhes dirigem, porque os reconhece, pede desculpa do atraso ali na nossa frente, é vê-los cheios de mesuras e de “Por quem é, senhor doutor!”.


Sempre fui de uma pontualidade quase doentia o que, como se imagina, me tornou durante toda a vida um solitário por longos períodos de tempo em restaurantes e salas de espera variadas e para todos os gostos.
Em certos casos até costumava já levar um livrinho debaixo do braço.
Essa pontualidade fez com que, desde chefe de serviço até “líder” de empresas (*), se alguma reunião se atrasava, vinha cá fora pedir desculpa a quem estava marcado para a seguinte, fosse outro “líder” de empresas, fosse a senhora da limpeza.
Um dia que vinha de uma reunião em Évora (na minha fase profissional final de consultor de empresas), ainda a tempo de uma reunião em Lisboa, apanhei um engarrafamento na ponte e telefonei para avisar da razão do atraso.
Diz-me o meu interlocutor “Não há problema. Mas agora telefonou porquê?”.
É toda uma maneira de estar. E é muito “nossa”.

(*) Escrevi “líder” entre aspas e de propósito, há poucas palavras hoje em dia tão utilizadas e de modo tão incoerente e acrítico.
Agora em todos os meios de comunicação social, todo e qualquer chefe, ao nível que for, de qualquer organização ou parte de organização, pública ou privada, é denominado o respectivo “líder”.
Ao fim de mais de 60 anos a “vê-los passar”, não são assim tantos os “chefes” que também eram “líderes” nem os “líderes” que também eram "chefes".

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