sexta-feira, janeiro 07, 2022

Injustiça

Aconteceu com Miguel Macedo, acontece agora com Azeredo Lopes. A justiça contribuiu para a desgraça pública de figuras políticas, ao ter dado armas, com acusações insensatas, para a sua condenação, naquela que é a verdadeira primeira instância, sem apelo - a má língua de rua, os títulos indignados da imprensa, as incendiárias peças telelevisivas. E agora, constatado o seu rotundo fracasso, a essa justiça, não acontece nada? A injustiça da justiça fica sempre impune?

9 comentários:

Flor disse...

Depois da condenação pública afinal o Sr. Azeredo Lopes ficou livre. Afinal em quem devemos acreditar??

"E agora José?"

Luís Lavoura disse...

Pois. Excelente post.
Neste país qualquer trabalhador que erre, fazendo mal o seu trabalho, é punido; exceto se se tratar de um juiz ou de um magistrado do Ministério Público, pois esses permanecem sempre impunes, mesmo que cometam os mesmos erros vezes sem conta.

josé ricardo disse...

A justiça não está bem, como parece evidente. O último artigo - ou carta aberta - de José Sócrates, publicado no DN, é de leitura obrigatória, mesmo descontando que ele está a braços com um processo nos tribunais. No entanto, devemos acabar com esta lógica da condenação pública. Se o "público" condena alguém "publicamente", através das ajudas sempre oportunas da maior parte dos jornais, isso é lá com ele (ou com eles). O que vale é a decisão transitada em julgado. Ninguém pode ser prejudicado na sua vida profissional e pública por causa das condenações na praça pública. Miguel Macedo ou Azeredo Lopes têm toda a liberdade para retomarem a sua vida na política se assim o entenderem.
O "povão" também se educa.

Erk disse...

E um outro cidadão, a quem até o primeiro ministro, presidente da república e presidente da assembleia rotularam de criminoso na praça pública ainda antes de qualquer decisão juridica? Que se recusaram sentar ao lado em eventos desportivos, (mas não tiveram problemas em se sentar ao lado de um cidadão que surgiu ontem na capa da revista Sábado, por exemplo).

Cidadão que se provou depopis a inocência em tribunal, sem qualquer pedido de desculpas da comunicação social, dos 3 indivíduos acima ou dos "comentadores isentos"

E você sabe muito bem de quem eu estou a falar.

Sou (era) tradicionalmente socialista, mas perante tal injustiça que vi com os meus próporios olhos, jamais voltarei a meter o meu voto em tais sacanas.

José disse...

Francisco Seixas da Costa está numa deriva populista! Está a radicalizar-se! A apontar o dedo à Sagrada Justiça e à Santa Inqui.., perdão, Comunicação Social? Não posso! Acudam, que o Estado de Direito está a ser atacado em dois dos seus pilares.

Já agora, quem é o político que é acusado de ter uma "panca" com o Ministério Público e que, por coincidência, também é acusado de ter uma má relação com a CS? Eu ajudo: é o mesmo político que "perde" todos os debates, que nunca faz nada certo, que só tem gente melhor como adversários e que só escolhe para o seu lado pessoal de segunda. Acertaram: é o Rui Rio. Fez-se luz?

Jaime Santos disse...

José, ninguém disse que o Rio não tem razão em nada... Você é mesmo o rei das falácias...

Lúcio Ferro disse...

A propósito, quem terá escrito o que aqui transcrevo: «Bizarro é fazer-se de coitadinho e de irresponsável e escudar-se na confiança institucional ou na ausência de menção a Tancos para branquear aquela que foi a sua atuação e que consistiu em honrar elementos da PJM e da NIC/GNR de Loulé por feitos que Azeredo Lopes sabia que não eram verdadeiros.» E quem julga este auto proclamado saloio? Ninguém? Vão continuar impunes os desmandos deste torquemada à portuguesa?

Jaime Santos disse...

Bizarro, Lúcio Ferro, é um juiz de instrução fazer este tipo de comentários sarcásticos sobre um arguido ou acusado que implicam um juízo de valor (e não sobre a probabilidade de culpa, que é o que justificaria levar alguém a julgamento) sobre uma pessoa...

Com juízes deste calibre, que não se tocam e não sabem qual é o seu lugar e função, bem pode Rui Rio fazer todas as reformas da Justiça que quiser, que o problema não são as regras ou as instituições, são as pessoas.

E isto para a montanha parir depois o rato do costume...

E os políticos ainda são considerados arrogantes...

Luís Lavoura disse...

Vale a pena ler

http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2022/01/o-crime-compensa.html

para ver o estado a que isto chegou. Os contribuintes portugueses todos a pagar para enriquecer os sindicatos dos juízes e dos magistrados do MP.

Isto é que é enriquecimento ilícito na sua forma mais nojenta.

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