segunda-feira, dezembro 10, 2018

De graça?

É triste, mas todos já desconfiamos, “quando a fruta é muita”...

Hoje, à hora de almoço, estacionei o carro num parque público com ar “limpinho”, bem pintado e sinalizado, ali para os lados da Junqueira. A “app” da EMEL dizia que era zona não paga, mas eu, nunca fiando, fui à procura da máquina para pôr as moedas. Que não encontrei.

Perguntei a uma senhora que acabara de estacionar. Estava tão perplexa como eu: “Também me parece que não se paga, mas é muito estranho, não acha?” Eu também achava, por isso andava à cata dos cata-moedas.

À despedida, com um sorriso africano bonito, disse-me: “Eu, se tivesse o telefone do Medina, até lhe telefonava, a agradecer isto...”

Eu tenho, mas não lhe digo nada. Pode ser que a EMEL se tenha esquecido desse parque e não quero dar-lhes ideias.

5 comentários:

Anónimo disse...

Sorriso africano e penteado inglês...

Luís Lavoura disse...

Provavelmente é um parque que a EMEL preparou mas que ainda não colocou a pagar-se. Não deve tardar muito.
A intenção declarada da EMEL é que daqui a poucos anos toda a cidade de Lisboa, sem exceção, esteja parquimetrada, ou seja, que não haja qualquer estacionamento gratuito. Foi o que disse o presidente da EMEL em entrevista há uma semana.

Anónimo disse...

"Sorriso africano" quer dizer o quê? Bons dentes?

Francisco Seixas da Costa disse...

Ao Anónimo das 13.25. Quer dizer que a senhora era preta. Não tinha percebido?

Anónimo disse...

Na realidade, a ligação não é certa, ou acha que os berberes não são africanos? E os magrebinos em geral? É certo que querem todos vir para aqui mas ainda não são... "europeus". Um egípcio, um marroquino - raios!, um bosquímane -, não são pretos mas são africanos. (e já nem falo aqui dos boeres que não serão menos africanos do que os pretos de Paris são europeus, certo?)

Portanto, "um sorriso africano" só me diz que a mulher era preta se eu usar uma interpretação extremamente restritiva - e, até, racista. Ainda o hei de ouvir dizer que os ciganos não são europeus...

Percebe? Já quanto à necessidade de apontar a raça da mulher, nem vou falar disso! Era importante em quê?

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...