O Nuno Brederode Santos teria feito 74 anos no dia 14. Mas a morte, essa velhaca, que até cuidou em se fazer anunciada, apanhou-o à má fila num dia de abril de 2017. O Nuno deixou-nos a todos nesse dia, mas, principalmente, deixou a Céu e a família.
Nos dias que correm, perante o circo do quotidiano político, dou às vezes comigo a pensar no modo como o Nuno comentaria alguns episódios que por aí emergem. Estou mesmo a vê-lo a ironizar sobre os deputados ubíquos, os touros da polémica (ele que até gostava de touros!), o politicamente correto semântico - do ”camarado” bloquista/o à ofensiva do PAN contra as Fábulas de La Fontaine.
O Nuno não esteve connosco, mas, para o celebrarmos, a Céu juntou, ontem à tarde, um grupo de amigos, na “Barraca”. Falámos bastante dele, um seu texto foi lido e, em fundo, passaram fotos da sua vida. Foi um belo momento. Ele merecia-o.
Para o ano, a “Cotovia” vai publicar dois volumes das crónicas do Nuno, desde as que já haviam sido recolhidas no imperdível “Rumor Civil”, até muitas outras que andavam por aí dispersas - como o "Ornitorrinco" (a crónica preferida do próprio Nuno) até ao celebrado “Cavaco faz-me falta!".
Parabéns, Nuno! Quem assim é lembrado morre um pouco menos.
1 comentário:
Faço ideia do que diria da "Geringonça" !
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