Estranhei (vá lá!, confesso, não estranhei) o silêncio nos dias subsequentes aos fogos. Os coletes amarelos, na sombra presidencial, diziam que sim com a cabeça a tudo, nessas horas em que a tragédia convocava inapelavelmente às mais radicais ações, no clamor por uma onda inédita de prevenção, para evitar o “remake” do caos, já em 2018. Quando o governo legislou, de braços arregaçados na tecla, perante um país atónito e preparado (teoricamente) para tudo, foram já audíveis, em baixos decibéis, algumas vozes, soando leves reticências, premonitórias do que aí vinha. Mas estava-se na hora do rescaldo, as agulhetas ainda pingavam a useira indignação, num discurso com barbas com nome. Há dias, quando li o aviso de que os fundos seriam cortados a quem não interviesse de forma eficaz no controlo e limpeza das matas, a quem não respeitasse a “deadline” temporal, tive um pressentimento: é demais, a bola vai já ser passada ao governo, deve estar por horas! Meu dito, meu feito! Afinal, quem terá a razão? Este é o país mais previsível do mundo!
3 comentários:
Notícias do exílio:
- Puidgemont nas listas transcatalãs para o PE;
- Shaaskavili não entra em círculo uninominal pela Polónia para o PE;
- Alain Juppet em lista Macron para o PE (ALDE): "logo se vê";
- Varoufakis\Hamon em lista translacional da França;
- Schulz pode regressar ao PE: toma-se mesmo banho duas vezes no mesmo rio;
- Santana Lopes cabeça de lista pelo PSD; Passos: não é ainda tempo de revelar que companhia privada o irá acolher;
- Carlos César também no PE ao lado de Margarida Marques.
Um regime com este ferrete revolucionário nunca poderá ser previsível.
Ele é herdeiro de 1910 e de outras misturas.
É um sempre apaga fogos, porque a sua origem está na agitação das massas revolucionárias que às vezes se podem prever.....outras..... nem tanto.
Um dia uma manif pode descambar e.... zás..... virá tudo abaixo e depois.....veremos.
O que nos vale ainda é a UE mas, numa tempestade perfeita logo se verá para onde irão 40 e tal anos nos 900.
o caciquismo-feudalismo português e o estado centralizado. Nada de novo.
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