Não resisto a transcrever, do seu blogue Tim Tim no Tibet, o poema do meu colega embaixador Luís Filipe Castro Mendes, intitulado "Vigília":
Não te deixes adormecer:
é o que dizem a quem luta por
estar vivo,
é o que nos dizemos quando
o frio já entrou muito fundo dentro de nós
e toda a vida se deixou cobrir de
nevoeiro.
Não, eu não me deixarei dormir.
Descansa,
tu que cada madrugada
encontras
as minhas mãos
a
afastar o frio e o nevoeiro.
Eu não
me deixarei dormir.
Nós
não nos deixaremos dormir.
O
nosso amor é uma vigília sem quebras
e
nunca nenhum povo se deixou hibernar.
Em tempo: e, para quem estiver em Lisboa, porque não dar uma saltada aqui.?
10 comentários:
Lindo poema. Oxalá que assim seja. Que nunca nenhum povo se deixe hibernar...
José Barros
lindo. obrigada.
Muito Bem - Parabéns ao poeta e embaixador Luís Filipe Castro Mendes. Gosto muito. Daniel Ribeiro
Excelente poema do Embaixador/Poeta
mais há mais,não há?
Felizmente em tempos dificeis de crise há sempre homens poetas que incitam a resistir e mater a determinação.
Caro escriba, deixo-lhe aqui a mesma frase que deixei em casa do poeta :
« La liberté et la démocratie exigent un effort permanent. Impossible à qui les aime de s'endormir. »
de François Mitterrand
excerto de uma entrevista ao jornal L'Express em julho de 1989
Bem aventurado dia em que o “nosso” Tim Tim, veio do Tibete, pelA pista indiana, com As Sete Bolas de Cristal para o Temple du solei. Sem Voo 714 para Sydney, Perdidos no Mar ou na Ilha Negra, o grande poeta Alcipe afasta-nos do frio com As Jóias da Castafiore.
Merci, Tim Tim!
Há poemas que são as forças vivas na travessia do marasmo.
Este estimula,como mãos seguras no leme.
É tão bonito.
Ás vezes é tão sensato não resistir.
Parabéns também ao Sr.Embaixador Poeta, também se faz Abril com poesia.
uma curva descendente na 1a estrofe, ascendente na 2a.
prémio bem atribuido, claro.
bem adequada a fotografia ao poema, algo negro ou cinzento, puxando para baixo, mas mostrando a saida ascendente
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