quarta-feira, maio 20, 2009

Ser português

Isto de se ser português tem muito que se lhe diga.

Hoje, acordei com a notícia, repescada do Independent pelos sites franceses, de que as "galères portugaises" (em inglês, "Portuguese men-of-war", vá-se lá saber porquê), que são das medusas mais venenosas do mundo, estão a invadir as praias do Mediterrâneo. (Aqui entre nós: nunca tinha ouvido falar delas...). Uma "má notícia", portanto.

Durante um almoço, também hoje, recheado de temas europeus, as virtualidades da Estratégia de Lisboa e a urgência da aprovação do Tratado de Lisboa ligaram, na conversa, o nome da capital portuguesa a passos importantes na vida comunitária. Logo, uma "boa notícia".

Em todas estas referência ao nome de Portugal pelo mundo - e, até nos dias que correm, há algumas outras por aí, umas mais prestigiantes que outras - em que categoria de ressonância subliminar devemos encaixar o cão-de-água do presidente Obama?

5 comentários:

Margarida Vaz disse...

Boa noite Dr. Francisco e boa noite a todos,

Ao ler o seu post de hoje, lembrei-me de algo que uma vez li num livro escrito por um francês e, digamos que ele tinha a sua razão; em resumo dizia ele que para os franceses, a ideia que eles se faziam de Portugal dependia muito da ideia que eles se faziam de Espanha! Assim queria ele dizer, se a ideia fosse boa, passavam a Espanha e iriam ate Portugal! Se a ideia fosse ma então....nem valeria a pena!

Mas também queria deixar aqui uma definição que me deram de Portugal, há já muitos anos concordo, mas ela chocou-me de tal maneira que ainda hoje penso nela! Mas as vezes digo-me que ainda hoje haverá pessoas que me poderão sair com essa definição!

Resumo da historia: Estando eu de ferias em Paris (meus pais eram já emigrantes desde a década de 60), fui mais a minha irmã e uma amiga espanhola, ate ao largo em frente da Notre Dame.

Três raparigas jovens, fizeram parar um homem que meio a brincar meio "conquistador", nos veio perguntar de que nacionalidade éramos! As três jovens claro entraram na brincadeira e responderam-lhe que adivinhasse: a amiga espanhola, talvez pelo seu sotaque bem pronunciado foi logo descoberta, mas eu e a minha irmã foi outra historia!!!!

Não sei se já fazíamos parte da comunidade europeia mas penso que não, o certo é que o homem em questão, no espaço de +- uma meia hora fez-nos passar por todas as nacionalidades.... indo da Espanha passando pela Grécia e foi, imaginem la ate a Suécia!!!! È que nos temos mesmo ar de suecas!!!!mas bom talvez nos quizesse amadoar com isso!

Nos varias vezes lhe dissemos que era mais para o lado atlantico e ao fim de muitas tentativas e ja
desesperado o homem explode: ok entao ha a França Espanha e ETC!!!!!!! nos olhamos para ele e
dissemos simplesmente: pois nos somos do ETC!!!!

E para terminar,ja agora alguem me sabera dizer a origem da expressao "....il(ou elle) a les portugaises ensablées!.....)
Ou seja esta surdo, mas dai a chamar os ouvidos "portugaises" ai ja nao compreendo nada!!!

Efectivamente Sr Embaixador.... isto de ser Português, tem muito que se lhe diga!!!!

Abraços a todos
Margarida Vaz

(eu a brincar ate digo que tenho um primo famoso!!!!)

Fenêtre du Portugal disse...

Essas medusas (ditas) portuguesas jà foram o simbolo de um verdadeiro terror nos Estados Unidos. Hà cerca de um ano, o nome era uma das palavras mais procuradas nos motores de busca americanos.

Mas temos que relativisar o facto, visto que as medusas, nao sao o que mais mal fizeram à imagem de Portugal, comparado-as com as consequencias do autentico desastre que induz o nome do tratado de Lisboa.

Quanto ao cao do Obama, pode talvez encaixar-se (por enquanto) na categoria das... "incertezas", visto que (eu pelo menos), ainda nao tenho a certeza absoluta que se trata de um cao de agua. Mas brevemente verei (emos) se esta grande questao determinante para o futuro da humanidade serà ou nao resolvida :-)

Mario

Dulce Dias disse...

O comentário é sobretudo uma resposta à Margarida Vaz...

Em relação às "portugaises ensablées", penso que tem a ver com a ligeira semelhança de formato entre as orelhas e as... ostras!!! Há, em França, uma espécie que se chama "huîtres portugaises". As "portuguesas" são as ostras maiores, têm mais ou menos o tamanho de orelhas... Tanto quanto uma vez me explicaram, a expressão "portugaises ensablées" vem daí...

Anónimo disse...

E o Presidente da Comissão português? Onde fica? No negativo ou no positivo?
HG

Anónimo disse...

Ouvi falar da dita “caravela portuguesa” aqui há uns anos, quando vivia na Ásia. Ali havia outra medusa ainda pior, a Medusa Vermelha, que provocava uma urticária forte que podia até ser muito venenosa. Segundo um programa que vi há uns tempos, creio que da “National Geografic”, estas Medusas serão, daqui a uns milhões de anos (entre 100 a 200 M) um dos predadores dominantes dos oceanos, juntamente com uns estranhos peixes que os cientistas visionários projectaram, além dos tubarões, que parece continuarem a sua “cavalgada” na existência das Espécies. Em terra seriam os insectos (aranhas, sobretudo), agora agigantados, a dominar o panorama, a par com uma única espécie de mamíferos a subsistir, os roedores. E nós humanos e todos os outros tipos de mamíferos desapareceríamos, sem deixar rasto! Que coisa estranha. Entretanto, os continentes já teriam outra fisionomia. África juntar-se-ia à Europa, deixando de existir o Mediterrâneo e a Austrália, que já “caminha” a passos largos (2mm por ano, segundo parece), iria “de encontro” ao Sub-Continente Indiano, dando origem a um gigantesco continente, sendo que a orla costeira da Índia que “receberia” o continente australiano daria origem a uma cordilheira elevadíssima, visto a compressão continuar a fazer sentir-se! Voltando ás Medusas, estas, por essa altura, a acreditar nas projecções científicas, seriam gigantescas, com uns 30 metros de comprimento e o triplo na vertical, o que lhes permitiria “agarrar” quem através das suas “patas”, ou “redes”, espécie de filamentos, por ali passasse. Os peixes e outros invertebrados, ou mesmo moluscos seriam sugados e digeridos. E “vê-se bem” ali que a tal “caravela portuguesa” seria uma das dominantes. Enfim, caso para se dizer que “sempre deixaríamos” por cá qualquer coisa, depois de termos desaparecido milhões de anos antes, não havendo assim ninguém para registar tal coisa! Isto tudo, ou seja este tipo de vida antecederia a, nessa altura, ainda muito distante “catástrofe” anunciada por outros cientistas, de que, “em devido tempo” o Sol explodirá, “dissolver-se-á” e dará origem a um “buraco negro” que “aspirará” todo o sistema solar, com visões apocalípticas, como o mar a “soltar-se” do nosso planeta e este a derreter-se, a caminho do tal “buraco”, juntamente com todos os outros planetas, satélites, meteoritos, enfim, um turbilhão a entrar por ali a dentro numa massa, ou magma gigantesco, deixando de existir. Por conseguinte, nem mesmo nessa ocasião haverá Medula para contar. E não existirão quaisquer registos de que, em tempos, terá existido um planeta Terra, belíssimo visto do espaço, com civilizações riquíssimas. Ora bolas! Que diabo de Fim, é caso para se dizer.
P.Rufino

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...