Uma deslocação oficial, por algumas horas, à Côte de Azur, fez-me hoje deparar com alguns gendarmes à borda das praias mediterrânicas.
Apesar da seriedade da cerimónia - uma muito digna e bem organizada comemoração da vitória aliada na 2ª Guerra Mundial -, confesso que, no local, não consegui deixar de lembrar-me de Louis de Funès e dos seus garbosos ajudantes...
7 comentários:
Caro Embaixador, boa malha!...
Louis De Funès e o humor, formam um só.
Este duo, faz-nos ressentir intensa alegria.
Como falar da 7a arte, sem mencionar este monstro do cinema francês.
Deixou, como sabe, uma importante filmografia, que continua de fazer-nos rir.
Carlos Alberto Falcão
A série dos "gendarmes", a "Soupe aux Choux" ou a "Folie des Grandeurs" povoaram as sessões televisivas da minha infância em Paris.
Revê-los em casa, em formato DVD, tornou-se um acto de reverência quase religiosa que não deixa de acarretar o sabor por vezes amargo da saudade de outros tempos.
Funès, o insubstituível...
Esta é mesmo uma provocação.
Então, Portugal não era neutral, principalmente depois de ter "pressentido" a derrota do Eixo?
CP
Louis de Funès foi um cómico extraordinário. Ri-me a bom rir com os filmes dele. A comicidade nele tinha uma receita que eram os esgares, acima de tudo. Mas, também, o olhar dele perante as situações, os gestos amplos (aquele gesticular de mãos), aquela voz, o palavreado dele, enfim, era impagável. Vi inúmeros filmes dele. E como se podia ir ver a partir dos 12, ou 13 anos, a malta ia. E, creio, ainda fez filmes na decada de 80. Havia, todavia, pessoas que não lhe achavam tanta piada, mas, convenhamos, ele era formidável em fazer rir. E com Jean Marais a fazer de Fantômas e ele de inspector, no que era suposto ser um filme mais para o sério, mas que ele, Funès, não evitava os esgares, aquelas graças dele, sobretudo quando Fantômas fugia, lhe escapava. Mas, mais importantes foram todos os outros filmes, sobretudo a fazer de polícia. E com Bourvil, Jean Gabin e Jean Lefebvre. O que eu gozei com aqueles filmes, ainda rapaz. Que bom recordar, caro Francisco!
P.Rufino
... para não mencionar o seu timbre de voz, sempre muito bem controlado...
A França, com o seu poder centrípeto, sempre soube integrar novos franceses cuja “assimilação” é tão perfeita que se perde “a traça” da origem. Luís de Funes faz parte daquelas pessoas que, vindas de outros horizontes, contribuíram para o prestígio da França e pelas suas qualidades de actor e longa carreira artística ele faz parte do “património” nacional e deixou de ser referido como filho de emigrantes espanhóis. Pudera! Até eu teria prazer de o reivindicar como ilustre português! Mas a César o que é de ...
José Barros.
Efectivamente, os "pieds nickelés oficiais" de St Tropez ficaram nas memorias (e em algumas gavetas).
E até se tornou impossivel uma (primeira) ida a St Tropez, sem tentar de ir ver a tal esquadra (que no entanto nao tem piada nenhuma.)
A realidade tem (quase) sempre menos graça.
Pena :-(
Mario
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