O meu jovem colega Charles Aznavour fez, no passado sábado, 85 anos. Escrevo "jovem colega" porque Aznavour acaba de ser designado pelo governo da Arménia como seu embaixador junto das instituições multilaterais em Genebra, na Suíça. Sabia-se da sua ascendência arménia, mas não se supunha que ela o viesse a conduzir ao ingresso na carreira diplomática com uma idade superior, em duas décadas, àquela em que os diplomatas portugueses deixam de poder exercer funções no estrangeiro. "Et pourtant"...
Aznavour está para a canção francesa como Sinatra o está para a americana - que me desculpem outros tantos, como Montand, Bécaud, Ferré ou Brassens. Julgo que tal é sentido dessa forma em Portugal, por onde espalhou, em décadas passadas, o seu romantismo e a sua voz inconfundível.
Por isso, como homenagem, aqui fica, naturalmente, o seu intemporal "Et pourtant".
Aznavour está para a canção francesa como Sinatra o está para a americana - que me desculpem outros tantos, como Montand, Bécaud, Ferré ou Brassens. Julgo que tal é sentido dessa forma em Portugal, por onde espalhou, em décadas passadas, o seu romantismo e a sua voz inconfundível.
Por isso, como homenagem, aqui fica, naturalmente, o seu intemporal "Et pourtant".
3 comentários:
Sempre oportuno senhor Embaixador. Esse é, julgo, um dos encantos deste blog e, permita-me -já que a idade consente -, do seu autor.
Aznavour, Sinatra, Montand e Gainsbourg, foram cantores que encheram dias dum passado romantico, que todos nós teremos, creio, atravessado.
É bom tê-los presentes, não com saudosismo, mas como uma parcela da nossa vida. Muito obrigada!
É caso para se dizer que nunca é tarde para se começar a trabalhar, ou ter cargos de responsabilidade. Nos tempos de hoje é um bom exemplo.
Conhecia-lhe as raízes arménias. Um dia em Londres, estava a jantar num restaurante e a certa altura, talvez por causa da pronúncia, perguntei ao empregado a nacionalidade. Respondeu-me: “Arménio!” E depois perguntou-me a minha e ao saber-me português, falou-me de Calouste Gulbenkien e acabámos numa interessante conversa, onde se incluiu Aznavour. Curioso.
P.Rufino
Aznavour, de facto, un cantor encantado que sempre encantou a cantar.
Uma figura no panorama da cançao francesa.
NB. Descobri hà pouco tempo que o seu repertorio contem uma cançao sobre Lisboa.
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