Foi ontem, no Consulado-Geral em Bordeaux. Eram umas dezenas de eleitos em autarquias francesas, cujo ponto comum era uma relação, próxima ou longínqua, com Portugal. A grande maioria não se conhecia entre si mas todos responderam a um convite pessoal que eu havia endereçado, numa carta a cada um, para, em conjunto, reflectirmos sobre o modo como entendiam que a memória de Portugal, que os une, que conservam e que querem promover, pode passar a ser tratada no futuro. E o papel que entendem que a Embaixada pode ter em tudo isso, sem intuitos de controlo ou enquadramento, sem prejuízo da autonomia devida à sua condição de eleitos do quadro das instituições francesas.
Durante mais de duas horas, quase sempre em francês - única língua que era acessivel a todos, dado que alguns falam pouco português - discutimos temas tão diversos como a participação eleitoral, as geminações, o apoio às associações, as televisões portuguesas no exterior, o ensino de português, as questões culturais, a imagem de Portugal e dos portugueses, as novas migrações portuguesas para França, etc. E, o que pareceu significativo, falaram quase todos os presentes, dando conta da diversidade das suas preocupações.
Para mim, foi um dos momentos mais ricos, em termos de aprendizagem, desde que cheguei a França. Da reunião saiu a base para a possível criação, até ao final de Maio, de uma plataforma informática em que, os que assim o pretendam, podem vir a colocar as suas questões, os seus anseios e mostrar as suas realizações em áreas que possam ser do interesse comum. E a poderem interagir entre si. Veremos se esta ideia tem pernas para andar.
Este exercício, agora iniciado na reunião da Aquitaine, procurarei reproduzi-lo em outras áreas de França. Com tempo, mas com determinação.
Durante mais de duas horas, quase sempre em francês - única língua que era acessivel a todos, dado que alguns falam pouco português - discutimos temas tão diversos como a participação eleitoral, as geminações, o apoio às associações, as televisões portuguesas no exterior, o ensino de português, as questões culturais, a imagem de Portugal e dos portugueses, as novas migrações portuguesas para França, etc. E, o que pareceu significativo, falaram quase todos os presentes, dando conta da diversidade das suas preocupações.
Para mim, foi um dos momentos mais ricos, em termos de aprendizagem, desde que cheguei a França. Da reunião saiu a base para a possível criação, até ao final de Maio, de uma plataforma informática em que, os que assim o pretendam, podem vir a colocar as suas questões, os seus anseios e mostrar as suas realizações em áreas que possam ser do interesse comum. E a poderem interagir entre si. Veremos se esta ideia tem pernas para andar.
Este exercício, agora iniciado na reunião da Aquitaine, procurarei reproduzi-lo em outras áreas de França. Com tempo, mas com determinação.
4 comentários:
Optima iniciativa, e conclusoes, nao so com tendencia para "o positivismo teorico", mas tambem para uma aplicaçao directa, concreta e rapida. Os tempos mudam, e ainda bem :-)
"...discutimos temas tão diversos como a participação eleitoral, as geminações, o apoio às associações, as televisões portuguesas no exterior, o ensino de português, as questões culturais, a imagem de Portugal e dos portugueses, as novas migrações portuguesas para França, etc."
Foi de facto um super-programa. Nada facil tratar em duas horas tantos aspectos. Esperando que das trocas, terao surgido ideias realmente novas.
"Veremos se esta ideia tem pernas para andar."
Depende unicamente da vontade dos protagonistas. Visto que do ponto de vista logistico, em principio é uma tarefa simples.
NB. Nao sei se é essa a intençao, mas porque nao criar de origem um suporte jà com uma "dimensao" nacional.(A logistica representa praticamente a mesma quantidade de trabalho, e pelo menos as bases jà ficam preparadas para eventuais trocas identicas).
Força ! :-)
Mario
Aqui está uma iniciativa a louvar. Esta aproximação aos portugueses que ali trabalham e ali vivem é sem dúvida a melhor forma de tentar saber e compreender os seus anseios. E lhes dar resposta adequada. Excelente caro Embaixador!
P.
... "quase sempre em francês"... ai! O meu está tão enferrujado que é uma vergonha...
E tantos mais anos foram de aprendizagem do que o inglês, ou as outras línguas...
Quando volto daí é que a 'coisa' já começa a 'desemperrar', e volta tudo à estaca zero!
Até os livros de culinária, lidos cá parecem impraticáveis...
Será de 'l'ambiance'?!
:))
Uma óptima ideia e se ela vier a concretizar-se, melhor ainda!
Parabéns!
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