Em 2009, eram apenas 10 as empresas portuguesas que, num pequeno e esconso espaço, estiveram no salão aeronáutico bianual de Le Bourget. Falei disso aqui.
Na altura, senti alguns hesitantes, outros mais entusiastas, ainda com escassa ligação entre si. Recordo-me que organizei entre eles um jantar de trabalho, que correu bem. Na sequência deste encontro, marquei, a pedido de algumas dessas empresas, contactos em Portugal, a níveis que considerei adequados. Vim a saber que se revelaram frutíferos.
Passaram dois anos e o panorama, na visita que lhes fiz na manhã de hoje a Le Bourget, é outro bem diferente: são agora 37 empresas, com elevado grau tecnológico, num excelente e apelativo stand, agora sob a coordenação da AICEP, com uma imagem que muito dignifica o nome de Portugal. Algumas dessas empresas têm já uma muito razoável carteira de negócios, outras avançam com projetos magníficos. Grande parte delas colaboram entre si, somam valências e, muitas vezes, estão a aproveitar a porta que a presença da Embraer no Alentejo começa a abrir. No Brasil, tive o privilégio de ter sido testemunha presencial, em S. João dos Campos, do momento em que se lançaram as bases para aquilo qur se pretende venha a ser um polo de indústria aeronáutica em Portugal. O caminho está aberto, finalmente.
Hoje à tarde, juntei cerca de meia centena desses empresários numa receção na embaixada. De todos colhi otimismo e alguns fizeram-me a descrição do que foi o percurso de progresso que os trouxe até aqui.
Hoje à tarde, juntei cerca de meia centena desses empresários numa receção na embaixada. De todos colhi otimismo e alguns fizeram-me a descrição do que foi o percurso de progresso que os trouxe até aqui.
Há dias em que ser embaixador de Portugal é particularmente gratificante. Hoje foi um deles.