Aquando da sua chegada à chefia do governo grego, falei aqui de Georgios Papandreou, de quem sou amigo há mais de 15 anos. Assumiu essas funções num dos momentos mais delicados da história recente do seu país, depois de ocupar vários outros cargos políticos.
Georgios é uma personalidade serena, com um humor discreto e uma imensa atenção aos outros. Uma sua estada em Lisboa, em 1998, a meu convite, coincidiu com a morte súbita, precisamente em Atenas, de um grande amigo meu, diplomata português, que aí se encontrava de passagem. Recordarei sempre o modo emocionado como Georgios partilhou esse momento delicado, da morte na sua terra de alguém de quem os seus anfitriões estavam muito próximos. A sua sensibilidade tocou-nos a todos.
Neste tempo bem complexo em que, de certa maneira, "todos somos gregos", gostaria de poder dar um abraço ao Georgios e à Ada, extensivo ao vários amigos gregos que tive a felicidade de criar ao longo da vida.
Em tempo: lembro-me do que, há um ano, aqui escrevi sobre a crise grega.
8 comentários:
"Grega", partilho a homenagem ao coragoso e sensivel Georgios Papandreou.
Francisco.
MUito bacana este seu amigo.
Ele tem mesmo uma fisionamia que transmite tranquilidade e serenidade.
com carinho Monica
estou indo para o Rio de janeiro
Papa Andreu ou Papa Ardeu
in grego uma pessoa vê-se el Greco
abyssus abyssum in botaste?
em latim latimos melhor
gregos só são bons pa tragédias
fundar Olissipos e dizer que ódespois voltam pra pagar as dívidas Olissípicas
mas 3000 anos depois continuam a crescer
tá provado Lisboa foi fundada por gregos
felizmente resta o Porto
que foi fundado por pintos da costa
debiam ser al cunhas de corsários
Excelência, se tiver oportunidade, gostaria que fizesse a fineza de transmitir ao seu amigo que quando é visto na TV a discursar com o seu ar cândido, a sua figura fina e o seu tom cordato, no meio de toda aquela aflição de um mar de povo em chamas, só me apetece abraçá-lo.
Se o pensamento salvasse...
E eu admira-me a "stamina" dele que ainda se aguenta "malgré tout".
Reforço a idéia de que SOMOS TODOS GREGOS !
Caro embaixador como compreendo o abraço amigo com que envolve o seu amigo. Também nos aqui por casa envolvemos um familiar neste momento "grego" para poder estabilizar "o barco financeiro" do seu banco.
Uma coisa me parece terem em comum o homem que o senhor embaixador conhece e o homem que eu conheço...a serenidade.
É caso para dizer : Estamos todos no mesmo barco...
Também sinto uma grande simpatia e solidariedade pela Grécia que merecia outro tipo de apoio por parte da UE.
Aproveito para referir um Amigo grego de Lisboa, armador de navios de cruzeiros que um dia em 1985 comprou o último dos paquetes portugueses - o FUNCHAL, e em vez de pegar no navio e o levar para a Grécia, passou a viver em Lisboa, trouxe a família, meteu os filhos num colégio, aprendeu português e tem sabido tratar a nossa herança marítima recente com um respeito e dignidade que nós próprios não soubemos viver. Chama-se George P. Potamianos e neste momento está a renovar o FUNCHAL em Lisboa para que o navio comemore os 50 anos de actividade em perfeitas condições técnicas e possa continuar a navegar. Dos 2500 elementos a quem paga o salário todos os meses procura integrar tantos portugueses quanto possível, apesar de com a desmaritimização portuguesa das últimas décadas, haver cada vez menos gente do mar em Portugal.
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