- Você conhece o rapaz que Lisboa mandou para a reunião?
À pergunta do embaixador, o conselheiro da missão portuguesa junto daquela organização internacional relatou o pouco que sabia sobre o jovem colega que o MNE tinha enviado para assegurar um determinado grupo de trabalho, por algumas semanas. Na descrição que fez do diplomata visitante, o conselheiro não deixou de acrescentar o estranho pormenor de que ele tinha sempre "a mão úmida".
- Que horror!, reagiu o embaixador.
Passaram-se os dias e, uma tarde, o diplomata lisboeta entrou no gabinete do conselheiro e, de chofre, perguntou-lhe:
- Você acha que o seu embaixador tem alguma coisas contra mim?
O conselheiro reagiu negativamente, dizendo que tinha mesmo a certeza de que o embaixador nunca antes ouvira falar dele, tanto mais que, na altura da sua chegada, lhe perguntara quem ele era. Não, não tinha nada contra ele, onde é que ele fora desencantar essa ideia?
- Eu pergunto isto porque, sempre que estendo a mão ao embaixador, para o cumprimentar, ele põe as mãos atrás das costas... Nunca consegui dar-lhe um aperto de mão!
Aí, o conselheiro entendeu...
6 comentários:
Em Portugal, será de manter o "h" em húmido.
www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica.aspx?DID=3972
Uma delícia! Juntamente com a do "Mel(r)o e do cabide!
Ass: o anónimo das 2.01 do outro dia
Ao longo da vida profissional, apanha-se com cada um (o embaixador, claro!)...
Isabel BP
que bem compreendo o embaixador que não queria apertar a mão... é das sensações mais desagradáveis. Trata-se de uma doença, a Hiperidrose (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperidrose), que afectará de 0,6 a 1 por cento da população.
O problema foi na reunião, quando trocou apertos de mão com os outros participantes, que não tinham sido avisados
Meu caro Embaixador,
Por falar em mãos, aqui transcrevo parte da noticia publicada hoje no La Vanguardia, de Barcelona.
De certo que conhecerá esta realidade num país do 1º Mundo com problemas tão tipicos do 3º Mundo!!!
Mas é sempre bom lembrar.
Cumprimentos
"Una higiene apropiada es la principal barrera y la mejor prevención de infecciones y ese es, precisamente, el tema que falla en Alemania, especialmente en sus hospitales. Cada año se producen 30.000 muertes por infecciones contraídas en hospitales, dispensarios y centros de rehabilitación alemanes. La mala higiene de la sanidad alemana es tan manifiesta que en algunos países vecinos, como Holanda, no es raro poner sistematicamente en cuarentena a los pacientes que llegan de centros alemanes.
Eso fue práctica común el pasado verano, después de que once bebés ingresados en la unidad de cuidados intensivos de un hospital de Maiz resultaran contaminados con bacterias intestinales a través de la alimentación. Tres de ellos murieron. Algo tan elemental como que el médico se lave las manos antes y después de tratar a un paciente presenta problemas en Alemania, donde el gobierno estima entre 400.000 y 600.000 las infecciones hospitalarias registradas anualmente en el país.
El gobierno estimaba hasta ahora entre 7.000 y 15.000 las víctimas mortales ocasionadas por ese problema anualmente, pero el dato fue corregido hasta 30.000 después de que la Sociedad Alemana para la higiene hospitalaria (DGKH) presentara un informe al Bundestag el pasado mayo. "Sospechamos que casi un 5% de los pacientes que pasan por hospitales adquieren infecciones", dice Klaus-Dieter Zastrow, portavoz de la mencionada sociedad.
En 2008 ya se lanzó en Alemania una campaña nacional para que los profesionales del sector se lavaran las manos antes y después de atender a un paciente, la llamada "acción manos limpias". Ahora se vuelve a hablar de lanzar una nueva campaña
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