Ontem, numa cálida noite vila-realense, alguém me fazia notar que a história eleitoral portuguesa mostra que, na realidade, as grandes decisões políticas, aquelas que afetam os equilíbrios conjunturais da vida de todos nós, são tomadas por apenas entre 15 e 20% da população votante.
Segundo esse amigo, os dois grandes partidos da cena política portuguesa mostram ter um núcleo de eleitorado fiel, o qual, aconteça o que acontecer, confere sempre, a cada um, um "score" seguro, que deve andar em pouco mais de 25%. A decisão sobre qual dos dois partidos chega à frente do outro em cada ato eleitoral é, assim, determinada por esses 15 a 20% flutuantes, os quais, no fundo, são aqueles a quem se destinam as campanhas eleitorais. Esses são, na frase simples desse amigo, "os donos de Portugal".
3 comentários:
Mais propriamente os que consolidam os modelos de alternância;
Determinam o dar a vez;
A reposição do stock quando a validade expira;
A arbitragem severa dos cartões vermelhos;
Indiferentes ao virar da casaca usam double face...
Oh! vamos então a isto, merecer o ordenado.
Isabel Seixas
Se assim é melhor seria acabar com este tipo anacrónico de campanhas...
é sempre bom haver um 3% partido com uns 16/18% para coligações de governo ou acordos parlamentares. É o caso do RU com os liberais dem e da RFA com os verdes. Gerhardt schroeder fez uma exitosa coligação com os verdes que durou 7 anos.
Enviar um comentário