sábado, maio 31, 2025

A relação de Trump com Putin: estado da arte


Ver aqui.

8 comentários:

Paulo Guerra disse...

Mais 15’ de propaganda da narrativa da oligarquia financeira neoliberal quando Kiev começou mais uma campanha de terrorismo (em comboios civis) na Russia, como anunciou o nosso General Marcos Serronha. Assim como na véspera das negociações o ataque a bases aéreas estratégicas e a plataformas da tríade nuclear da Federação Russa só mostra o desespero e um desafio à doutrina nuclear russa para provocar Moscovo a usar armas nucleares e buscar o seu isolamento por essa via. Como já tentaram várias vezes por várias vias.

Ou seja, a vontade das agências de inteligência ocidentais “encerrarem” o conflito. Até ao último ucraniano. O ataque de drones é uma cópia de uma operação da CIA na SY, depois de destruírem a LY. E todos sabemos como os US reagiriam se alguma das suas plataformas da sua tríade nuclear fosse atacada. Quando já nem o novo Fuhrer da Blackrock animava o comentariado nacional afecto à NATO, totalmente esmagada na UA. E nada vai mudar esta realidade ou o resultado do conflito! Aliás parece que a Russia desactivou os principais canais de satélites da NATO na Europa mas enviou na mesma os negociadores para Istambul. EUA e UE pedem explicações à Russia, que não responde. Aguardemos pois.

Para quem ainda não compreendeu que o mundo já mudou e no grande tabuleiro geostratégico, as rotas do comércio maritimo e os seus estreitos controlados pela Marinha dos US, como no passado pelo Império Britanico, estão a ser substituídos um por um por corredores continentais (terrestres). E o novo sistema financeiro está a fazer o seu caminho na Nova Ordem Mundial.

Mas não deixa de ser até hilariante como depois de 4 anos de Biden ainda há quem acredite que Washington ainda tem alguma alavanca económica ou alguma “wonder weapon” para pressionar Moscovo?! Nomeadamente através do “entertainer” Trump, ainda com menos poder nos US. Será que também já se esqueceram como até o Pentagono falava directamente com a China no último mandato de Trump? O maior fornecedor de armas para a Ucrania e para o genocídio em Gaza que gosta de vestir a fantasia de mediador.

E nos US quem não controla o Pentagono, muito menos controla as operações clandestinas da CIA. Aliás, Trump diz que não foi avisado do ataque de hoje, o que é bem possível. Vários ex-agentes da CIA alertaram nos últimos 3 anos que depois da CIA ter sido totalmente desmascarada na Russia, China e Irão, as bases da CIA na fronteira russa eram um indicador claro que a CIA ia infiltrar terroristas e sabotadores, sobretudo autóctones, em território russo. Como atentados anteriores já provaram.

Por mais que custe a muita a gente ouvir os US perderam a liderança militar nos últimos 20 anos nas guerrilhas com insurgentes de sandálias. Ao ponto do seu sistema de armas mais avançado continuar a ser os velhos misseis Tomahwaks da viragem do seculo. Quando foram realmente a maior potência militar devido ao surgimento dos sistemas de precisão e convenhamos, à queda da URSS. Mas hoje num conflito aberto com a Russia não desembarcariam um único soldado de infantaria na Europa, como na WWII. Os seus navios seriam afundados ainda na costa dos US por miseis hipersónicos. Que o Complexo militar dos US não consegue desenvolver.

Enfim, a “bomba de gasolina” já ganhou este conflito convencional e prolongá-lo só provoca a perda de mais vidas humanas. Sobretudo mercenários da NATO e bucha de canhão ucraniana no campo de batalha. E como vencedora a Russia não negociará a vitória mas imporá os seus termos. Como é normal! Muito menos com o fantoche de Kiev, como alguns parecem acreditar. A Russia não está em guerra com o proxy.

Paulo Guerra disse...

A Russia não abdicará de toda a “Novorossyia” com a população maioritariamente russa, no campo de batalha ou em referendos futuros e imporá a neutralidade e uma “buffer-zone” no remanescente território da Ucrania. E exigirá o fim do alragamento da NATO e a retirada dos misseis dos US da PL e RO. Como no ultimatum de Dezembro de 2021 aos US e à NATO. Uma proposta para uma nova arquitectura de segurança europeia que a UE devia ter negociado. Caso fosse soberana. Infelizmente a Europa é a maior derrotada neste conflito, que não preveniu!

Só o primeiro artigo da proposta de paz da Russia repetida mil vezes e que Kellogg, que ainda na semana passada dizia que as negociações de amanhã seriam em Genebra, diz que nunca ouviu:

Proposta para as últimas Conversações de Paz Rússia-Ucrânia em Istambul:

Através da diplomacia, alcançar uma resolução sustentável para o conflito Rússia-Ucrânia, assegurar os interesses estratégicos e econômicos da Rússia, particularmente no Mar Negro, assegurar a autodeterminação em territórios contestados, estabelecer a Ucrânia como um estado permanentemente neutro, livre da influência militar ocidental, e promover a estabilidade a longo prazo na Europa Oriental.

Artigo 1: Princípios Fundamentais

(1) Mediação Neutra: Potências não ocidentais, especificamente Turquia, China, Brasil e Indonésia, supervisionam o processo para combater o preconceito ocidental e garantir a justiça.

(2) Desescalada: Medidas estruturadas para reduzir a violência e o apoio militar ocidental, promovendo condições para uma paz sustentável e duradoura.

(3) Segurança Mútua: O acesso da Rússia ao Mar Negro e a segurança regional não são negociáveis, enquanto a Ucrânia mantém a autonomia cultural e econômica em regiões que optam por permanecer ucranianas.

(4) Autodeterminação: Referendos em Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia, Kherson, Dnipropetrovsk, Kharkiv, Sumy, Mykolaiv, Odessa, Kirovohrad, Poltava e Chernihiv determinam a filiação à Rússia ou à Ucrânia, respeitando a autodeterminação local — consistente com os princípios da Carta das Nações Unidas.

p.s. Esta proposta é grande vitória da Administração Biden, ao serviço da oligarquia financeira neoliberal e globalista de Davos e dos belicistas neoconservadores americanos. Da Sra. Nuland F…UE e do palhaço BoJo! E infelizmente da UA.

Francisco Seixas da Costa disse...

Já se percebeu que Paulo Guerra está do lado da Rússia. Tem todo o direito de estar. Pena é que, na Rússia, ninguém se possa afirmar do outro lado, sem consequências. Mas, claro, Paulo Guerra vai ter também justificações detalhadas para isso. Grande ocidente, que tais filhos cria.

Francisco Seixas da Costa disse...

Já se percebeu que Paulo Guerra está do lado da Rússia. Tem todo o direito de estar. Pena é que, na Rússia, ninguém se possa afirmar do outro lado, sem consequências. Mas, claro, Paulo Guerra vai ter também justificações detalhadas para isso. Grande ocidente, que tais filhos cria.

Anónimo disse...

Longe de mim ser advogado de defesa de quem quer que seja mas parece-me é que o senhor ainda não percebeu que aqui não há lados, nem deveria haver. O que deve haver é racionalidade. O que a racionalidade dita é muito simples: a Ucrânia está derrotada (agora é mais do que certo), esteve sempre derrotada, o "projecto Ucrânia" foi sempre uma impossibilidade física, vendida por um Ocidente liderado por incompetentes apoiados numa máquina de propaganda asquerosa. Ou a Ucrânia capitula ou temos a a última guerra mundial, percebe?. O regime de Kiev não quer capitular porque sabem que serão todos passados a fio de espada, a começar pela personagem sinistra de zelensky, um facínora que desde o primeiro momento anda a sonhar com entrada direta de tropas da NATO no conflito (lembra-se do míssil que caiu na Polónia e que ele se apressou a dizer que era Russo?). Os líderes Europeus não querem aceitar a derrota porque a Paz não vai ser economicamente meiga e porque os eleitores vão sentir-se, mais uma vez, burlados. Mas é isso ou a última guerra mundial. E, depois de hoje, muita cautela, muita cautela mesmo, não se vejam livres dos bandalhos de Kiev que não é preciso.

Paulo Guerra disse...

Muito obrigado Sr. Embaixador.

O regime russo é uma questão dos russos, Sr. Embaixador. Já que "pergunta" é a minha opinião e eu nunca fiz aqui uma apologia do regime russo. Um regime e uma nação com muitas deficiências. Que por norma também não são as mais apontadas no Ocidente, até porque nós senão somos totalmente responsaveis também contribuimos para muitas.

Como a destruição total da sua economia e o saque dos seus recursos depois da queda da URSS. Em termos de impacto, estimamos uma depressão equivalente a três crashes de 29 - para ser mais perceptivel. Com milhões de mortos, como estou certo que também sabe. Ou a constante tentativa de interferencia eleitoral por parte das nossas agencias de inteligencia. Quando na Europa só tinhamos a ganhar com a integração dos seu recursos e da sua economia. Da mesma forma que os US não vêem com bons olhos a sesseção do Texas. Como estou certo que a maioria dos russos não só desejou como contou depois da queda do muro.

Como eu gostava que a nossa Governação fosse uma questão só nossa. O meu problema é com a actual Ordem neoliberal, a financeirização total das economias e a consequente perda de soberania dos Estados para os mercados financeiros. Não por qualquer pulsar nacionalista mas porque historicamente os estados-nação são as organizações territoriais que melhor distribuem a riqueza que criam. E neste caso em concreto, com mais uma guerra na Europa totalmente provocada por nós! E a falta de dignidade com que a combatemos, com a mão atrás das costas. Como a nossa postura no geral em relação ao genocidio em Gaza.

Muito boa noite.

Anónimo disse...

Senhor embaixador, a liberdade do lado de cá também não é assim tão grande. É preciso passar entre os pingos da chuva. Lembrar que todos os canais russos informativos foram proibidos. Nós canais de TV portugueses dois ou três que se atrevem, muito pontualmente, a ter uma opinião discordante são perseguidos , até com abaixo assinados . Têm que se bater com os pivôs para resistir à opinião oficial do canal. Há comentadores que parece terem assinatura …

Paulo Guerra disse...

Viva caro anónimo das 22:57

Haver lados há, o lado de quem provocou o conflito e o lado de quem foi obrigado a defender-se. Independentemente de amoralidade da Sra. Nuland e da guerra civil que se seguiu e nessa fase os bombardeamentos do Donbass nunca abriram telejornais em Portugal, evidentemente que também se trata de um conflito existencial para a Russia. Não devia era haver clubes ou deveres morais de ficar do lado errado da história e da interferência externa porque é o nosso lado. Porque pela minha experiencia de debater o conflito, o argumento do Sr. Embaixador é típico de quem reconhece que fomos nós que provocamos o conflito mas não quer dar o braço a torcer.

Outro ponto é que por mais que o regime russo seja criticável, hoje não é o campo de concentração ucraniano, a quem nós tecemos loas de Democracia. Sem liberdade de imprensa, politica ou religiosa. E infelizmente a Ucrania voltou a ser usada para cometer uma das maiores loucuras imagináveis. Mexer com a defesa estratégica de uma superpotência nuclear. Em plena guerra fria o mundo já tinha acabado. Qualquer superpotência nuclear, segundo a sua própria doutrina como muitos experts já vieram explicar, quando vê a sua defesa estrategica sob ataque imediatamente retalia sob o risco de nunca o poder vir a fazer. E guarda as duvidas todas para mais tarde.

Muita gente porventura nem sabe que os bombardeiros nucleares são obrigados a estar sempre bem visíveis, fora de abrigos e comunicar cada vez que são carregados até com ogivas de teste, segundo o Tratado Start entre as potências nucleares. Para todos poderem antecipar e defender-se ou até tentar parar o pior cenário. Portanto seja quem atacou os bombardeiros estratégicos russos hoje também se aproveitou de um Tratado para o bem da humanidade. O que diz tudo sobre a falta de carácter de quem o fez. E claro que não se antecipa uma resposta meiga. Mas também já todos percebemos que a vida dos ucranianos não vale nada no meio deste confronto na fronteira russa. Muito longe de Cuba, para quem ainda se lembra de 62.

Muito boa noite.

Natas

Na NATO os secretários-gerais são locutores de um script escrito em Washington ou, pelo menos, com uma mensagem que, à partida, se sabe que ...