terça-feira, junho 22, 2021

Uma vergonha consentida


Por que será que, tanto quanto eu saiba, nenhum partido político português coloca no seu programa uma medida legislativa que ponha cobro ao escândalo que é ver esta fialhada a desfeiar a arquitetura das nossas cidades?

Às empresas de telecomunicações, que nos levam os olhos da cara pelos seus serviços, em óbvio cambão de preços, não se pode exigir que montem tubagens e caixas, metálicas ou plásticas, que possam ser pintadas com o tom dos prédios, para disfarçar o material? 

As cidades portuguesas fazem lembrar, nos dias de hoje, subúrbios de localidades do “terceiro mundo”.

11 comentários:

netus disse...

Boa noite.
Não são apenas as empresas de telecomunicações. A EDP é uma das piores. As tubagens de gás estão na mesma senda.
Saúde.
António Cabral

Manuel disse...

E os postes em madeira, herados dos antigos CTT, com um ar de permanente improviso, que abundam pelas nossas cidades da "periferia". Igual só vi na cidade da Praia.

Luís Lavoura disse...

Quem pagaria a instalação de caixas, etc?
É muito giro pedir a instalação dessas coisas quando são os outros quem as paga!
As pessoas que vivem em prédios que não tem infraestruturas para enfiar estes fios são predominantemente pessoas pobres. O Francisco quer impôr a estas pessoas que ainda tenham que pagar uma penalização por o seu prédio ser assim?

Portugalredecouvertes disse...

Bom grito Sr. Embaixador
espero que seja ouvido
soluções são sempre necessárias para tudo

Francisco Seixas da Costa disse...

Luis Lavoura. Para se comentar um post deve ler-se primeiro. Fica claro, para quem ler, que quem pagaria seriam as empresas. Até se fala sobre os lucros delas. Mas a sua propensão para comentar negativamente todos os posts vai ao ponto de interpretar o contrário do que se escreve. Já viu a sua vesícula?

Luís Lavoura disse...

Francisco, é claro para quem ler o post (eu li) que o Francisco gostaria que fossem as empresas a pagar. Mas, as empresas não pagam nada - repercutem todos os seus custos sobre os consumidores. O dinheiro não cai do céu para as empresas. Alguns consumidores teriam que, finalmente, pagar. Se não fossem os próprios habitantes desses prédios, teriam que ser outros consumidores.

Manuel disse...

Ora aí está uma boa aplicação das taxas de direito de passagem que as autarquias cobram às empresas, e que estas repercutem nos clientes.

Unknown disse...

Meto-me nisto:
E o Senhor Lavouras não é capaz de pensar um pouco - um poucochinho que seja, diabo... - nos milhões de lucro que, por exemplo, aEDP tem? E para que bolsos vão esses milhões?
E o Senhor a primeira coisa que lhe vem à cabeça é que, inevitavelmente, são sempre (tem que ser...) os utentes a pagar !...
MB

Flor disse...

Aquela situação é perigosa. Um curto circuito e aquelas caixas rebentam e depois "Aqui D'El Rei!". Que me desculpem os entendidos porque "eu é mais bolos" :).

Maria Isabel disse...

Sr. Lavoura
Se não gosta do Sr. Embaixador, faça-lhe o favor de não o ler.
Escusa de mostrar a todos os leitores como é desagradável.
Atenção: eu não conheço o dono deste blogue de lado nenhum. Só gosto das suas crônicas
Cumprimentos
Maria Isabel

Joaquim de Freitas disse...

O Sr. Embaixador tem razão. Digno do Bangladesh...

Na realidade, não somente por uma questão de segurança mas também de aparência geral dos locais onde se vive, e do renome do pais, isso deveria ser proibido. Empresa que se preze deveria ser obrigada a agir.

Esta foto faz-me lembrar há umas largas dezenas de anos, a aterragem na Portela de Sacavém, e o espectáculo degradante daquelas barracas quase à beira das pistas. Já tinha emigrado quando lá passava, mas mesmo assim ainda sentia vergonha de ser um nacional oriundo de tal pais…

E não era da culpa dos moradores, mas do regime político que o permitia. Que era o mesmo que poucos anos antes ainda deixava ir muitas crianças pobres os pés descalços para a escola…Mas há quem diga que era o bom tempo!

Obrigado, António

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