Ontem, suscitei, no Twitter, a questão de saber se um cidadão estrangeiro, que tivesse obtido a cidadania britânica, podia jogar por qualquer das seleção das quatro nações do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, Gales ou Irlanda do Norte) que, em certas modalidades, dispõem de equipa própria.
Vários frequentadores do Twitter tiveram a amabilidade de comentar - uns com “bitaites”, outros com informação detalhada. Dentre estes últimos, com simpatia e eficiência, tive o grande gosto de contar com o próprio embaixador britânico em Portugal, Chris Sainty.
A diplomacia do Reino Unido foi das primeiras, em todo o mundo, a estimular e a promover a utilização das redes sociais pelos seus profissionais, como prática de “diplomacia pública”. Blogues e contas pessoais têm vindo a ajudar a passar a mensagem de Londres pelo mundo desde então.
Quem esteve atento ao tema, pôde apreciar o modo como as extensões externas do Foreign Office trabalharam - e imagina-se a dificuldade do exercício! - durante todo o complexo período do Brexit. O que aliás continuam a fazer, nos dias de hoje, sempre com imenso profissionalismo.
Da minha experiência de décadas, o serviço diplomático britânico é talvez a máquina mais competente do género, em todo o mundo. A sua tarefa torna-se ainda mais relevante quando o Reino Unido tem hoje que defender posições indefensáveis, como as que Boris Johnson hoje sustenta face à UE.
Mas as diplomacias existem precisamente para isso: para defender, o melhor que souberem e puderem, as posições sustentadas pelos governos legítimos dos seus países. Sob essa bandeira eterna, expressa de forma anglo-saxónica: “My country, right or wrong”. O meu abraço a Chris Sainty.
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