Foi também em finais de junho. Há precisamente 18 anos. Eu tinha ido a Teerão chefiar uma missão da União Europeia. O dia havia sido preenchido por uma reunião de “diálogo político” algo tensa. As relações entre a União e o Irão estavam num período difícil.
O embaixador português em Teerão, Costa Arsénio, convidou-nos para jantar num restaurante, num antigo “caravanserai” (estalagem usada no passado para acolher caravanas). Na sala, havia algumas mulheres, todas em trajes locais. Mas, no palco, a tocar e cantar música típica, só havia homens.
Durante o jantar, era visível que a nossa mesa era objeto de alguma curiosidade por parte dos circunstantes. Uma espécie de ilha estrangeira. No final, ao passarmos por um grupo de jovens, um deles tentou matar a curiosidade e perguntou-me, em inglês, de onde vínhamos. Ao ouvir o nome de Portugal, o coro do grupo foi unânime: “Figo!” No Irão, o futebol é muito popular e, à época, aquela era a nossa principal vedeta.
Se fosse logo à noite, gritariam “Ronaldo!” ? Espero bem que tenham razões para isso!
2 comentários:
No seu twitter escreveu Queirós, o nome do senhor é Queiroz, caro embaixador..........
Nao é assim tao longe, do Monte Capitolino à Rocha Tarpeia.
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