Cheguei a uma idade em que a ignorância já se pode confessar. Até ir viver para o Brasil, desconhecia por completo a obra de Ferreira Gullar, escritor de cujo nome tinha ouvido vagamente falar, mas de quem não tinha lido uma única linha.
Foi o "londrino" Helder Macedo quem, numa noite de conversa num restaurante do Rio, me chamou a atenção para o autor de um livro com um nome bizarro, "Poema Sujo", considerando-o merecedor do prémio Camões, que nesse dia fora atribuído a um outro escritor de língua portuguesa. Por essa "dica", dias mais tarde fui à procura da sua obra e descobri uma vibrante e interessante escrita.
Para quem quiser conhecer a poesia, recomendo que comece pelos "Poemas Escolhidos". Quem pretenda inteirar-se melhor da personagem, leia o "Rabo de foguete - os anos de exílio", uma memória interessante, escrita na primeira pessoa, dos perseguidos da ditadura brasileira e dos respetivos percursos do exílio. Quem tiver curiosidade de visitar toda a sua obra, tem hoje ao dispor a imensa "Poesia completa, teatro e prosa", da Aguilar.
Para quem quiser conhecer a poesia, recomendo que comece pelos "Poemas Escolhidos". Quem pretenda inteirar-se melhor da personagem, leia o "Rabo de foguete - os anos de exílio", uma memória interessante, escrita na primeira pessoa, dos perseguidos da ditadura brasileira e dos respetivos percursos do exílio. Quem tiver curiosidade de visitar toda a sua obra, tem hoje ao dispor a imensa "Poesia completa, teatro e prosa", da Aguilar.
A Ferreira Gullar foi acaba de ser agora atribuído o prémio Camões. Parabéns pela presciência, Helder!
3 comentários:
Mais velha sou eu e algo presunçosa do que sei, confesso, não conhecia o autor.
"Toma para aprenderes" a deixar presunções para quem de facto sabe alguma coisa.
"Cheguei a uma idade em que a ignorância já se pode confessar..."
Sr. Embaixador...
Que expressão avassaladora...
Já agora!!!...
Sempre me reservei esse direito de admissão até sob Pena de não vir a ter o que fazer(Bem sei... Uma Mulher tem sempre o que fazer em casa, mas eu não me importo nada de ceder o referido emprego aos senhores...)
Pois então vou-lhe Atribuir o meu Melhor prémio ...Sim a Si...
O tal...
O da essência da Leveza do Milan Kundera... Ah!... Sem Idade
Intemporal
Não é Todo todo Seu... o Mérito.
Mas também genético e congénito...
É tão grande quanto despretensioso
A última só por ser a Maior Alguns Nunca a conseguirão, Nem com a idade...
A capacidade de Dividir ...
O conhecimento
Confere a Maior capacidade de Multiplicar...
O conhecimento
O essencial a ocupar o lugar do Supérfluo...
Vamos ao prémio...
"Idoneidade"
Isabel Seixas
Mais velha sou eu... Juro que não noto.
Isabel...Não brinque com a velhota!
Mas, ao menos, gosto do que sou. Sem plásticas e quase sem pintura. Ao natural como se diz na minha terra!
:))
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