sábado, junho 26, 2010

Brasil - Portugal

O título deste post não tem nada a ver com o jogo disputado na sexta-feira entre Portugal e o Brasil. Refere-se apenas ao modo como as relações bilaterais são tratadas nas memórias do meu amigo Luiz Filipe Lampreia, antigo embaixador do Brasil em Lisboa e ministro das Relações Exteriores do seu país.

No "O Brasil e os Ventos do Mundo", livro que acaba de sair e que já estou a acabar de ler, aprende-se muito sobre o modo como a potência da América Latina olha as relações internacionais e, em especial, aquelas que são mais relevantes para o seu bem merecido processo de afirmação à escala global. Nesse olhar, há um espaço para a relação com Portugal, que deve ser lido na exata medida da importância que esta tem para a política externa brasileira. 

Anoto duas referências.

Na primeira, Lampreia lembra a crise dos dentistas - uma temática sensível. que deixou algumas feridas na memória pública brasileira. A perspetiva do então embaixador brasileiro em Portugal não valoriza suficientemente, a meu ver, um conjunto de fatores importantes na ordem interna portuguesa que condicionaram então a nossa atitude. Tenho esperanças que, da nossa parte, venha a aparecer ainda a público uma leitura deste caso, que possa "dialogar" eficazmente com a visão de Luiz Filipe Lampreia.

A segunda referência, no contexto da densificação das relações político-económicas bilaterais nos anos 90, prende-se com a CPLP. Registo o que diz: "Essa instituição vem prestando bons serviços à aproximação entre os países que partilham a língua portuguesa, ainda que seu escopo seja limitado e que no Brasil não exista nenhum entusiasmo com a instituição. Na alfândega em Lisboa, por exemplo, existe uma fila especial para os portadores de passaporte da CPLP".

O memorialismo diplomático brasileiro, ao contrário dos escassos trabalhos entre nós publicados, é imenso e tem uma grande importância para a fixação da história contemporânea das relações externas do Brasil.

14 comentários:

Anónimo disse...

É,o feedback que se obtém de alguns setores intelectuais face ás diferenças de complexidade dos cursos congéneres em diferentes países reside no horizonte temporal, o tempo/durabilidade é fator de comparação.

A meu ver, a comparabilidade deveria incluir uma análise fatorial,da área cientifica em causa onde para além dos resultados obtidos com os saberes comprovadamente suficientes para
dar resposta às necessidades diversificadas, figurasse a eficácia de resolução de problemas em que a mensuração da satisfação do usuário traduza valores e coeficientes compatíveis.

Também dissociar variáveis de confusão que insistem em prevalecer, nomeadamente o poder de estatuto instalado nem sempre sustentado em pressupostos de saber saber.

Resumindo só para dizer que não desfazendo... Os médicos dentistas Brasileiros do ponto de vista do conhecimento dimensão estética(E não só) por cá ... Estão muito bem na Fotografia.
Isabel Seixas

Ainda gostava de saber quanto tempo o Sr. demora a ler por exemplo o Roberto Bolaño, no 2666, sendo que são só 1030 páginas,a intensidade do foco de interesse é quase sempre discutível.

Unknown disse...

Infelizmente, creio que ainda é muito cedo para desvendar tudo o que esteve em jogo por detrás dessa história dos dentistas.

Fernando Frazão disse...

Eu sou casado com uma brasileira que vive em Portugal há 22 anos que continua a achar que os dentistas brasileiros são melhores que os portugueses.
A minha nora é dentista e acha que os portugueses é que são bons e os brasileiros uma cambada de oportunistas.
Eu, que detesto dentistas (apenas porque a "cadeira" e os instrumentos só podem ser obra do Torquemada), não tenho opinião.
Por uma questão de bom senso, penso que deve haver de uns e de outros.
É no entanto verdade que uma coisa é a realidade e outra a percepção(acho que já não se escreve assim) da realidade e, sobre isso, muito havia que escrever.
Apenas lembro que Portugal já foi um país de emigrantes e, felizmente, é agora um país de imigrantes.
O Sr. Embaixador tem concerteza muito a dizer sobre este assunto sobretudo sobre a qualidade dos mesmos.

ARD disse...

Espero ler o livro.
Vivi de perto e em Brasília: a "crise dos dentistas e lembro-me bem das posições brasileiras que o Embaiador Lampreia, enquanto Ministro das Relações Exteriores, personificava.
Do ponto de vista brasileiro, a "crise", agravada por incidentes ligados às dificuldades experimentadas por brasileiro(a)s para entrar em Portugal, era considerada como manifestação e exemplo acabado da discriminação que os brasileiros sofreriam em Portugal.
Lembre-se que se iniciava então uma grande vaga de emigração económica de brasileiros para a Europa e, designadamente,para Portugal. Invertia-se, portanto, o sentido do fluxo migratório entre os dois países e o Brasil e a sua opinião pública não podiam compreender que os seus concidadãos não fossem recebidos com o mesma generosidade e ausência de entraves que sempre fora dada aos portugueses que lá eram acolhidos.
A atitude portuguesa só se podia justificar por um realismo que o Brasil não estava disposto ou preparado para aceitar.
O Chanceler Lampreia, neto do último Representante Diplomático da Monarquia portuguesa no Brasil, filho de um ex-Embaixador do Brasil em Portugal (tal como ele próprio foi), poderia copreender a posição portuguesa mas não podia, provavelmente, aceitá-la.
Ele chegou, na altura, a "ameaçar" com a hipótese de denúncia do Tatado de Amizade.
Quanto à CPLP,creio que a atitude do Brasil se alterou substancialmente; o Brasil é, hoje, um dos motores da Comunidade; todos têm a ganhar com isso: o Brasil, os retantes países da CPLP, incluindo Portugal, a África...

Anónimo disse...

Sou português a residir no Brasil e tenho a forte convicção que os dentistas portugueses terão, ainda, muito a aprender com os seus colegas brasileiros. A começar pelo profissionalismo no atendimento, comunicação com o paciente e simpatia.

ARD disse...

Perdoe-me abusar da caixa de comentários mas gostaria de esclarecer que, penso, a "questão dos dentistas" nada teve a ver com as competências relativas de profissionais portugueses e brasileiros.
De resto, as licenciaturas que uns e outros tinham eram distintas não só na designação mas também nos "curriculla" respectivos. os portugueses, médicos-dentistas; os brasileiros, cirurgiões-dentistas.
Mas o que estava, realmente, na origem do problema, eram questões corporativas, económicas e, para os Governos, uma mudança sociológica paradigmática no que se refere a migrações.

Venezolano disse...

A "crise" foi algo que marcou todos os brasileiros que, como eu, viveram aquela época. Parecia-nos incompreensível que o País que nos fundara mostrava-se agora tão discriminatório com o País-filho.

Creio que a marca é indelével: não conheço mais nenhum brasileiro que tenha a mesma simpatia pelos portugueses sem reservas que existia até aquele momento e datava desde a abdicação de Pedro I (IV), em 1831. Desde a "crise", permanecem a simpatia e o amor, porém qualificados.

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,

Na minha opinião pessoal, mas com vivência no terreno, apraz-me registar a presença e referência no seu blogue ao Chanceler Luiz Felipe Lampreia, com quem sempre mantive e mantenho um relacionamento excepcional, de longa data.

Curiosamente, a última entrevista que concedeu no Rio de Janeiro, antes de ir para Portugal, e a primeira que deu, já embaixador em Lisboa, por mera coincidência, fui eu o feliz contemplado.

Acompanhei, a par e passo, a sua permanência em Portugal, onde a sua acção foi decisiva e notável para o desbravar do terreno das Relações Brasil - Portugal, até então "muito mornas" e com acentuados altos e baixos...

Entre nós, desde a primeira hora, gerou-se uma forte empatia e sólida amizade.

De salientar, que sempre encontrei nele "Um grande Senhor" na forma como tratou a diplomacia económica e as relações recíprocas.

Obviamente, nem tudo foi fácil e, muito menos, facilitado, mas com o seu saber e tacto diplomático, deixou feito um excelente trabalho que, de certa forma, facilitou e muito a missão dos que se lhe seguiram!

Quanto à célebre questão dos dentistas brasileiros em Portugal, na minha modesta minha opinião, apesar de alguns conflitos que na época se geraram, julgo, visto agora, à distância, não ter passado de "uma pedra no caminho".

Mais tarde, quando Ministro das Relações Exteriores do Brasil, encontrava-me em São Paulo, como correspondente da Deutche Wella - Rádio Voz da Alemanha, e praticamente todas as semanas recebia um telefonema seu, pessoal, ou de alguém do seu gabinete, perguntando-me se estava tudo a correr bem e se necessitava de alguma ajuda.

Na última vez, que passei pelo Rio de Janeiro, em 2004, tive o prazer de receber a sua visita no hotel, onde me encontrava hospedado, onde conversámos longamente e me disse que, ao nível da Diplomacia, já havia "arrumado as chuteiras". Inclusive, sem nada programado, tive a oportunidade de, uma vez mais, o entrevistar para a Rádio.

Em boa verdade, importa que se sublinhe, três Grandes Diplomatas Brasileiros influenciaram a minha actividade de jornalista: Dário de Castro Alves, Luiz Felipe Lampreia e José Aparecido de Oliveira, todos com trabalho realizado, a todos os títulos notável, nas Relações Bilaterais Portugal-Brasil.

Certamente, não deixarei de ler o seu Livro, pois estou convicto de que aprenderei algo mais, com a mesma devoção que tive o prazer de ler "Tanto Mar?"

Aceite, Senhor Embaixador, o meu fraterno e afectuoso abraço.

Paulo M. A. Martins

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,

Na minha opinião pessoal, mas com vivência no terreno, apraz-me registar a presença e referência no seu blogue ao Chanceler Luiz Felipe Lampreia, com quem sempre mantive e mantenho um relacionamento excepcional, de longa data.

Curiosamente, a última entrevista que concedeu no Rio de Janeiro, antes de ir para Portugal, e a primeira que deu, já embaixador em Lisboa, por mera coincidência, fui eu o feliz contemplado.

Acompanhei, a par e passo, a sua permanência em Portugal, onde a sua acção foi decisiva e notável para o desbravar do terreno das Relações Brasil - Portugal, até então "muito mornas" e com acentuados altos e baixos...

Entre nós, desde a primeira hora, gerou-se uma forte empatia e sólida amizade.

De salientar, que sempre encontrei nele "Um grande Senhor" na forma como tratou a diplomacia económica e as relações recíprocas.

Obviamente, nem tudo foi fácil e, muito menos, facilitado, mas com o seu saber e tacto diplomático, deixou feito um excelente trabalho que, de certa forma, facilitou e muito a missão dos que se lhe seguiram!

Quanto à célebre questão dos dentistas brasileiros em Portugal, na minha modesta minha opinião, apesar de alguns conflitos que na época se geraram, julgo, visto agora, à distância, não ter passado de "uma pedra no caminho".

Mais tarde, quando Ministro das Relações Exteriores do Brasil, encontrava-me em São Paulo, como correspondente da Deutche Wella - Rádio Voz da Alemanha, e praticamente todas as semanas recebia um telefonema seu, pessoal, ou de alguém do seu gabinete, perguntando-me se estava tudo a correr bem e se necessitava de alguma ajuda.

Na última vez, que passei pelo Rio de Janeiro, em 2004, tive o prazer de receber a sua visita no hotel, onde me encontrava hospedado, onde conversámos longamente e me disse que, ao nível da Diplomacia, já havia "arrumado as chuteiras". Inclusive, sem nada programado, tive a oportunidade de, uma vez mais, o entrevistar para a Rádio.

Em boa verdade, importa que se sublinhe, três Grandes Diplomatas Brasileiros influenciaram a minha actividade de jornalista: Dário de Castro Alves, Luiz Felipe Lampreia e José Aparecido de Oliveira, todos com trabalho realizado, a todos os títulos notável, nas Relações Bilaterais Portugal-Brasil.

Certamente, não deixarei de ler o seu Livro, pois estou convicto de que aprenderei algo mais, com a mesma devoção que tive o prazer de ler "Tanto Mar?"

Aceite, Senhor Embaixador, o meu fraterno e afectuoso abraço.

Paulo M. A. Martins

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,

Na minha opinião pessoal, mas com vivência no terreno, apraz-me registar a presença e referência no seu blogue ao Chanceler Luiz Felipe Lampreia, com quem sempre mantive e mantenho um relacionamento excepcional, de longa data.

Curiosamente, a última entrevista que concedeu no Rio de Janeiro, antes de ir para Portugal, e a primeira que deu, já embaixador em Lisboa, por mera coincidência, fui eu o feliz contemplado.

Acompanhei, a par e passo, a sua permanência em Portugal, onde a sua acção foi decisiva e notável para o desbravar do terreno das Relações Brasil - Portugal, até então "muito mornas" e com acentuados altos e baixos...

Entre nós, desde a primeira hora, gerou-se uma forte empatia e sólida amizade.

De salientar, que sempre encontrei nele "Um grande Senhor" na forma como tratou a diplomacia económica e as relações recíprocas.

Obviamente, nem tudo foi fácil e, muito menos, facilitado, mas com o seu saber e tacto diplomático, deixou feito um excelente trabalho que, de certa forma, facilitou e muito a missão dos que se lhe seguiram!

Quanto à célebre questão dos dentistas brasileiros em Portugal, na minha modesta minha opinião, apesar de alguns conflitos que na época se geraram, julgo, visto agora, à distância, não ter passado de "uma pedra no caminho".

Mais tarde, quando Ministro das Relações Exteriores do Brasil, encontrava-me em São Paulo, como correspondente da Deutche Wella - Rádio Voz da Alemanha, e praticamente todas as semanas recebia um telefonema seu, pessoal, ou de alguém do seu gabinete, perguntando-me se estava tudo a correr bem e se necessitava de alguma ajuda.

Na última vez, que passei pelo Rio de Janeiro, em 2004, tive o prazer de receber a sua visita no hotel, onde me encontrava hospedado, onde conversámos longamente e me disse que, ao nível da Diplomacia, já havia "arrumado as chuteiras". Inclusive, sem nada programado, tive a oportunidade de, uma vez mais, o entrevistar para a Rádio.

Em boa verdade, importa que se sublinhe, três Grandes Diplomatas Brasileiros influenciaram a minha actividade de jornalista: Dário de Castro Alves, Luiz Felipe Lampreia e José Aparecido de Oliveira, todos com trabalho realizado, a todos os títulos notável, nas Relações Bilaterais Portugal-Brasil.

Certamente, não deixarei de ler o seu Livro, pois estou convicto de que aprenderei algo mais, com a mesma devoção que tive o prazer de ler "Tanto Mar?"

Aceite, Senhor Embaixador, o meu fraterno e afectuoso abraço.

Paulo M. A. Martins

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Na minha opinião pessoal, mas com vivência no terreno, apraz-me registar a presença e referência no seu blogue ao Chanceler Luiz Felipe Lampreia, com quem sempre mantive e mantenho um relacionamento excepcional, de longa data.

Curiosamente, a última entrevista que concedeu no Rio de Janeiro, antes de ir para Portugal, e a primeira que deu, já embaixador em Lisboa, por mera coincidência, fui eu o feliz contemplado.

Acompanhei, a par e passo, a sua permanência em Portugal, onde a sua acção foi decisiva e notável para o desbravar do terreno das Relações Brasil - Portugal, até então "muito mornas" e com acentuados altos e baixos...

Entre nós, desde a primeira hora, gerou-se uma forte empatia e sólida amizade.

De salientar, que sempre encontrei nele "Um grande Senhor" na forma como tratou a diplomacia económica e as relações recíprocas.

Obviamente, nem tudo foi fácil e, muito menos, facilitado, mas com o seu saber e tacto diplomático, deixou feito um excelente trabalho que, de certa forma, facilitou e muito a missão dos que se lhe seguiram!

Quanto à célebre questão dos dentistas brasileiros em Portugal, na minha modesta minha opinião, apesar de alguns conflitos que na época se geraram, julgo, visto agora, à distância, não ter passado de "uma pedra no caminho".

Mais tarde, quando Ministro das Relações Exteriores do Brasil, encontrava-me em São Paulo, como correspondente da Deutche Wella - Rádio Voz da Alemanha, e praticamente todas as semanas recebia um telefonema seu, pessoal, ou de alguém do seu gabinete, perguntando-me se estava tudo a correr bem e se necessitava de alguma ajuda.

Na última vez, que passei pelo Rio de Janeiro, em 2004, tive o prazer de receber a sua visita no hotel, onde me encontrava hospedado, onde conversámos longamente e me disse que, ao nível da Diplomacia, já havia "arrumado as chuteiras". Inclusive, sem nada programado, tive a oportunidade de, uma vez mais, o entrevistar para a Rádio.

Em boa verdade, importa que se sublinhe, três Grandes Diplomatas Brasileiros influenciaram a minha actividade de jornalista: Dário de Castro Alves, Luiz Felipe Lampreia e José Aparecido de Oliveira, todos com trabalho realizado, a todos os títulos notável, nas Relações Bilaterais Portugal-Brasil.

Certamente, não deixarei de ler o seu Livro, pois estou convicto de que aprenderei algo mais, com a mesma devoção que tive o prazer de ler "Tanto Mar?"

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Na minha opinião pessoal, mas com vivência no terreno, apraz-me registar a presença e referência no seu blogue ao Chanceler Luiz Felipe Lampreia, com quem sempre mantive e mantenho um relacionamento excepcional, de longa data.

Curiosamente, a última entrevista que concedeu no Rio de Janeiro, antes de ir para Portugal, e a primeira que deu, já embaixador em Lisboa, por mera coincidência, fui eu o feliz contemplado.

Acompanhei, a par e passo, a sua permanência em Portugal, onde a sua acção foi decisiva e notável para o desbravar do terreno das Relações Brasil - Portugal, até então "muito mornas" e com acentuados altos e baixos...

Entre nós, desde a primeira hora, gerou-se uma forte empatia e sólida amizade.

De salientar, que sempre encontrei nele "Um grande Senhor" na forma como tratou a diplomacia económica e as relações recíprocas.

Obviamente, nem tudo foi fácil e, muito menos, facilitado, mas com o seu saber e tacto diplomático, deixou feito um excelente trabalho que, de certa forma, facilitou e muito a missão dos que se lhe seguiram!

Quanto à célebre questão dos dentistas brasileiros em Portugal, na minha modesta minha opinião, apesar de alguns conflitos que na época se geraram, julgo, visto agora, à distância, não ter passado de "uma pedra no caminho".

Mais tarde, quando Ministro das Relações Exteriores do Brasil, encontrava-me em São Paulo, como correspondente da Deutche Wella - Rádio Voz da Alemanha, e praticamente todas as semanas recebia um telefonema seu, pessoal, ou de alguém do seu gabinete, perguntando-me se estava tudo a correr bem e se necessitava de alguma ajuda.

Na última vez, que passei pelo Rio de Janeiro, em 2004, tive o prazer de receber a sua visita no hotel, onde me encontrava hospedado, onde conversámos longamente e me disse que, ao nível da Diplomacia, já havia "arrumado as chuteiras". Inclusive, sem nada programado, tive a oportunidade de, uma vez mais, o entrevistar para a Rádio.

Em boa verdade, importa que se sublinhe, três Grandes Diplomatas Brasileiros influenciaram a minha actividade de jornalista: Dário de Castro Alves, Luiz Felipe Lampreia e José Aparecido de Oliveira, todos com trabalho realizado, a todos os títulos notável, nas Relações Bilaterais Portugal-Brasil.

Certamente, não deixarei de ler o seu Livro, pois estou convicto de que aprenderei algo mais, com a mesma devoção que tive o prazer de ler "Tanto Mar?"

Aceite, Senhor Embaixador, o meu fraterno e afectuoso abraço.

Paulo M. A. Martins

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,

Na minha opinião pessoal, mas com vivência no terreno, apraz-me registar a presença e referência no seu blogue ao Chanceler Luiz Felipe Lampreia, com quem sempre mantive e mantenho um relacionamento excepcional, de longa data.

Curiosamente, a última entrevista que concedeu no Rio de Janeiro, antes de ir para Portugal, e a primeira que deu, já embaixador em Lisboa, por mera coincidência, fui eu o feliz contemplado.

Acompanhei, a par e passo, a sua permanência em Portugal, onde a sua acção foi decisiva e notável para o desbravar do terreno das Relações Brasil - Portugal, até então "muito mornas" e com acentuados altos e baixos...

Entre nós, desde a primeira hora, gerou-se uma forte empatia e sólida amizade.

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Obviamente, nem tudo foi fácil e, muito menos, facilitado, mas com o seu saber e tacto diplomático, deixou feito um excelente trabalho que, de certa forma, facilitou e muito a missão dos que se lhe seguiram!

Quanto à célebre questão dos dentistas brasileiros em Portugal, na minha modesta minha opinião, apesar de alguns conflitos que na época se geraram, julgo, visto agora, à distância, não ter passado de "uma pedra no caminho".

Mais tarde, quando Ministro das Relações Exteriores do Brasil, encontrava-me em São Paulo, como correspondente da Deutche Wella - Rádio Voz da Alemanha, e praticamente todas as semanas recebia um telefonema seu, pessoal, ou de alguém do seu gabinete, perguntando-me se estava tudo a correr bem e se necessitava de alguma ajuda.

Na última vez, que passei pelo Rio de Janeiro, em 2004, tive o prazer de receber a sua visita no hotel, onde me encontrava hospedado, onde conversámos longamente e me disse que, ao nível da Diplomacia, já havia "arrumado as chuteiras". Inclusive, sem nada programado, tive a oportunidade de, uma vez mais, o entrevistar para a Rádio.

Em boa verdade, importa que se sublinhe, três Grandes Diplomatas Brasileiros influenciaram a minha actividade de jornalista: Dário de Castro Alves, Luiz Felipe Lampreia e José Aparecido de Oliveira, todos com trabalho realizado, a todos os títulos notável, nas Relações Bilaterais Portugal-Brasil.

Certamente, não deixarei de ler o seu Livro, pois estou convicto de que aprenderei algo mais, com a mesma devoção que tive o prazer de ler "Tanto Mar?"

Aceite, Senhor Embaixador, o meu fraterno e afectuoso abraço.

Paulo M. A. Martins

Anónimo disse...

PORTUGAL EXPORTA MÃO DE OBRA BARATA PARA A EUROPA INTEIRA, DIVIDA PÚBLICA DE 124% DO PIB, RECESSÃO DE OITO ANOS...QUE INTERESSE O BRASIL TERIA NUM LIXO DESTES?

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Por que será que, neste dia que assinalam os dez anos sobre a noite em que José Sócrates foi preso à chegada ao aeroporto de Lisboa, hesitei...