O deliberado abuso da cor pode, aos olhos menos atentos de alguns, atenuar a visão de tragédia que é procurada neste capítulo da obra de José de Guimarães, dedicada às favelas do Brasil, presente desde ontem no Grand Palais, em Paris.
Guimarães é o caso muito interessante de um homem que, tendo chegado, aos 30 e poucos anos, à improvável categoria de Coronel do Exército português, na especialidade de Transmissões, trouxe, entretanto, para a escultura e para a pintura, uma elevada sensibilidade e uma originalidade pouco comum, hoje espalhada por muitas obras em espaços públicos, por todo o mundo.
É um homem sereno, rigoroso, com um sorriso na vida que não ilude o rigor com que olha o mundo e as coisas. Quem conhece o seu gosto pela arte primitiva africana - e excelente colecção que possui - pode talvez entender melhor esta sua apurada sensibilidade.
Guimarães é o caso muito interessante de um homem que, tendo chegado, aos 30 e poucos anos, à improvável categoria de Coronel do Exército português, na especialidade de Transmissões, trouxe, entretanto, para a escultura e para a pintura, uma elevada sensibilidade e uma originalidade pouco comum, hoje espalhada por muitas obras em espaços públicos, por todo o mundo.
É um homem sereno, rigoroso, com um sorriso na vida que não ilude o rigor com que olha o mundo e as coisas. Quem conhece o seu gosto pela arte primitiva africana - e excelente colecção que possui - pode talvez entender melhor esta sua apurada sensibilidade.