O "The Economist", provavelmente a mais bem escrita revista do mundo, atravessa tempos de notória perplexidade, em face da conjuntural derrota das terapias que sobranceiramente se habituou a espalhar, sempre que em qualquer lugar emergiam sintomas de moléstias político-económicas. Porém, com a inconfundível graça do seu estilo, está a digerir, embora a custo, o que por aí vai em matéria de recurso a um receituário de cariz mais estatizante, nestes tempos em que alguém tem de dar uma mão à "mão invisível" que ela sempre sacralizou.
A sua edição de hoje traz, na capa, um belo desenho com a "conta" a pagar pela Europa em crise, onde se pode ler, no mesmo pacote dos mais evidentes "desastres" nacionais, a referência a alguns países dos últimos aderentes - Hungria, Bulgária, países bálticos – e a outros como a Irlanda, a Grécia e... a Itália.
O "The Economist" nunca faz nada ao acaso, muito menos nos seus "cartoons". Por isso, com alguma ironia, quase que apetece dizer que, num tempo de más notícias como o que vivemos, a omissão de uma referência a Portugal arrisca-se a ser interpretada como um discreto elogio.
Mas, desde já, peço antecipado perdão à poderosa escola do pessimismo profissional lusitano por esta minha arrojada heterodoxia. Não queria ofender, está bem?
A sua edição de hoje traz, na capa, um belo desenho com a "conta" a pagar pela Europa em crise, onde se pode ler, no mesmo pacote dos mais evidentes "desastres" nacionais, a referência a alguns países dos últimos aderentes - Hungria, Bulgária, países bálticos – e a outros como a Irlanda, a Grécia e... a Itália.
O "The Economist" nunca faz nada ao acaso, muito menos nos seus "cartoons". Por isso, com alguma ironia, quase que apetece dizer que, num tempo de más notícias como o que vivemos, a omissão de uma referência a Portugal arrisca-se a ser interpretada como um discreto elogio.
Mas, desde já, peço antecipado perdão à poderosa escola do pessimismo profissional lusitano por esta minha arrojada heterodoxia. Não queria ofender, está bem?
5 comentários:
Qualquer sinal, mesmo que discreto é bom, "a crise envolve-nos de tal forma" que a maior parte das pessoas nem conseguem perceber que estão vivas...
GFaria
Há um preço a pagar pelo risco. Não foram estes mesmos líderes que apoiaram incondicionalmente a adesão dos novos membros -- dez de uma só vez -- e das suas impreparadas economias? A abertura não pode funcionar só quando tudo corre bem, e quanto tudo vai mal advogar-se o proteccionismo. Ao menos nessa matéria Sarko nunca foi hipócrita: já era proteccionista antes da crise.
Quanto ao pessimismo, não ofende nada, lembro só que foi no Economist (também sou assinante) que vi pela primeira vez a designação de PIGS para as economias dos países do Sul...
Posso estar enganado, mas creio que quem falou primeiro nos "pigs" (Portugal, Italy, Greece, Spain) foi o "Financial Times".
http://ezinearticles.com/?The-Southern-Pigs&id=1546769
Longe de mim vir aqui testemunhar em defesa do Seixas da Costa. Ele não precisa. Mas, verdade, verdadinha, foi o "Finantial Times". Há quase seiscentos anos que leio os dois - e guardo algumas referências. Atenção: e algumas reverências...
... Senhor Embaixador..., e se tiverem esquecido o rectângulo!?
Pode suceder...
Ai!
Aqui é que vale aquela máxima de mais valer falar mal do que não falar de todo (ou qualquer coisa assim...)
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