Confirmei ontem à noite, no Parque dos Príncipes, o meu tradicional incómodo em ver jogos de futebol nos camarotes, com os presidentes dos clubes e convidados.
Irrita-me ficar limitado na minha capacidade de poder dar um grito, de poder exteriorizar a minha decepção ou contentamento por uma jogada, de lançar uma "farpa" verbal ao árbitro ou ao "bandeirinha", de protestar por um fora de jogo mal assinalado. Há uma contenção hipócrita em todos os camarotes dos estádios. Confesso que prefiro a bancada simples, ficar entre "os meus", ter a liberdade de dizer alto o que me vai na alma.
Ontem, no PSG-Braga, numa bela noite de bom futebol português, lá estive a "fazer de embaixador"...
7 comentários:
Que curioso..., como se ser 'embaixador' fosse uma pele. Uma personagem. Um alter-ego...
Quem somos todos, despidos do que nos fazem ser?...
É bom vermos o futebol entre os "nossos".Futebol é festa no momento.Um prazer despido de qualquer alter-ego...
"Embaixador" sofre...
Resposta a Margarida
"Un misérable tas de petits secrets" (Malraux)
Be Lah Kun (Kathmandu, Nepal)
Caro Anónimo: gentilíssimo de sua parte 'responder' à minha dúvida.
À máxima de Malraux chego; infelizmente, nem os meus conhecimentos (muito além de escassos) nem o Google, me ajudaram a alcançar a segunda...
Para essas longitudes, eu é mais Japonês ;)
Deliciosa surpresa, porém...; bem-haja, quem quer que seja...
é curioso que começou esta posta sem o " pode-se gostar ou não".
as palavras traíram-no. o que é raro num diplomata.
Diplomacia a quanto obrigas!
Uma chatice!
Como "manga de alpaca" conheço bem essas andanças e os "frete" a que um chefe de missão está sujeito.
O meu velho amigo e chefe embaixador Mello Gouveia, em Banguecoque, dizia-me algumas vezes: "lá vou eu mais uma vez dar o fígado ao manifesto!".
No jogo de futebol que o senhor embaixador Seixas da Costa assistiu e não vai poder piar, deveria ter pensado antes: "lá vou eu, mais uma vez, com a "rolha" na boca!
José Martins
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