O senhor almirante tem todo o direito de se candidatar à Presidência da República. Mas ficamos a conhecê-lo melhor, depois do tempo das agulhas. É que é de muito mau gosto democrático içar o periscópio no meio da campanha para a escolha parlamentar em curso.
7 comentários:
Nem a propósito ontem estive a ler um artigo de opinião no Página Um intitulado "A vaidade e as dívidas de Gouveia e Melo". Recomendo a leitura. Para mim a personagem não augura nada de bom.
O meu voto não terá.
Vá-se habituando Sr. Embaixador!
Fico algo perplexo de ver as simpatias políticas que o Almirante das vacinas reúne.
Mas, olhando para o quadro popular que temos, tal não nos deverá, afinal de contas, surpreender. Vejamos, na Madeira, um arguido renovou o seu mandato eleitoral.
Aqui no Rectângulo, um trafulha, que omitiu informações sobre a sua vida pessoal e profissional, o que levou a uma situação artificial que nos acabou por ir a eleições legislativas (com o aval deste PR a que temos direito, felizmente que o seu mandato está em vias de terminar), segue impante na frente das sondagens.
Para completar o bolo, temos a cereja do Almirante, que, entre umas tantas vacuidades redondas que exprime, num palavreado meio tosco, tudo parece indicar irá ficar ao leme da República, em breve. A não ser que alguém capaz se lhe atravesse no seu caminho e trave essa sua pretensão. Haja esperança, a última cosa a morrer, como diziam os nossos respeitáveis antepassados.
Sinceramente, a última coisa que desejaria era ter um submarino em Belém, em 2026!
a) P. Rufino
Se acrescentarmos a isso que chegou a dizer para que lhe darem uma corda para se enforcar se se metesse na política e que só anunciaria a candidatura depois das eleições... Temos homem, temos. Mas de palavra é que não é. Para quem tinha dúvidas da personagem, está apresentada.
Eu por acaso acho que foi uma jogada inteligente. Afirmou-se como um tipo reformista no meio do marasmo geral e fê-lo de forma discreta sem o foco excessivo da comunicação social entretida com as eleições. Daí a reacção zangada da opinião jornalística
Como vi há tempos num desenho satírico, neste caso será mais um peniscópio do que um periscópio, dado o narcisismo da personagem...
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