quinta-feira, outubro 03, 2024

Médio Oriente em análise


Para quem tiver interesse, aqui fica a "Grande Entrevista" de ontem, na RTP, com Vitor Gonçalves, onde abordei a atual situação no Médio Oriente.

2 comentários:

Lúcio Ferro disse...

Vi, melhor escutei, hoje de manhã, porque em simultâneo estava ao computador a trabalhar. De um modo genérico concordo com a análise que faz. Só há um aspecto que me parece não ter considerado da melhor forma. O regime autocrático religioso de Teerão lidera uma vasta nação com 90 milhões de habitantes. 90 milhões. Possui agora tecnologia militar avançada. Israel tem de facto um arsenal nuclear avançado e forças convencionais superiores (apenas em qualidade). Ainda assim, um confronto directo é impossível, não há fronteira comum. Também verifico que Israel continua a ter as costas quentes por parte da (ainda) maior potência mundial. No entanto, um ataque a infra-estruturas económicas, essencialmente petrolíferas, no Irão, levaria a uma crise mundial nos preços dos combustíveis, a uma escalada com a OPEP, algo que não convirá e a um ainda maior isolamento de Israel. Verifico ainda que Teerão, ao contrário de Tel Aviv, tem observado imensa contenção no conflito: mais uma vez, isto foi apenas um aviso, mais musculado, mas nem por isso um mero aviso. Se Israel prosseguir na escalada com ataques directos em solo do Irão, convenhamos que o território de Israel é minúsculo e altamente povoado. Em última análise, para já, quem perde com tudo isto é Zelenski, porque os patriots e as outras armas de defesa antiaérea têm stocks limitados e vai ser necessário repor os da “redoma de ferro”, em prejuízo das remessas para a Ucrânia. Por outro lado, será importante não subestimar o Irão e os seus aiatolas. Não esqueçamos que, durante 20 anos, se disse que os Taliban estavam arrumados, kaput, e agora quem manda em Kabul são eles. Enfim, é muito complicado de gerir. Israel não está a ir pelo bom caminho e o desespero nunca é bom conselheiro.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Estou a ver e, 'traumente, a gostar muito!

Guterres

A maioria dos comentários que por aí se leem, depreciativos da ação de António Guterres, derivam de um mero desconhecimento do que são as fu...