terça-feira, maio 29, 2012

Eleições francesas

É significativo constatar a presença, como candidatos às eleições para a Assembleia Nacional francesa,  que aqui têm lugar em 10 e 17 de junho, de 60 candidatos luso-descendentes. Há cinco anos, em idêntico escrutínio, eram apenas 37. Contando com os suplentes, o número deve subir a cerca de 100 (para 53 em 2007).

Dito isto, a realidade é que, no último parlamento francês, não havia um único deputado com ascendência portuguesa. Esperemos, assim, quer a realidade mude, nestas eleições.

15 comentários:

Anónimo disse...

Para a adesão de Portugal à CEE teríamos de nos adaptar (os residentes no Continente e nas Ilhas) durante sete "longos" anos, enquanto se negociava dois anos para os emigrantes portugueses residentes nos países da CEE. Assim foi. Deu os seus resultados em várias áreas. No que toca ao mundo da política, pelo número dos concorrentes de hoje, nem vai nada mal. Que o verbo "crescer" se conjugue por aí em fraco-português já é um consolo nos dias que correm. Boa campanha, melhores resultados e dignos lugares para os luso-descendentes. São bons auspícios para todos nós, e um bom indicador antes da saída de funções do nosso Embaixador em Paris!

gherkin disse...

A bem demonstrada pujança da participanção política dos luso descendentes na França. Parabens a todos e...bons resultados!
Gilberto Ferraz

Portugalredecouvertes disse...

Estão todos de parabéns!

Anónimo disse...

Para o Anónimo das 16:17. Saída de funções do nosso Embaixador em Paris? Que se passa?

Anónimo disse...

Segundo o LusoJornal de hoje (e eu acredito no LusoJornal!), haverá pelo menos um Deputado português, ali para os lados de Evry/Corbeil. (www.lusojornal.com)
Eu até apostaria em dois, no plano nacional. Vamos ver se vou ganhar.
Carlos Pereira

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Henrique: na carreira diplomática há uma norma lrgal que obriga a que, chegados aos 65 anos de idade, não possamos continuar a desempenhar funções no estrangeiro, devendo regressar a Lisboa. Por isso, não se passa de especial, trata-se apenas do normal cumprimento da lei, a qual, naturalmente, não tem exceções. Quando, daqui a uns meses, chegar à capital, lá o convidarei para beber um copo. Ou para jantar: a última vez cruzámo-nos na Pensão Flora, em Vila Franca de Xira, lembra-se?

Anónimo disse...

Caro Francisco

Lembro meu, lembra-se a Raquel e lembra-se a Amiga que nos acompanhava, a Elisabete. E ainda me lembro da estupidez do dito empregado de mesa que originou com uma resposta parva que eu tivesse de chamar o chefe, que se desculpou com as melhores palavras. Mas, pagámos a conta que não foi muito barata, diga-se.

Cá o espero, com a disponibilidade total dos reformados por mor dos tais 65 anos. Ainda que um jornalista nunca se reforme; tentam reforma-lo...

Abç

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Bom trabalho Senhor Embaixador. Pode dizer que parte com a consciência do dever cumprido e de ter servido bem o nosso País.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro José Tomaz Mello Breyner: como diria Mark Twain a propósito da sua morte, também neste caso as notícias sobre a minha partida são muito exageradas... Ainda têm de me aturar alguns bons meses!

Jose Tomaz Mello Breyner disse...

Senhor Embaixador,

Se eu mandasse até alterava a Lei para que o Senhor Embaixador nos pudesse servir mais uns 5 anos.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro José Tomaz Mello Breyner: agradeço o seu comentário mas, dado que cada vez há menos postos no estrangeiro, que os lugares de chefia em Lisboa foram reduzidos e que as progressões na carreira estão suspensas, acho perfeitamente natural que se mantenha a regra do regresso a Lisboa das pessoas com mais de 65 anos, com vista a dar lugares às pessoas mais novas.

Anónimo disse...

Antunes Ferreira, estou a pensar na juventude do Senhor Embaixador para ocupar outras funções, quando o tempo oficial para o fim da "carreira" marcar a hora. A não ser que também já lhes tenha chegado aquela (...) de se trabalhar até os 70 anos.Pena que tenho dos livros nas estantes, e, das canetas que a pepelaria lhe venderia para borrar os livros que deveria publicar...

Anónimo disse...

Anónimo das 13:04

Agradeço-lhe o fato (Novo A.O.) de se me ter dirigido, bem como ao Embaixador Seixas da Costa, meu querido Amigo, que publicou o seu comentário...

... mas, por mais voltas que dê ao seu testo, não há maneira de entender essa de «borrar os livros que deveria publicar». Falta de lucidez minha, por certo.

Anónimo disse...

ADENDA

É evidentemente texto e não testo. O malandro do teclado faz coisas...

Anónimo disse...

claro que existem luso-descendentes e outros que saõ descendentes de portugueses...

espanto meu! - o outro dia encontrei (interneticamente falando) um produtor de Champagne que era descendente de um português que tinha escolhido a França depois de ter participado como "poilu" na I Grande Guerra!

também sempre achei curioso prque é que nós, portugueses (de Portugal ou da Emigração) nunca reconhecemos o estatuto de "descendente de portugueses" a Pierre Mendès France. P. Mendès France foi, sem dúvida, o primeiro "luso-descendente" eleito em França.

também demasiado tempo - Portugal e os portugueses - ignoraram o papel de Aristides de Sousa Mendes (cônsul de carreira, penso eu).

será que a História só é ensinada quandos os factos já "têm barbas"? ou temos uma certa dificuldade em olhar e tentar ver para horizontes mais latos?

a presença portuguesa em França sempre foi importante.

do século XIX até hoje muitos artistas, escritores, comerciantes ou banqueiros por essas margens arribaram por diversas razões. temos vergonha de os reconhecer? porque foram perseguidos por razões religiosas ou políticas?
ou porque foram simplesmente porque aqui não encontravam uma situação económica digna?

...

não sou historiador. mas penso que ainda está por assinalar em Paris (por exemplo) os locais e as ruas que têm uma forte e directa ligação a Portugal.

...

pergunta de algibeira: ainda existe aquela placa ali em Paris IX na casa onde morava o Mário de Sá Carneiro. (a última vez que lá passei, não a consegui encontrar)

T. D.

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