Há poucos dias, dei aqui conta da desaparição do embaixador João de Sá Coutinho. Acabo de saber, pela imprensa, da morte de outra figura importante da diplomacia portuguesa, o embaixador Rui Medina.
Foi representante português junto da ONU, em Nova Iorque, tendo chefiado as embaixadas portuguesas no Líbano, na Finlândia, na Suécia, na antiga República democrática alemã e em Itália.
Um dos pontos altos da carreira de Rui Medina foi a presidência da Comissão Interministerial sobre Macau, que negociou as condições de transferência do território para a China.
Conheci mal Rui Medina, com quem me cruzei escassas vezes. Na memória da carreira, era tido por um diplomata muito rigoroso, inteligente e com grande sentido de ironia.
8 comentários:
Nao conheci Rui Medina como diplomata mas, estando ele ja aposentado, privei muito com ele por razoes familiares. Alem daquilo que o Senhor Embaixador escreve, e que e inteiramente verdade, Rui Medina era um homem de grande cultura. Sabia muito e com a ironia mencionada, apreciava levar os seus interlocutores a exame - de musica, de historia, de literatura, de pintura e de muitas outras coisas. Uma vez, em Paris, deu-me a conhecer todas as igrejas onde existiam pinturas de Delacroix. Percurso fascinante em especial em Saint-Paul e Saint-Claude.
Nao conheci Rui Medina como diplomata mas, estando ele ja aposentado, privei muito com ele por razoes familiares. Alem daquilo que o Senhor Embaixador escreve, e que e inteiramente verdade, Rui Medina era um homem de grande cultura. Sabia muito e com a ironia mencionada, apreciava levar os seus interlocutores a exame - de musica, de historia, de literatura, de pintura e de muitas outras coisas. Uma vez, em Paris, deu-me a conhecer todas as igrejas onde existiam pinturas de Delacroix. Percurso fascinante em especial em Saint-Paul e Saint-Claude.
Se você o tivesse conhecido melhor, privando directamente com ele no plano profissional, talvez tivesse outra opinião. Não me vou alongar. Não é a ocasião e seria deselegante. Paz à sua alma.
J.V
Caro Anónimo das 13.53. Escrevi o que escrevi, não deixando de ter presentes opiniões com as que parecem ser as suas.
Outro diplomata que morreu ontem, 4 de junho, foi Orlando Bastos Vilela.
Existem embaixadores e embaixadores. Uns exerceram cargos em embaixadas, outros subiram dentro das paredes do Palácio das Necessidades, tendo somente sido consules em Barcelona e Rio de Janeiro.
Refere-se certamente ao embaixador Orlando Bastos Villela que exerceu a sua actividade praticamente nas necessidades. Tive o prazer de trabalhar com ele na COREPE durante 4 anos e constatei estar presente dum excelente profissional, sempre bem disposto e muito humano com os seus colaboradores. Nunca o esquecerei.
Orlando Bastos Villela foi um senhor da diplomacia portuguesa
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