No passado sábado, estive a pontos de cometer aquilo que seria uma imperdoável imprudência blogosférica. Aproveitando o dia de reflexão, e por sugestão de uma minha sobrinha, preparei um post que, no derradeiro minuto, percebi que poderia dar azo a más interpretações.
Era o seguinte o seu texto:
"Dizem-me que a "Poesia Incompleta", a única livraria existente em Portugal dedicada exclusivamente à poesia, está a passar por dificuldades para sobreviver.
Era o seguinte o seu texto:
"Dizem-me que a "Poesia Incompleta", a única livraria existente em Portugal dedicada exclusivamente à poesia, está a passar por dificuldades para sobreviver.
Para os leitores (e eleitores) lisboetas que hoje entraram em reflexão - e esta eleição presidencial é, sem a menor sombra de dúvida, aquela que mais reflexão justifica, a montante do voto, em mais de 35 anos de democracia - dou um conselho: porque não dão hoje uma oportunidade à poesia e se deslocam à rua Cecílio de Sousa, n° 11, ali perto do Principe Real? Ler poesia, nestes tempos que não rimam com nada (Alcipe diria que todos os dias), é um ato de inteligência, uma justificada bofetada na indiferença."
Julgo que não vale a pena explicar a "gaffe" que teria sido, na véspera daquela eleição, colocar um post com este conteúdo. Agora, já posso fazê-lo.
Julgo que não vale a pena explicar a "gaffe" que teria sido, na véspera daquela eleição, colocar um post com este conteúdo. Agora, já posso fazê-lo.
11 comentários:
Todos devemos apoiar a livraria "Poesia Incompleta", de que eu sou confesso admirador.
Quanto a eleições e interpretações...recordo que Éluard dizia que a poesia está tanto nos poetas como nos seus leitores!
Pode agora faze-lo alegremente, sem se esconder como um coelho na toca, sem dar cavaco a ninguém, sem correr o risco de parecer o nobre defensor de alguns chicos espertos.
Sr. embaixador
Que bonito, a sério, de facto o Sr. é sempre de um profissionalismo,sempre primeiro o dever e a obrigação...
Meu Deus que lição...
Adorei a Sua Sobrinha.
Agora reflexão poética para mim e o Ary dos Santos (O Ary permite-me ele não tem vergonha do meu amor incondicional por ele , e já atingiu o estadio do estar por Tudo)é sempre 25 de abril nem antes nem depois... Sempre...
E porque diabo deveriamos abdicar da nossa liberdade reflexiva em detrimento de outros candidatos?
Por mim esperem sentadinhos
Isabel Seixas
Será que a "gaffe" foi mesmo gaffe?
Mas GAFFE MESMO foi a do poeta M.A. E fatal, recordando-me o ditado: " Não se pode agradar a dois senhores ao mesmo tempo..."
Aconselhar a reflexão poetica no dia 22 poderia, sim,ser considerado pouco oportunoou mal interpretado por alguns, mas tudo bem por mim!
A poesia está acima da política.
Creio que um comentarista já tinha aqui falado dessa livraria a propósito de ary dos santos. Sendo leitor e curioso de e da poesia, estudioso muito amador do género, decido que na minha próxima ida a lisboa visitarei a "poesia incompleta" onde nunca fui - desconhecia a sua existencia até aqui se falar dela. Estou pois curioso, tomei nota da direcção e agradeço a sugestão de FSC.
Logo darei as minhas impressões.
Caro Cunha Ribeiro: só podia ser "gaffe" (não cometida). Garanto.
Obrigado caro Embaixador pelo ambíguo esclarecimento...
Caro Cunha Ribeiro: desculpe voltar à carga mas, pode crer, não há a menor ambiguidade ou hipocrisia no que escrevi. Foi assim mesmo!
Caro Cunha Ribeiro: desculpe voltar à carga mas, pode crer, não há a menor ambiguidade ou hipocrisia no que escrevi. Foi assim mesmo!
Caro Alcipe, oxalá todos os que gostamos da "poesia Incompleta" evitar o seu encerramento. Seria uma enorme perda!
Quanto a eleições sempre disse que os poetas devem fazer poesia. Alegremente, de preferência.
Na poesia de Eluard perturba-me o amor que nutre pela sua musa Gala. Sobretudo, depois de ter escrito sobre ela...
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