sexta-feira, janeiro 28, 2011

Provérbio árabe

"O que não disseste pertence-te. O que disseste pertence aos teus inimigos".

12 comentários:

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

No mundo real esta frase parece seminalmente avisada. No mundo virtual do confronto das ideias, parece uma frase demasiado carregada e cinzenta, um verdadeiro atentado à liberdade.
Há no nosso tempo - na nossa sociedade? - uma esquizofrenia que enegrece o mundo de lés a lés, o estares comigo ou contra mim, uma incapacidade crónica para aceitar o elemento neutro, o elemento cujo partido é o casuístico, que não acredita em grupos ou colectivos ungidos a paramentos.

Nesse sentido muitas das nossas raízes parecem estar no sangue Mouro que convida à desconfiança contínua: «o que não disseste pertence-te, o que disseste pertence aos teus inimigos».

Graças a Deus, não querendo saber se Deus é Mouro ou Cristão, que o meu único inimigo é a desigualdade, a ganância, o fundamentalismo, a corrupção, a maldade e a mentira.
Tudo o resto são apenas dissemelhanças a requerer reflexão.

Guilherme Sanches disse...

... E o que lamentamos, por vezes, ter deixado criar erva nos caminhos da amizade.

É tempo de monda, em dias de presente.

Um presente muito especial no dia de hoje, tão equidistante como todos os outros, do passado e do futuro.

Futuro que velozmente se gasta e se transforma em passado, numa imutável viagem de ida sem regresso.

Cantam as nossas almas. Viver é preciso.

Um grande abraço

jj.amarante disse...

Parece-me uma política comunicacional algo autista, seguindo esse provérbio não se consegue atingir a união que faz a força. Mas temos que ter cuidado com o que dizemos, um dos motivos que me leva a não elaborar mais sobre essa frase.

Felipa Monteverde disse...

Palavras sábias!

patricio branco disse...

ou seja:
"o silêncio é de ouro"
"a palavra é de prata, o silêncio de ouro".
Na biblia, algures,diz-se algo parecido ao proverbio árabe, mas não identifico onde.

Ana Paula Fitas disse...

O brilhantismo do provérbio e o oportuno momento em que a publica merecem, sem dúvida alguma, o link que já fiz, hoje mesmo, no A Nossa Candeia.
Obrigado!
Um abraço.

Helena Sacadura Cabral disse...

Gostei muito do comentário de (c)P.A.S.
Mas intriga-me o (c)...

Anónimo disse...

... e é memo assim, mai nada.

Mas, ainda que correndo o risco de ser lapidado, aqui deixo os meus parabens pelo dia de hoje. Porque o que não disseste pertence-te é correcto, pois há coisas que não se devem dizer. Mas que eu sei...

Um abração, caro Francisco

Anónimo disse...

O provérbio é interessantíssimo, basicamente aplicável em locais como assembleias nomeadamente da república, estimulante do entre mudo e saia calado, não se exponha nunca jamais em tempo algum, que bom quando as pessoas principalmente as mulheres ficam mudas e nos deixam ser a Nós os inimigos Bem aliciante...

Isabel Seixas

Anónimo disse...

Parabens a voce...

Ainda a horas mais ocidentais...

Anónimo disse...

Ainda bem que o provérbio é Árabe...

O equivalente antídoto que permite uma democracia congruente com o valha-mos Deus e valha-mos o Diabo

Diz ou reza ou apregoa ou blasfema assim...

O que não disseste não disseste, é tão óbvio, o que disseste está dito nem te rales nem te consumas...

Claro que a insegurança e o medo injetados desde a infância através do ensino do socialmente politicamente and so on correto para nos enformar num campo de concentração uniformizado para economizar discussões de sexo dos anjos , algumas bem aliciantes e nutritivas do lazer, visam sempre a nomeação de um douto e um menos douto, por mim não me abala nada protagonizar ambos...

Oh! Coitadinho do provérbio.
Vale o que Vale
Também a mais não é obrigado
Isabel Seixas

Carlos Cristo disse...

Ainda bem que há gente que fala e...até escreve!

António Guterres a dizer, bem, o óbvio