terça-feira, janeiro 25, 2011

"Ortographia"

Pois é, desculpem lá, mas acaba de sair no "Diário da República", de hoje, a Resolução do Conselho de Ministros que determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.

Alguns não gostarão. Foi o que provavelmente sucedeu aos nossos antepassados, quando deixaram de escrever "pharmácia" e "assumpto". Como me disse um dia Evanildo Bechara, o negociador brasileiro deste Acordo, os entendimentos ortográficos (e já não "ortográphicos"), verdadeiramente, são feitos para as gerações seguintes.

14 comentários:

Anónimo disse...

Como disse Chico Buarque de Holanda, o português de Portugal arrisca-se a transformar-se, a médio prazo, num dialecto.

Francisco Seixas da Costa disse...

Mônica disse...

Será que é o mesmo do Brasil?
Eu estou ainda com a ortografia antiga.
Não decorei os acentos que foram retirados.
com carinho |MONica

Cunha Ribeiro disse...

Assumo sem problemas o meu apego ao passado:

A César o que é de César...
A Víctor o que é de Víctor.

Ponto phinal.

Alcipe disse...

O Chico tem uma propensão para a asneira política directamente proporcional à imensidão do seu génio artístico...

(c) P.A.S. Pedro Almeida Sande disse...

Como dizia Pinheiro de Azevedo depois da imposição do sequestro: não gosto de ser sequestrado; chateia-me. E quase que aposto que só daqui a muitas gerações, as aprendentes com poucas oportunidades, dado o carinho posto pelos seus adorados pais no deficit, é que desatarão o ato de mal escrever em toda a fraternidade Lusitana.

patricio branco disse...

De pharmácia gosto, de assumpto não, embora lá esteja o dna, na etimologia. Pouco a pouco habituamo-nos a tudo, ou quase.
Lendo o 1º comentário, vem me a dúvida: no novo AO dialecto é agora dialeto ou continua dialecto?

Como entender a frase de chico buarque: um aviso amigo aos portugueses? uma constatação da grandeza e peso do brasil?
A propósito do brasil, nos noticiários sobre as terriveis e trágicas inundações, ouvi gente entrevistada a falar um português claro e maravilhoso.

Anónimo disse...

Caro Phrancisco,
"Phogo!"
Vá de retro!
Só mesmo você para me arreliar!
Phrancamente!
Assim como assim prephiro a "atual" phorma de escrever.
E eu que julgava não voltar a este assumpto! Enphim!
Tenham uma boa noite!
O phim da picada! Só mesmo o Phrancisco Seixas da Costa me estragava a noite!
Os meus philhos que se pronunciem!
P.Rufino

Anónimo disse...

Eu gosto da congruência das letras na coerência interna da língua.

Simplificar e ao mesmo tempo uniformizar reduzindo distâncias, claro que me congratulo, porque não deveria?
Isabel Seixas

DL disse...

Um ponto pouco focado nestas alterações é a distância cada vez maior entre a oralidade e a escrita (o que não aconteceu quando o "ph" passou a "f"), e a confusão que isso vai induzir em quem aprende Português. Que o acordo ortográfico seja consistente e que as palavras cuja grafia mudou passem a ser pronunciadas em concordância com a regra geral, ou seja, as vogais que vinham antes de consoantes que desapareceram passam a ser mudas, e por aí adiante. Por exemplo, "precetora" não deveria passar a pronunciar-se com os dois "e" mudos?

Anónimo disse...

P. Rufino,
Admito, mesmo sem concordar, que não goste do acordo ortográfico; mas acho que isso não é razão para ortografar a locução latina "vade retro" ("recua" ou "para trás", em português) como uma improvável conjugação verbal de "ir de retro".
Sans rancune...

Helena Sacadura Cabral disse...

Alcipe tirou-me - salvo seja - as palavras da boca. Nem mais!

Anónimo disse...

À atenção de Alcipe e da D. Helena Sacadura Cabral: Olhem que não! Olhem que não!...

Julia Macias-Valet disse...

Impressao minha ou o titulo deste post esta atrasado 100 anos senhor embaixador ?

Anónimo disse...

Cá estou eu, prometi protestar em duas ou três coisas...

Pois é lá chegaremos um dia a escrever

Hxome!

LULAPESTE

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...